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Egresso do Inpa, João Vitor Campos-Silva, conquista Prêmio Rolex de Empreendedorismo

  • Publicado: Sexta, 14 de Junho de 2019, 17h59
  • Última atualização em Sexta, 14 de Junho de 2019, 18h03

Campos-Silva desenvolveu um modelo de conservação e de sustentabilidade para recuperar populações de pirarucu na Amazônia

 

Da Redação – Inpa e Prêmio Rolex

Foto: Rolex.org - Acervo

 

Depois de ganhar o Prêmio Jovem Cientista em 2018, o doutor João Vitor Campos-Silva, que cursou mestrado em Ecologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), conquistou o Prêmio Rolex de Empreendedorismo 2019. Campos-Silva integrou a equipe do Projeto de Dinâmica Biológica e Fragmento Florestal (PDBFF) da Instituição. Confira aqui o vídeo: https://www.rolex.org/pt-br/rolex-awards/finalists/joao-vitor-campos-silva

Campos-Silva e outros quatro laureados (Sarah Saeed, Emma Camp, Grégoire Courtine, Krithi Karanth) foram homenageados nesta sexta-feira (14) em uma cerimônia especial em Washington D.C.

Ecologista especializado no estudo de peixes, Campos-Silva, de 36 anos, desenvolveu um modelo de conservação e de sustentabilidade para recuperar populações de pirarucu (arapaima gigas) e garantir os meios de subsistência e a segurança alimentar de ribeirinhos. O pirarucu é o maior peixe de escamas do mundo, que possui alto valor comercial e muito consumido na região.

 

JoaoVictorCamposSilvaFotoRolexAcervo

 

“O arapaima é um peixe fantástico, a começar pelo fato de que é enorme, podendo alcançar três metros de comprimento e pesar 200 kg. Desde tempos imemoriais, ele vem alimentando os povos da Amazônia", explica ele, em nota do Prêmio Rolex, complementando que, por outro lado, a pesca predatória, a fragmentação do habitat e a poluição das águas dizimaram as populações selvagens até chegarem ao perigo de extinção em muitos lugares.

O coordenador científico do PDBFF, o pesquisador José Luís Camargo, torce para que mais iniciativas como essa possam ser desenvolvidas e aplicadas em prol da conservação desse enorme e inestimável patrimônio natural e cultural que é a Amazônia.

“Queremos agradecer a quem votou no Dr. João Vitor e o ajudou a dar continuidade a esse belíssimo projeto e também dizer o quanto estamos orgulhosos do trabalho feito pelo João Vitor! O mundo precisa de mais pessoas inspiradoras como ele!”, comemora Camargo.

Com a proteção de pequenos lagos ligados a rios da região oeste da Amazônia, o plano resultou no aumento da população de pirarucu, além de peixe-boi, ariranha, tartaruga-da-Amazônia e jacaré-açu, espécies em ameaça de extinção.

Conforme o site do Prêmio, João Campos-Silva pretende levar a experiência para 60 outras comunidades. A meta é multiplicar por quatro o número de peixes em apenas três anos. “Os lucros obtidos serão destinados à construção de escolas, à criação de postos médicos e à geração de empregos em atividades ligadas à indústria de pesca, em particular para mulheres”, explica ele, em nota do Prêmio Rolex.

Prêmio Rolex

Os Prêmios Rolex de Empreendedorismo há mais de 40 anos apoiam pessoas que desenvolvem projetos que ampliam as fronteiras do conhecimento, protegem o patrimônio cultural e ajudam a preservar os habitats e as espécies naturais.

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