Inpa participa da Caminhada Amazonas Livre da Tuberculose nesta sexta-feira (22)
A Caminhada é organizada pelo Comitê de Controle da Tuberculose no Amazonas
Da Redação – Inpa
Com objetivo de alertar a sociedade sobre os riscos da doença e esclarecer as dúvidas sobre o tratamento, a caminhada organizada pelo Comitê de Controle da Tuberculose no Amazonas será realizada nesta sexta-feira (22), às 7h30, na Praça da Polícia seguindo para o Largo do São Sebastião, Centro. A atividade é alusiva ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março).
A Tuberculose é a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando o HIV e a malária juntos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 10 milhões de pessoas no mundotiveram Tuberculose em 2017, e mais de 1,6 milhão morreram por conta da doença.
No Brasil foram registrados em 2017, quase 70.000 casos novos e 4.500 óbitos por tuberculose. O Amazonas lidera o ranking brasileiro como o estado com maior incidência de casos novos da doença, com 72,9 casos a cada 100.000 habitantes.
A Caminhada contará com a participação do Laboratório de Micobacteriologia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTIC), que há 36 anos se dedica à pesquisa e ao auxílio no diagnóstico de casos de difícil resolução de Tuberculose.
Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, conhecido como Bacilo de Koch, a doença afeta principalmente os pulmões, mas pode surgir em outros órgãos do corpo humano. A transmissão acontece quando indivíduo com doença pulmonar, ainda não diagnosticada, expele bacilos ao tossir e espirrar.Os principais sintomas respiratórios são tosse (persistente por mais de 15 dias) e catarro, além de febre, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço. Se a pessoa apresentar esses sintomas deve procurar rapidamente a unidade básica de saúde mais próxima para se submeter ao diagnóstico clínico/laboratorial.
Ogusku acredita que a doença pode ser reduzida no país através de um esforço conjunto de todo o sistema de saúde, o que inclui a assistência, a operacionalização, o atendimento clínico e laboratorial, e o principal que é a adesão do paciente ao tratamento. “Como o tratamento é longo, de seis meses, se o paciente não cumprir o período de tratamento sofrerá uma recaída e estará disseminando para o ambiente bacilos resistentes aos medicamentos que estava tomando. Podendo transmitir a Tuberculose multidroga resistente às pessoas de seu convívio”, ressaltou.
Ainda conforme o Boletim Epidemiológico (2018/MS), Manaus liderou em 2017 o ranking do coeficiente de incidência de tuberculose entre as capitais brasileiras, com 104,7 casos novos da doença por 100 mil habitantes, o que representa mais que o triplo de incidência do Brasil (33,5/100 mil hab.).
Participarão da Caminhada a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), a Secretaria de Estado da Saúde (SUSAM), Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia).
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