Estudantes aprendem no Inpa como se prevenir da febre amarela e da leishmaniose
A 3ª edição do projeto de sensibilização socioambiental e popularização da ciência do Inpa aconteceu nesta sexta-feira
Da Redação – Ascom Inpa
Fotos: Cimone Barros
De uma forma simples e divertida, estudantes aprenderam no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) como se prevenir de doenças tropicais, como a febre amarela e a leishmaniose. Com esquete, exposições e oficinas, a 3ª edição do ano projeto Circuito da Ciência atraiu nesta sexta-feira (29) atenção de cerca de 150 alunos de três escolas de Manaus.
Com dez minutos de apresentação teatral e cenas descontraídas, graduandos de Enfermagem do Centro Universitário Fametro mostraram a importância de manter o quintal de casa limpo, livre de criadouros do Aedes aegypti. O mosquito é transmissor da febre amarela urbana, dengue, zika e chikungunya.
No esquete os mosquitos saem à procura de sangue para se alimentar e encontram o quintal da casa de uma família sujo e com água parada em pneus e garrafas. No ambiente propício à proliferação, a mãe é infectada e passa a ter febre, calafrios, dores pelo corpo e icterícia (pele amarelada). Orientada pela equipe de saúde que faz acompanhamento nos domicílios, a matriarca busca a unidade básica de saúde para ter diagnóstico e tratamento adequados.
“Quando a família faz a limpeza do quintal, os mosquitos voltam àquela casa, mas não encontram condições para se proliferar e a família fica livre da febre amarela e de outras doenças que também são transmitidas pelo mesmo mosquito vetor”, conta a estudante do 5º período de Enfermagem da Fametro Lorena Vitória dos Santos.
Em outra frente, outra parte da turma de enfermagem montou uma exposição, na área da Ilha da Tanimbuca do Bosque da Ciência, na qual enfatiza com cartazes e maquete a importância da prevenção da febre amarela, doença infecciosa febril aguda, que se não tratada pode levar à morte. O SUS oferece gratuitamente a vacina contra a doença.
Atenta às explicações sobre como se prevenir contra a leishmaniose tegumentar - doença que afeta a pele e mucosas, a estudante Letícia Gurjel da Silva da Escola Estadual Octávio Mourão não perdeu a oportunidade de ver de pertinho os flebotomíneos. A exposição é feita pelo Laboratório de Leishmaniose e Doença de Chagas do Inpa. “Precisamos usar repelente e cuidar da limpeza do nosso quintal”, destacou Letícia.
A leishmaniose é transmitida ao homem e outras espécies de mamíferos – como preguiça e gambás - por insetos vetores ou transmissores chamados de flebotomíneos, também conhecidos como birigui, cangalhinha e mosquito-palha. Único tipo registrado no Amazonas, a leishmaniose tegumentar é tratada principalmente com Glucantime e Pentamidina, injeções dolorosas que contribuem para que muitos pacientes desistam do tratamento. A doença não tem vacina para humanos.
Campanha de combate a queimadas urbanas e aos caramujos africanos (Semmas), além de oficinas sobre o peixe-boi – animal ameaçado de extinção, Saúde bucal (Nilton Lins), Biotério (Inpa) e doação de mudas (Cepeam) também fizeram parte do Circuito da Ciência. Nesta edição participaram os estudantes das escolas Estelita Tapajós (Educandos), Octávio Mourão (Cidade Nova) e Roberto Vieira (Nova Cidade).
Gratuito, o projeto é destinado a estudantes do 6º ao 9º ano de escolas públicas e privadas. As instituições interessados podem fazer o agendamento pelo sistema eletrônico http://abc-bosque.inpa.gov.br/. No endereço é possível encontrar o cronograma com as datas das edições do Circuito da Ciência.
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