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Nova exposição da Casa da Ciência do Inpa se destaca pela interatividade e sofisticação

  • Publicado: Quarta, 05 de Junho de 2019, 18h01
  • Última atualização em Quarta, 05 de Junho de 2019, 19h06

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Na Semana do Meio Ambiente, Inpa abriu a exposição Tramas da Ciência e inaugurou o novo prédio de Coleções Zoológicas do Instituto

Por Cimone Barros – Inpa

Fotos: Werica Lima, Victor Mamede e Shirley Cavalcante

O canto do bacurau no comecinho da noite, da coruja na copa das árvores, da chuva caindo, da vocalização da ariranha e do peixe-boi nos rios da Amazônia. Abrir uma caixa e encontrar lindas borboletas azuis, olhar para o lado e ver uma folha gigante, para o outro e encontrar uma parede em luz negra iluminado peixes típicos de águas pretas e brancas que se dividem no Encontro das Águas, um símbolo de Manaus.

Com tanta beleza, o visitante suspira e eleva os olhos para alto, e é surpreendido novamente. A mais poderosa ave de rapina de florestas úmidas neotropicais, o gavião-real, segurando uma preguiça, presa que faz parte da dieta do majestoso predador. Este é cenário da nova Casa da Ciência, dentro do Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), que foi reaberta ao público na última terça-feira (04).

Inovadora, a exposição Tramas da Ciência encanta e acrescenta qualidade e sofisticação na forma como o Instituto leva ao grande público informação sobre a ciência desenvolvida no Inpa e na Amazônia. Interação, vivências e reflexões sobre o valor da Amazônia estão bem presentes na exposição, uma das ações do Projeto Museu na Floresta, uma parceria do Inpa com a Universidade de Quioto, patrocinado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

 

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“Hoje a gente tem um espaço bonito que vai transformar a experiência das crianças que visitam o bosque em algo rico, informativo e agradável de se ver”, diz o pesquisador do Inpa especialista em peixes Jansen Zuanon, destacando o “deslumbramento” no processo de atração de jovens talentos para a ciência, especialmente na Amazônia, região carente de cientistas.

A exposição é organizada em dez linhas narrativas, que podem ser seguidas por ícones de orientação espalhados pelo espaço. Mas é o visitante quem decide o quanto e o que quer conhecer sobre aves, peixes, mamíferos, répteis e anfíbios, insetos, plantas e interações ecológicas entre os organismos e ambientes. É possível aprender sobre interações animais-plantas, entre animais, de gente com a floresta, do clima e ambiente, evolução, métodos científicos, água, energia e sobre a microfloresta que inclui os organismos minúsculos.

“Estamos oferecendo para o visitante essa oportunidade de conhecer melhor o nosso ofício, o trabalho de pesquisa. Pode parecer que estamos falando da natureza, mas não, estamos falando da relação da natureza com a vida das pessoas”, disse a pesquisadora do Inpa e uma das curadoras da exposição Rita Mesquita.

 

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O Museu na Floresta trouxe melhorias para várias infraestruturas do Inpa e tem duração cinco anos, encerrando agora em julho. “Esperamos que a Casa da Ciência dê uma grande contribuição para o conhecimento palpável e acessível à população e o legado que deixamos ao desenvolvimento da pesquisa científica na região”, disse o coordenador do projeto pelo lado japonês, Shiro Koshima, da Universidade de Quioto.

A parceria teve início com o interesse dos japoneses de apoiar o trabalho de conservação do peixe-boi, animal ameaçado pela caça excessiva, que estreia um espaço na Casa da Ciência dedicado a exposições temporárias.

“Estamos mostrando algumas características e curiosidades do animal que o visitante não tem oportunidade de ver nos tanques do Inpa, como couro do peixe-boi e objetos usados para a caça. É uma exposição temporária e também itinerante, que poderá sair daqui e até para outras cidades”, contou a pesquisadora Vera da Silva e coordenadora do Museu na Floresta no Inpa.

 

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Coleções

No Inpa, a Semana do Meio Ambiente veio com mais notícias boas. Na oportunidade, foi inaugurado o novo prédio do Programa de Coleções e Acervos Científicos da Inpa. O espaço 723,76m2 dedicado às coleções zoológicas foi financiado pelo Governo Federal, por meio do Projeto Grandes Vultos. Concebido na gestão passada, o prédio de um pavimento, foi preparado para receber ampliação de mais dois.

“Essas inaugurações mostram um trabalho colaborativo muito grande, e isso no dá força de irmos à frente, superando os desafios e de fazer ciência para o desenvolvimento da região. E levar esse trabalho para a sociedade é fundamental nesse processo”, disse a diretora do Inpa, Antonia Franco.

 

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Presente nas cerimônias, o secretário de Planejamento, Cooperação, Projetos e Controle do MCTIC, Antonio Franciscangelis Neto, destacou a importância do trabalho do Inpa e das ações para a Amazônia, além de ressaltar qual é a visão do Ministro Marcos Pontes para a pasta. “Estamos trabalhando para fomentar a pesquisa para gerar riqueza e trazer benefícios à sociedade brasileira”, ressaltou.

O ex-diretor do Inpa, Luiz Renato de França, que é um dos palestrantes da 2ª Conferência Internacional sobre Processos Inovativos da Amazônia (06 e 07 de junho, no Inpa), participou da cerimônia juntamente com a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, cônsul-geral do Japão em Manaus, Hitomi Sekiguchi, Hiroshi Sato Representante Chefe do Escritório da Jica Brasil, além de pesquisadores, técnicos e estudantes. Na ocasião, Perales anunciou que na próxima semana a Fapeam lançará seis editais que terão investimento de cerca de R$ 20 milhões para a C&T. Um deles será voltado para aquisição de equipamentos.

“Hoje estamos realizando um terço do nosso sonho, que é ter o prédio com os três andares, um espaço de qualidade para desenvolvermos as pesquisas, armazenar nossos acervos verdadeiras testemunhas das mudanças nas paisagens durante o tempo, receber as visitas e continuar sendo muito produtivos”, destacou o coordenador do Programa de Coleções e Acervos Científicos da Inpa, Marcio Oliveira.

 

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Além de Franciscangelis, vieram da Sepla/MCTIC o chefe de Gabinete, José Eduardo de Almeida e três diretores: Carlos Tadeu de Pinho, Rogério Bonatto e Margareth Carneiro. Na segunda-feira à tarde (03), a equipe participou uma reunião com a Direção e Coordenadores do Inpa.

Também participaram do encontro coma Direção do Inpa, o diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam-DF), Major-Brigadeiro José Hugo Volkmer, e novo gerente do Centro Regional de Manaus do Sipam, Ricardo Neto Hathry. O órgão tem interesse em firmar de cooperação com o Inpa e outras instituições locais.

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