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Inpa homenageia pesquisadores com Menção Honrosa Warwick Kerr e faz entrega de diplomas

  • Publicado: Terça, 27 de Novembro de 2018, 13h58
  • Última atualização em Quinta, 29 de Novembro de 2018, 16h39

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A cerimônia ocorre no dia 30 de novembro (sexta-feira), às 17h, no Auditório da Ciência, localizado no Bosque da Ciência

 

Da Redação - Ascom Inpa

 

Este ano a mais alta honraria conferida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), a Menção Honrosa Warwick Estevam Kerr, será concedida a três profissionais que contribuíram para o desenvolvimento e o avanço da ciência, da pesquisa científica e tecnológica e a inovação no âmbito dos programas de Pós-Graduação. Mario Cesar Cardoso de Pinna (USP), Neusa Hamada (Inpa) e Rita Mesquita (Inpa) têm ainda em comum o empenho em alinhar o papel de pesquisador com o de divulgador científico, aquele que busca com uma linguagem simples tornar a ciência acessível à população.

 

A cerimônia acontecerá na próxima sexta-feira (30), às 17h, no Auditório da Ciência, dentro do Bosque da Ciência, localizado na rua Bem-te-vi, s/nº, Petrópolis, zona Sul de Manaus. Na solenidade também será feita a entrega de diplomas a 72estudantes que concluíram Mestrado e Doutorado em noveProgramas de Pós-Graduação do Inpa (Agricultura no Trópico Úmido, Biologia (Ecologia), Ciências Biológicas (Biologia de Água Doce e Pesca Interior), Ciências Biológicas (Botânica), Ciências Biológicas (Entomologia), Ciências de Florestas Tropicais, Clima e Ambiente, Genética, Conservação e Biologia Evolutiva e Gestão de Áreas Protegidas na Amazônia).

 

Além da diretora substituta do Inpa, Dra. Hillândia Brandão da Cunha, foram convidados e deverão compor a mesa de honra os reitores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Dr. Sylvio Mario Puga Ferreira, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Dr. Cleinaldo de Almeida Costa, e o Diretor Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Dr. Edson Barcelos.

 Neusa Hamada

 

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Nascida em 13 de outubro de 1961, em Araçatuba, interior do estado de São Paulo, Neusa Hamada cresceu sob a rígida disciplina de seus pais japoneses, que visavam um futuro melhor para seus filhos por meio da educação. Neusa estudou a vida inteira em escolas públicas, e em 1984 graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp – São José do Rio Preto).

 

Durante a graduação visitou o município de Humaitá, em atividades do Projeto Rondon, e foi uma experiência marcante para sua carreira. Em 1984 iniciou mestrado em Entomologia pelo Inpa; em 1987 passou a fazer parte do quadro de pesquisadores do Instituto; e em 1997 concluiu seu doutorado sobre Citotaxonomia e Ecologia de quatro espécies no grupo Simulim perflavum, na Universidade de Clemson, no estado da Carolina do Sul, Estados Unidos.

 

É especializada no estudo dos piuns ou borrachudos (moscas da família Simuliidae) mas, ao longo dos anos, tem ampliado seus estudos para abranger todos os insetos aquáticos. Seus trabalhos envolvem a coleta de insetos em todo Brasil e nos países vizinhos da América do Sul.

 

Neusa tem 182 trabalhos publicados em revistas científicas e participou de 30 capítulos de livros recentemente, liderando a compilação Keys to Neotropical Hexapoda, obra da editora Elsevier sobre insetos aquáticos dos neotrópicos. Pesquisadora 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é professora dos cursos de pós-graduação do Inpa em Ciências Biológicas (Entomologia) e em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, além de colaborar nos programas de pós-graduação de outras 10 instituições de ensino superior.

 

Neusa Hamada se dedica também à divulgação da ciência e tem contribuído, especialmente, com a popularização entre crianças, com livros infantis, bonecos, jogos, vídeos e maquetes.

 

Mario de Pinna

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Mario Cesar Cardoso de Pinna nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 25 de maio de 1965.  Em 1988 graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, no mesmo ano, aos 23, deixou sua cidade para fazer doutorado (sem passar pelo mestrado) em Biologia Evolucionária, pela Universidade da Cidade de Nova Iorque/Museu Americano de História Natural, recebendo a titulação em 1993.

 

Foi professor do Instituto de Biociências de São Paulo (IB) de 1993 a 1999, tendo conseguido a livre-docência pela Universidade de São Paulo (USP) já em 1993 e, em 1996, ingressou no quadro de docentes do Inpa. É professor titular do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo desde 2005, no qual também é diretor desde o início de 2018. Também é pesquisador associado do Museu Americano de História Natural e da Instituição Smithsonian(Washington, DC).

