Pesquisadora Antônia Franco será a primeira mulher a dirigir o Inpa como diretora titular
Nomeação da bióloga Antônia Franco foi publicada no Diário Oficial da União. Pesquisadora do Inpa participou do processo de seleção liderado por um Comitê de Busca que resultou na elaboração de uma lista tríplice encaminhada ao Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Da Redação – Inpa
Foto: Luciete Pedrosa
A pesquisadora do Instituo Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), a bióloga Antônia Maria Ramos Franco Pereira, será a primeira mulher a assumir a gestão da Instituição na condição de diretora titular. O Diário Oficial da União do último dia 05 de dezembro trouxe a nomeação de Franco, que atualmente é coordenadora do foco de pesquisa Sociedade, Ambiente e Saúde e lidera o Laboratório de Leishmaniose e Doença de Chagas do Inpa. O Termo de Posse deverá ser assinado pela pesquisadora nos próximos dias.
Escolhida no processo do Comitê de Busca, Antônia Franco estará à frente do Instituto pelos próximos quatro anos. Instituído pelo MCTIC, o Comitê de Busca é formado por especialistas com a missão de identificar nomes na comunidade científica que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para o Inpa.
Cinco candidatos se inscrevem no processo de seleção (um foi eliminado por não cumprir todas as etapas), composto por inscrição, análise curricular, apresentação pública do plano de trabalho e visão de futuro para o Inpa e entrevista fechada com o Comitê. Após as etapas, o Comitê elaborou uma lista tríplice que foi encaminhada ao Ministro do MCTIC, Gilberto Kassab.
O trabalho do Comitê de Busca encerrou em julho e o mandato do então diretor Luiz Renato de França no dia 14 do mesmo mês. Desde então, a pesquisadora Hillândia Brandão exerce a função como diretora substituta.
Referência mundial nos estudos da biodiversidade e ecossistemas Amazônicos, o Inpa é uma instituição com 64 anos de funcionamento. É líder na produção científica da região e única do Amazonas com pesquisadores de excelência na área, tendo pesquisadores 1 A do CNPq – o nível mais alto de excelência científica no Brasil – e com estudos de impactos ambiental e socioeconômico que contribuem para melhorar a vida e a realidade de populações da região.
Além disso, tem uma forte contribuição na formação de recursos humanos. Em 45 anos de pós-graduação já titulou mais de 2.600 mestres e doutores, dos quais cerca de 70% permanecem atuando na Amazônia.
Atualmente, os principais desafios do Instituto são recomposição orçamento e recursos humanos, que são insuficientes para manter o Instituto funcional e continuar como protagonista científico. Dos 35 milhões do orçamento anual, cerca de 30 milhões são aplicados na manutenção. Com relação a servidores, hoje são 565, dos quais 45% encontram em condições legais para se aposentar.
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