Conscientização ambiental: Minicircuito dos Quelônios encerra atividades

O Minicircuito promoveu atividades que possibilitaram ao público que visitou o Bosque da Ciência conhecer as espécies de quelônios da Amazônia e marcou o encerramento do ciclo do projeto Jovens Ambientalistas

Por Camila Leonel

Uma atividade para conhecer um pouco mais sobre os quelônios da Amazônia.  O Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea) e com o apoio do Projeto Tartarugas da Amazônia: Conservando para o Futuro, encerrou nesta sexta-feira (31) o “Minicircuito dos Quelônios”.

A atividade foi fruto do aprendizado dos Jovens Ambientalistas que participaram por cerca de dois meses da Oficina “Conhecendo os Quelônios da Amazônia”, que teve início em novembro de 2013.  O Minicircuito, que teve início no último dia 22, envolveu os visitantes do Bosque da Ciência e ofereceu informações sobre cinco espécies de tartarugas da região, Iaçá, Tracajá, Irapuca, Tartaruga e Cabeçudo com demonstração em baners e exemplares vivos de algumas espécies em exposição além de atividades como montagem de quebra-cabeça, desenho livre e pintura para as crianças.

 Segundo a coordenadora do projeto Jovens Ambientalistas, Genoveva Azevedo, o projeto contribuiu para trazer não só conhecimento, mas também para fazer os jovens refletirem melhor sobre o seu papel como cidadão e sobre a sua relação com o meio ambiente, em especial, com os quelônios.

“Esse projeto envolve jovens e dentro desse ciclo, que chamamos de ciclos curtos,  a gente elegeu a temática quelônios da Amazônia, especialmente as espécies que vivem no bosque. Eles passaram por todo um processo de formação, conhecimento, construção de atividades, elaboração de conteúdo e nisso a gente trabalha a questão da educação ambiental”, disse.

A oficina teve a colaboração do Projeto Tartarugas da Amazônia,  um projeto coordenado pelo pesquisador Richard Vogt. Aspectos biológicos, ecológicos e a importância dos quelônios para o meio ambiente foram alguns dos temas que foram ministrados aos jovens. O projeto contou com jovens que manifestaram interesse em participar. De acordo com Genoveva, mesmo sendo voluntários, os jovens demonstraram um grande interesse em aprender.

“O Jovens Ambientalistas é um projeto de voluntários, ou seja, eles estão porque querem, porque gostam, porque se identificaram e, de fato, se envolveram. E essa expressão aqui do mini circuito é um pouco do resultado desse envolvimento. A gente percebe, de fato, que esse processo fez com eles se envolvessem, se sentissem protagonistas e seguros para de poder compartilhar o conhecimento deles. Houve um crescimento muito grande desses jovens.”, destacou.

Entre os participantes, estava a estudante do Ensino médio, Mikaella Mourão de Lima (16). A estudante que já participa de projetos do Inpa há quatro anos, entre eles os projetos “Pequenos Guias”,  Jovens Ambientalistas e do Circuito da Ciência,  que o que chamou a tenção foi a temática abordada pelo projeto. Entre o aprendizado, ela relata que aprendeu sobre as espécies presentes no Bosque que até então eram desconhecidas pra ela, a alimentação,  entre outras coisas. Mikaella conta ainda que a sua visão mudou em relação aos quelônios: “a gente mora aqui em Manaus e algumas pessoas gostam de caçar as tartarugas e comer, eu nunca fiz isso e nem vou fazer, porque eu já sei que tem poucas tartarugas. Aqui em Manaus são 16 espécies e cada vez vem diminuindo mais. Então eu aprendi que a gente tem que preservar os animais, principalmente as tartarugas, porque elas ajudam no meio ambiente, faz parte do equilíbrio”.

Após o encerramento do projeto, será feita uma avaliação com os alunos que consistirá de uma avaliação oral e uma prova. Os resultados serão sistematizados e servirão como evidências práticas nos estudos do Lapsea para ajudar nas pesquisas que eles vêm realizando sobre protagonismo juvenil.

Para 2014, a coordenadora prevê outros projetos semelhantes a esse, porém, com temáticas diferentes entre  eles está o Eco Ethos da Amazônia, financiado pela Petrobras em parceria com o Bosque da Ciência.