Emiradense Alia Mansoori, aspirante a cientista, visita instalações do Inpa
Considerada um prodígio da ciência mundial, Alia é um símbolo de orgulho nacional nos Emirados Árabes. Em 2017, ela venceu uma competição e teve seu experimento levado ao espaço
Da Redação – Inpa
Fotos: Cimone Barros e Victor Mamede
Amante da ciência e aspirante a astronauta, a emiradense Alia Al Mansoori, 16, visitou junto com os pais a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), em Manaus. Após participar de uma apresentação Institucional feita pela diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, na Diretoria, Alia visitou o Bosque da Ciência, onde amamentou o peixe-boi, e o Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM/ INCT Adapta).
Considerada um prodígio da ciência mundial, Alia é um símbolo de orgulho nacional nos Emirados Árabes. Em 2017, Alia foi uma das cinco finalistas da competição Genes in Space, patrocinada pela Boeing e pela Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos e pelo portal local The National, que teve como resultado o seu experimento de como as viagens espaciais afetam o DNA humano enviado ao espaço sideral.
Para a diretora do Inpa, o sentimento que se tem ao encontrar meninas determinadas a estudar e a seguir na pesquisa, como Alia, é um grande estímulo e exemplo para todos os jovens se lembrarem de que eles são o futuro de um país, com uma visão de desenvolvimento em prol do povo e de suas lideranças. “Parabéns Alia, você é um exemplo para as meninas e para a ciência. Siga em frente!”, diz Antonia Franco.
Curiosa e apaixonada por ciência, Alia diz amar relacionar tudo que é biológico com o espaço, porque tudo que amamos e conhecemos está na Terra. “Mas se tivermos um olhar mais amplo e pensar no universo, o espaço é muito grande e ele precisa de pessoas aventureiras para ir descobrir mais coisas sobre isso, porque é da nossa natureza humana ir descobrir, aprender”, conta Alia. “Acho que tenho isso muito forte, e quero aprender mais sobre o que acontece no espaço, como podemos viver no espaço com segurança e saúde”, completou.
Segundo Alia, apesar de não ser tão visível para alguns, o interesse de meninas por cursos das áreas de ciências tem aumentado, assim como o número de mulheres na ciência, embora ainda existam muitos desafios. “No Inpa, em outros lugares e nos Emirados Árabes, vejo muitas mulheres trabalhando na ciência, biólogas, e isso é incrível. Acredito que as meninas deveriam acreditar mais em si mesmo, que podem conseguir, e aproveitar as oportunidades. Ser cientista não é fácil, mas nós mulheres fomos feitas para coisas que não são fáceis, podemos fazer isso, nada é impossível”, incentivou.
Guiada pela coordenadora de Tecnologia Social, Denise Gutierrez, Alia e sua comitiva fez uma visita ao Bosque da Ciência, espaço de visitação pública do Inpa que completou 24 anos de funcionamento na semana passada. Na ocasião, a pesquisadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) Vera da Silva explicou para Alia o trabalho que o Inpa faz de resgatar, reabilitar e devolver à natureza o peixe-boi da Amazônia, além de presentear com bolsa da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e animal em pelúcia. A adolescente também amamentou um filhote de peixe-boi e conheceu a ariranha, macaco-de-cheiro, cotia, quelônios e outros animais e plantas do bosque.
O pesquisador Adalberto Val mostrou para Alia os laboratórios que compõem o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Adaptação da Biota Aquática (INCT Adapta) e a presenteou com livro e artigos. O INCT Adapta faz simulações de como será o meio ambiente em 2.100 e o que essa mudança vai interferir na vida de peixes, insetos, plantas, e como esses organismos conseguirão se adaptar à mudança climática.
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