Inpa recebe visita de embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley
Para a diretora do Inpa, Antonia Franco, a conversa foi produtiva e com possibilidade de futuras parcerias
Por Cimone Barros (texto e fotos) – Inpa
Em visita ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), o embaixador de Israel, Yossi Shelley, demonstrou interesse no potencial biotecnológico da Amazônia, particularmente em cosméticos a partir de frutos da região, como buriti e pupunha. A visita ocorreu nesta sexta-feira, na sede do Inpa, em Manaus, e contou com a presença de pesquisadores e coordenadores de pesquisas de varias áreas da Instituição.
Para a diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, a visita de um embaixador é “extremamente importante”, principalmente sendo de Israel. Entre os dias 31 de março e 03 de abril, o presidente Jair Bolsonaro viaja para Israel, com o propósito de estreitar os laços entre os países e fazer parcerias em diversos setores.
“Nossa conversa junto com pesquisadores e coordenadores foi excelente e muito produtiva. Ele [Shelley] nos deixou à vontade, e vejo essa interlocução como possibilidade de grandes frutos para a pesquisa e inovação no Brasil, principalmente na Amazônia”, disse Franco, destacando que o Inpa precisa fortalecer e ampliar suas parcerias na área de empreendedorismo e inovação.
A primeira parte da visita foi uma reunião no prédio da diretoria do Inpa, com apresentação de Antonia Franco sobre pesquisas e potencialidades da Instituição, e das coordenadoras de Tecnologia Social, Denise Gutierrez, e de Extensão Tecnológica e Inovação, Noélia Falcão, sobre tecnologias e produtos desenvolvidos pela Instituição, uma referência nos estudos da biodiversidade e dos ecossistemas amazônicos.
Num segundo momento, o embaixador visitou tecnologias e atrativos do Bosque da Ciência, espaço de visitação do Inpa. Entre as tecnologias, estão as construções sustentáveis – casa de rolo resto, casa ecológica, condomínio das abelhas, onde pôde provar direto da colméia mel e própolis de abelha sem ferrão. Yossi também conheceu o viveiro de jacarés, o Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa), o peixe-boi e a ariranha.
“Vi o trabalho dos pesquisadores, as patentes. E sempre destaco que o futuro é promover pesquisa e a inovação, e isso leva dinheiro. Se pode fazer esse negócio de patentes vender para empresas de cosméticos, pode fazer grande inovação nessa área”, disse o embaixador. “A pesquisa custa muito, mas é necessária, é preciso fazê-la, pois sem isso nada vai continuar”, ressaltou.
Segundo Shelley, Israel é forte na produção de cosméticos do Mar Morto e disse acreditar que a Amazônia tem um grande potencial para levar ao mundo as belezas e riquezas das suas frutas especiais que não têm outros países. “Mar Morto-Amazonas. É um bom anúncio, vamos começar”, brincou o embaixador, que durante a visita provou sucos e geléia de cubiu e araçá-boi.
Para a coordenadora de Extensão do Inpa, Rita Mesquita, o embaixador se mostrou muito disponível para trazer novas parcerias e interações interinstitucionais, com interesse na biodiversidade e tecnologias. “E isso para nós é muito produtivo”, avaliou Mesquita.
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