Projeto Museu na Floresta inaugura mural artístico no aniversário de 64 anos do Inpa
As comemorações seguem neste fim de semana com a Virada Sustentável. De sexta a domingo, o Bosque da Ciência está com entrada gratuita
Por Cimone Barros (texto e fotos) - Inpa
Cutia, preguiça bentinho, macaco da noite, macaco parauacu, helicônias e samaúma são algumas das várias espécies amazônicas presentes no Bosque da Ciência, espaço de visitação pública do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). Agora, os visitantes também poderão ver esses animais e plantas no mural pintado nos tanques-filtro do sistema de tratamento de água dos tanques dos peixes-bois.
A inauguração do mural aconteceu nesta sexta-feira (27), como parte das comemorações do aniversário de 64 anos de implantação do Inpa, que conta ainda com exposições, oficinas e Virada Sustentável neste fim de semana. Nestes três dias, a entrada do bosque é gratuita. Veja aqui a programação.
De acordo com a pesquisadora do Inpa e coordenadora do Projeto Museu na Floresta, Vera Silva, o mural é mais um presente para o público que vem ao Bosque da Ciência, um fragmento florestal em plena área urbana de Manaus. “Nossa ideia era ‘camuflar’ aqueles tanques enormes. E o resultado ficou muito bonito e integrado ao ambiente. É sempre bom encher os olhos com coisas bonitas, com essa natureza exuberante”, contou.
Localizado em área restrita do centro aquático, o mural será aberto ao público apenas em ocasiões especiais. Feito pela artista visual e bióloga Carolina Bertsch, o mural mistura as técnicas de acrílico e spray e foi mais intuitivo que pré-desenhado. Ele teve a natureza como inspiração e a sugestão de itens também dada por servidores e colaboradores.
“Estamos alegres de ter o desafio de mostrar a beleza do bosque nesses tanques. Primeiro porque não dá para perceber e depois, quando chega perto, ver todo o detalhe e carinho colocado no mural”, disse Bertsch, que é venezuelana e pesquisadora bolsista do Inpa.
Participaram da cerimônia informal o ex-diretor do Inpa, Luiz Renato de França, da cônsul-geral do Japão em Manaus, Hitomi Sekiguchi, que veio agradecer ao Inpa pela recepção da princesa Mako, na última quinta-feira, além de visitantes, servidores e colaboradores. “Estou muito feliz. Minha gestão acabou, hoje estou indo embora, mas meu compromisso com o Inpa, a Amazônia e o planeta não se encerrou”, disse o ex-diretor Luiz Renato de França.
Integrantes da estação de tratamento e reciclagem das águas residuais dos três tanques dos peixes-bois, os tanques-filtro possuem 6x4 metros cada um e estão instalados na área restrita do centro aquático. Eles vão permitir melhorar a visibilidade dos animais e principalmente reduzir em até 60% o consumo de água do lençol freático, já que os tanques dos peixes-bois são abastecidos com água do subsolo.
O sistema está em fase de testes e ajustes de bombas e válvulas. A previsão é entregá-lo em setembro. A obra faz parte das ações do Projeto Museu na Floresta, uma parceria do Inpa com a Universidade de Quioto, com patrocínio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). A pintura do mural foi uma doação da empresa Roswand Engenharia que construiu os tanques-filtro.
“Vim agradecer ao Inpa pela recepção dada à princesa e houve hoje essa inauguração que o destino nos uniu. Temos tido essa parceria com o Inpa, através da Jica e da Universidade de Quito, e espero que continue rendendo mais frutos para o bem da natureza da Amazônia e da humanidade”, disse a cônsul-geral do Japão em Manaus.
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