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Inpa participa da Caminhada Amazonas Livre da Tuberculose nesta sexta-feira

  • Publicado: Quinta, 22 de Março de 2018, 11h56
  • Última atualização em Quinta, 22 de Março de 2018, 12h03

A Caminhada é organizada pelo Comitê de Controle da Tuberculose no Amazonas. O Amazonas é o estado brasileiro com maior incidência de casos novos de tuberculose

 

Da Redação – Ascom Inpa

 

Grave problema de saúde pública, a tuberculose é a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando o HIV e a malária juntos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 10,4 milhões de pessoas no mundo tiveram tuberculose em 2015, e mais de 1 milhão morreram por conta da doença, conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2017).

 

Apesar da tendência de redução no coeficiente de incidência (-1,7% no período de 2007 a 2016), no Brasil foram registrados 66.796 casos novos em 2016 e 4.543 óbitos por tuberculose em 2015. O Amazonas amarga a liderança do ranking brasileiro como o estado com maior incidência de casos novos de tuberculose, com 67,2 casos a cada 100.000 habitantes.

 

Para chamar a atenção da população para a doença e o tratamento, será realizada nesta sexta-feira (23)a Caminhada Amazonas Livre da Tuberculose, com concentração às 8h, na Praça da Polícia, Centro, seguindo depois para a Praça do Congresso.A atividade é alusiva ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março).

 

Organizado pelo Comitê de Controle da Tuberculose no Amazonas, a Caminhada contará com a participação do Laboratório de Micobacteriologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), que há 35 anos se dedica à pesquisa e ao auxílio no diagnóstico de casos de difícil resolução de tuberculose.

 

“Essa caminhada é importante para conscientizar a sociedade para o combate à tuberculose, porque é uma doença que tem medicamentos e tem cura”, disse o pesquisador do Inpa líder do Laboratório de Micobacteriologia Mauricio Ogusku.

 

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e é oferecido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, conhecido como Bacilo de Koch, a doença infecciosa afeta principalmente os pulmões, mas pode surgir em outros órgãos do corpo humano. É transmitida quando um doente expele bacilos ao tossir e espirrar. Os principais sintomas respiratórios são tosse persistente por mais de 15 dias e catarro, além de febre, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço.

 

Para erradicar a doença no país, Ogusku acredita que é necessário um esforço conjunto de toda o sistema de saúde, o que inclui a assistência, a operacionalização, o atendimento clínico e laboratorial, e o principal que é a adesão do paciente ao tratamento. “Como o tratamento é longo, seis meses, se o paciente não cumprir o período de tratamento terá recaída e estará disseminando para a população bacilos resistentes aos medicamentos que estava tomando”, ressaltou.

 

Ainda conforme o Boletim Epidemiológico (2017/ MS), Manaus lidera o ranking do coeficiente de incidência de tuberculose entre as capitais brasileiras, com 93,2 casos novos da doença por 100 mil habitantes, o que representa quase o triplo de incidência do Brasil (32.4/100 mil hab.) e mais que o dobro do Amazonas (67,2/100 mil hab.).

 

Participam da Caminhada a Secretaria de estado da Saúde (Susam), Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Fundação de Medicina Tropical (FMT), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Amazônia).

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