No Inpa, parceiros se reúnem para conhecer as atividades do Projeto Museu na Floresta
Numa parceria entre o Inpa e a Universidade de Quioto, o Projeto Museu na Floresta é coordenado pelo lado brasileiro pela pesquisadora Vera Silva. É financiado pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e pela Agência Japonesa da Ciência e Tecnologia (JST). Também recebe o apoio da empresa Itochu Corporation
Da Redação – Ascom Inpa
Foto: Luciete Pedrosa e Acervo Museu na Floresta - Inpa
Para falar sobre a conservação da biodiversidade na Amazônia baseada no novo conceito do “Museu na Floresta”, o coordenador pelo lado japonês, Shiro Koshima, da Universidade de Quioto (Japão), reuniu-se com os parceiros japoneses do Projeto Museu na Floresta. A comitiva está em Manaus (AM) para a inauguração da Base Alto Cuieiras, que acontece nesta terça-feira (8). O encontro foi na Casa da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa/MCTIC), no final da tarde desta segunda-feira (7).
Numa parceria entre o Inpa e a Universidade de Quioto, o Projeto Museu na Floresta é coordenado pelo lado brasileiro pela pesquisadora Vera Silva. É financiado pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e pela Agência Japonesa da Ciência e Tecnologia (JST). Também recebe o apoio da empresa Itochu Corporation.
Além dos parceiros japoneses, também fez parte da comitiva a nova cônsul-geral do Japão em Manaus, Hitomi Sekiguchi.
O Museu na Floresta não é num lugar só. Está localizado em vários lugares como o Bosque da Ciência e a Casa da Ciência, que são locais para divulgar os resultados de pesquisa do projeto. O programa de Reintrodução dos Peixes-bois é uma das ações do Museu na Floresta, assim como a construção do sistema de tratamento de água dos tanques dos peixes-bois.
A pesquisadora Vera Silva explica que pelo Projeto estão sendo estabelecidas as estruturas físicas no âmbito do Museu da Floresta. Segundo ela, estas estruturas como a Base Alto Cuieiras (que será inaugurada nesta terça-feira), a Torre de Pesquisa da ZF-2, o Bosque da Ciência, a Casa da Ciência e a área dos peixes-bois precisam ser formalizadas.
“O primeiro passo é uma organização interna institucional com os parceiros para se criar comitês, que irão estabelecer as regras das condições de uso dessas áreas para que se possa administrar a forma de sustentabilidade desse projeto”, explica Silva.
Sobre o Projeto
Teve início em 2014 com vigência até 2019. É uma rede de estruturas e instituições que trabalham juntas para promover a convivência harmônica do homem com a natureza. Tem como missão contribuir para a conservação da biodiversidade da Amazônia, oferecendo suporte não só para a pesquisa, mas também para atividades de educação ambiental e ecoturismo com o envolvimento das comunidades locais, constituindo-se em um centro para a conservação de ecossistemas locais.
Palestra
Na última sexta-feira (4), o Dr Juichi Yamagiwa, 26º presidente da Universidade de Quioto (Japão), proferiu no Inpa uma palestra sobre o estudo dos primatas não humanos (principalmente gorilas, chipanzés e a macaca-japonesa) e sobre as pesquisas desenvolvidas com esses animais pelo Primate Research, Instituto de Pesquisas em Primatas da Universidade de Quioto e do Centro de Primatas do Japão.
Yamagiwa também apresentou as estratégias de conservação em florestas tropicais desenvolvidas pelos pesquisadores japoneses na África.
O Dr. Yamagiwa veio ao Amazonas para participar das atividades do Museu na Floresta, um Projeto de Cooperação entre o Inpa e a Universidade de Quito, apoiado pela JICA e SATREPS.
Sobre a Base Alto Cuieiras
A Base Alto Cuieiras, região próxima de Manaus, fica localizada no Mosaico de Unidades de Conservação do Baixo Rio Negro, uma das maiores áreas protegidas da Amazônia. É constituída por 12 áreas protegidas contíguas de diferentes categorias e lar de uma rica biodiversidade, além de uma grande quantidade de comunidades humanas ribeirinhas e indígenas.
Há mais de 30 anos a base é utilizada para apoiar pesquisas do Inpa e com a parceria de instituições japonesas passou por um significativo processo de revitalização e expansão de suas estruturas físicas.
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