 

Foi um dos mentores na criação do curso de pós-graduação em Sistemática, Taxonomia Animal e Biodiversidade do Museu de Zoologia da USP, em 2011. No Inpa já ministrou a disciplina Sistemática Filogenética para as turmas dos cursos de Ciências Biológicas (Biologia de Água Doce e Pesca Interior), Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Ciências Biológicas (Entomologia) e Biologia (Ecologia). Entre julho de 2014 e julho de 2015 foi professor e pesquisador visitante no Museu Nacional de História natural, em Paris.

 

Atua na área de Zoologia, com ênfase em Ictiologia (Taxonomia dos Grupos Recentes), principalmente na sistemática e filogenia de Siluriformes e Clupeiformes.  Possui mais de 65 artigos publicados em periódicos científicos, 12 capítulos de livros envolvendo Taxonomia, Filogenia de grandes grupos de peixes ósseos, Morfologia e Biogeografia de Peixes Neotropicais.

 

Atua também como editor associado do Zoological Journal of the Linnean Society, dos Papéis Avulsos de Zoologia, do Comitê Editorial do International Journal of Ichthyology e da Revista Brasileira de Zoologia. Mario também tem uma ampla atuação em programas e entrevistas com temas diversos como Evolução da Biodiversidade, Criacionismo versus Evolução, Zoologia, entre os quais estão o programa “Entre Aspas”, com Monica Waldvogel (2010) e “Programa do Jô”, com Jô Soares (2015).

 

Rita Mesquita

 

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Rita de Cássia Guimarães Mesquita nasceu em 12 de outubro de 1961, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1985, e veio a Manaus para estagiar no Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) – do qual, posteriormente, foi diretora por dois anos -, primeiro passo para que ela fizesse seu mestrado em Ecologia no Inpa, que concluiu em 1989.

 

Em 1995 concluiu o doutorado em Ecologia de Ecossistemas pelo Instituto de Ecologia da Universidade da Georgia (EUA) e, em 2000, passou a integrar o quadro de pesquisadores do Inpa, orientando vários alunos nos cursos de pós-graduação em Biologia (Ecologia) e em Ciências de Florestas Tropicais, além ser uma das fundadoras, em 2010, do curso de Mestrado Profissional em Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia (MPGAP), o qual coordenou até 2016. Rita também é fundadora do Roda de Conversa, um encontro mensal que visa a construção de uma visão mais cidadã sobre assuntos de interesse da comunidade.

 

A pesquisadora trabalha ainda em estudos e elaborações de políticas nas áreas de extração madeireira sustentável, produtos não madeireiros, criação e gestão de áreas protegidas, e disseminação científica.  Por cinco anos atuou como Secretária-adjunta de Projetos Especiais da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, onde foi responsável pela criação e gestão de Unidades de Conservação estaduais. Foi diretora científica, por quatro anos, do Museu da Amazônia (Musa), do qual é sócia-fundadora. Atualmente é Coordenadora de Extensão do Inpa e vice-coordenadora do Museu na Floresta, um projeto do Inpa em parceria com a Universidade de Kyoto.

 

Já teve textos publicados no The Lincoln Journal Star, na revista Claudia e no Blog da Mari, da TV Brasil. Em 2008 foi entrevistada sobre Sistemas Agroflorestais na Amazônia para o programa Globo Repórter.

 

Publicou os livros Unidades de Conservação do Estado do Amazonas; E nós, como ficamos? Como o uso irracional da floresta; Lessons From Amazonia; além de participar de mais de 50 produções bibliográficas.

 

Rita Mesquita já foi homenageada com a Medalha de Honra da UFMG e recebeu o Prêmio Ford para a Conservação Ambiental, da Fundação Ford.

 

“Muitas vezes, quando penso em minha vida diária aqui, é como estar em um palco, o lugar onde tudo está acontecendo. Eu viajei o suficiente para conhecer muitos lugares agradáveis ​​(como Nova Orleans, Florença, Bornéu e África do Sul). Mas não consigo pensar em nenhum outro lugar onde prefiro estar. Então, eu acho que estou feliz aqui.”, relatou Rita em 2005 para o site americano passporttoknowledge.com.

 

Warwick Kerr

Warwick Estevam Kerr, que dá nome à Menção Honrosa do Inpa, criada em 2008, era agrônomo e geneticista reconhecido internacionalmente, considerado um dos maiores especialistas em genética de abelhas. Kerr foi diretor do Inpa por duas ocasiões: de 1975 a 1979, quando ajudou a criar os cursos de pós-graduação em Ictiologia, hoje Ciências Biológicas - Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Biologia - Ecologia e Ciências Biológicas – Entomologia; e de 1999 a 2002, quando também contribuiu para a criação dos cursos de pós-graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva (GCBEv) e em Agricultura no Trópico Úmido (ATU). A Menção Honrosa ganhou seu nome por essas contribuições aos PPGs.

 

Warwick Estevam Kerr faleceu aos 96 anos, no dia 15 de setembro de 2018, na cidade de Ribeirão Preto (SP).

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