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Curiosidade marca a primeira edição do Circuito da Ciência do Inpa no Bosque da Ciência

  • Publicado: Sexta, 27 de Abril de 2018, 15h45
  • Última atualização em Sexta, 27 de Abril de 2018, 17h46

Alunos do 6º ano da Escola Municipal Vicente Mendonça Junior (Grande Vitória) participaram desta primeira edição em várias atividades no bosque da Ciência

 

Texto de Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Foto: Lailla Pontes - Bosque da Ciência 

 

SiteCriançasaprendemsobretartarugasdamazônia FotoLillaPontes 

 

Olhares atentos e curiosidade marcaram a vista dos estudantes na primeira edição do projeto Circuito da Ciência, realizada na manhã desta sexta-feira (27), no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. A atividade fez parte da programação especial de aniversário do Bosque, que completou 23 anos no dia 1º de abril. A atividade prossegue até domingo.    

 

Alunos do 6º ano da Escola Municipal Vicente Mendonça Junior (Grande Vitória) participaram desta primeira edição em várias atividades como o Planetário, a oficina “As ameaças ao boto vermelho”, Quelônios da Amazônia, Leishmaniose e Doenças de Chagas, Saúde Bucal, além de atividades socioeducativas como “Se eu fosse uma gotinha”, reciclagem de papel, dentre outras brincadeiras.

 

Siteoficina reciclagemdepapelaFotoLaillaPontes

 

“Aprendi no Planetário sobre os planetas e as estrelas. O universo é muito bonito que cheguei a me emocionar”, conta a estudante Andreia de Oliveira (12), uma das participantes do Circuito da Ciência.

 

O projeto Circuito da Ciência acontece sempre na última sexta-feira de cada mês com o objetivo de divulgar os conhecimentos científicos gerados nos laboratórios do Inpa e promover a educação ambiental para os estudantes da rede pública de ensino de Manaus.    

 

Segundo o professor de Ciências da escola Vicente Mendonça Junior, Gilfran Jean Oliveira, em sala de aula são trabalhadas temáticas de acordo com os livros didáticos e a proposta pedagógica da Semed. “Então, fazemos a teoria dentro de sala e algumas práticas quando se é possível fazer”, explica o professor. “Mas a participação dos alunos no Circuito da Ciência é de grande importância para nós, professores, porque o que é passado na teoria podemos praticar no Bosque da Ciência”, destaca.

 

Parceiros  

 

O Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa) do Inpa foi um dos parceiros que esteve presente na primeira edição do Circuito da Ciência. Bolsistas de Iniciação Científica falaram aos estudantes sobre o conceito geral de tartarugas, de onde vieram, como são e para onde vão, além da importância dos quelônios na natureza, como se reproduzem e como podemos ajudar na preservação e conservação desses animais para que não entrem em extinção.

 

Cerca de 300 animais estão expostos, o Cequa é um centro, criado em fevereiro de 2015, para desenvolver pesquisas, conservação de tartarugas e educação ambiental. O coordenador geral do Cequa é o pesquisador Richard Vogt.

 

Outro parceiro que colaborou com o Circuito da Ciência repassando informações sobre o boto vermelho foi o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA). A bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) Louzamira Beviláqua falou para as crianças sobre a importância do boto para a região e as principais ameaças que o animal vem sofrendo por causa das atividades humanas, principalmente pela pesca da piracatinga. O boto é utilizado como isca na pesca da piracatinga, também conhecido com douradinha, no Brasil.

 

Beviláqua explica que o boto é um animal endêmico (só existe aqui) da região amazônica, e se não o preservamos corremos o risco dele sumir daqui a alguns anos. “Hoje, temos dados de que uma população de botos na região de Mamirauá, próximo a Tefé, vem diminuindo 10% ao ano, e como é um animal emblemático e endêmico temos a obrigação de preservar”, diz.

 

SiteEstudantesaprendemsobreSaúdebucalFotoLaillaPontes

 

Participaram do Circuito da Ciência o Laboratório de Leishmaniose e Doenças de Chagas, o Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea), alunos de Odontologia da Universidade Nilton Lins, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Instituto Soka/Cepeam, Sesc.

 

Desafio Natureza nas Cidades

 

O Desafio Natureza nas Cidades 2018 está com atividades no Bosque da Ciência neste fim de semana apresentando o desafio aos visitantes para que se juntem a outros apaixonados pela natureza e participem dessa competição mundial fazendo uma foto de um animal ou de uma planta e compartilhando na plataforma iNaturalist ou no site www.desafionaturezanascidades.com.br.

 

SiteBannerDesfionascidades2018ArteDivulgação

 

De acordo com a coordenadora do desafio, em Manaus, a doutora em Ecologia Helena Aguiar, vários grupos de ativistas (observadores de aves e estudiosos de mamíferos) estão espalhados pela cidade como na Ufam, no Parque do Mindu, no Parque Samaúma, na mata ciliar do conjunto Petro e Tiradentes (Aleixo), além da região do Tarumã-açu (próximo à BR-174).

 

“Esperamos que a população se junte a este desafio e faça o maior número de registro possível da biodiversidade que a cidade de Manaus abriga e que consigamos o primeiro lugar pelo menos no Brasil”, torce Aguiar. “Queremos mostrar que dentro de Manaus há uma biodiversidade significativa tão importante, não só para nós, mas para o planeta”, destaca a coordenadora, ao lembrar que as fotos para compartilhar no banco de dados só valem aquelas tiradas a partir desta sexta-feira (27) até segunda-feira (30 de abril).  

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