TRÊS PERGUNTAS PARA A SEPROR
Tatiana Schor, economista e Secretária Executiva Adjunta de Planejamento.
1. Como o governo do Estado tem trabalhado para estimular o consumo dos frutos amazônicos tanto pela população local quanto pelos visitantes e turistas?
O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), cria alternativas via concessão de fomento, fornecimento de infraestrutura, prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) aos produtores rurais do Estado. Há ainda o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que tem como objetivo a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares e sua pronta disponibilização para doação a entidades da rede de promoção e proteção social, assumido importante papel na promoção da segurança alimentar do público por essa atendido. Não há um trabalho específico para a Copa, mas ações citadas anteriormente contemplam a cadeia de produção de frutos amazônicos.
2. Além do açaí e cupuaçu que já são bem conhecidos, a Sepror investe e/ou até aposta na produção de outros frutos regionais com potenciais econômicos? Quais?
A Sepror, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está implantando o Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (PRO-RURAL), pelo qual está difundido para 4.500 unidades produtivas de frutas cultivadas e de aproveitamento extrativo de frutas para garantir o fornecimento de matéria prima para as agroindústrias instaladas no Estado do Amazonas, em especial as de cacau, cupuaçu, açaí, guaraná e abacaxi, nos municípios: Itacoatiara, Careiro da Várzea, Presidente Figueiredo, Codajás, Novo Aripuanã e Lábrea. Para atender a cultura de cacau, serão priorizados os municípios de Coari, Tabatinga, Apuí, Parintins, Urucurituba e Envira.
3. Quais os gargalos para a produção dessas frutas?
São vários, como falta de conhecimento das frutas regionais. Difusão entre os municípios do estado; domínio das práticas culturais e manejo do cultivo adequado das frutas regionais; controle das perdas pós-colheita, garantindo a qualidade do produto e conservando seus aspectos fisiológicos e seu sabor. Várias tecnologias podem ser utilizadas, as quais devem ser iniciadas no campo, se estendendo para as etapas seguintes; aplicabilidade dos resultados de pesquisas desenvolvidas nas instituições de pesquisas; o comércio mundial de alimentos frescos é fortemente condicionado por diversos mecanismos de regulação fitossanitária. No estado não há controle dos defensivos agrícolas utilizados; esforço de marketing para divulgar as frutas amazônicas. Exemplo é o açaí. No entanto, mesmo com todos esses gargalos, a Sepror está implantando o Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (PRO-RURAL), como já citado anteriormente, para minimizar alguns desses pontos.
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