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No Inpa, professor da UFRJ mostra uma perspectiva crítica das Tecnologias Sociais

  • Publicado: Quarta, 21 de Março de 2018, 17h34
  • Última atualização em Quarta, 21 de Março de 2018, 17h34

No Workshop, o professor mudou o foco de sua palestra e fez uma homenagem à  vereadora Marielle (PSOL/RJ), amiga pessoal, falecida na semana passada, no Rio de Janeiro

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Foto: Luciete Pedrosa e Cimone Barros

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Estudo de gênero, racismo, a questão dos povos negros e da cultura africana são alguns elementos que ainda não foram incorporadas dentro dos conceitos de Tecnologia Social. Para falar sobre uma perspectiva crítica das Tecnologias Sociais, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Celso Alexandre Souza de Alvear, foi o palestrante de abertura do VII Workshop de Tecnologia Social do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC).

No Workshop, o professor mudou o foco de sua palestra e fez uma homenagem à vereadora Marielle (PSOL/RJ), amiga pessoal, falecida na semana passada, no Rio de Janeiro. A vereadora, juntamente com o professor trabalhava na Comissão de Direitos Humanos. Os dois eram envolvidos em movimentos sociais na periferia daquela cidade. “Não podemos deixar passar em branco as perdas que temos durante essse processo de transformação no nosso país”, diz. 

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Alvear citou o professor Dagnino, da Unicamp, que cunhou o termo Tecnologia Social. Pelo conceito, Tecnologia Social é o resultado da ação de um coletivo de produtores sobre um processo de trabalho que, em função de um contexto socioeconômico e de um acordo social os quais ensejam, no ambiente produtivo, um controle e uma cooperação (voluntária e participativa), que permite uma modificação no produto gerado, passível de ser apropriada segundo a decisão do coletivo

Lembrou que enquanto a Tecnologia Convencional é baseada numa visão de fábrica e  alienante, porque não utiliza a potencialidade do produtor direto, a Tecnologia Social é libertadora com potencial para viabilizar a economia solidária onde todos os trabalhadores são donos (não há distinção entre patrão e empregado).

Abertura  

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Com a presença maciça do público, o VII Workshop de Tecnologia Social do Inpa foi aberto na manhã desta quarta-feira (21), no Auditório da Ciência. O diretor do Inpa, Luiz Renato de França, prestigiou o evento. “É prazeroso participar de um evento que trata de Tecnologias Sociais, porque de nada adianta fazer pesquisas se estas não tiverem reflexo no desenvolvimento social e na cidadania”, diz.

“O evento tem uma espinha dorsal que é de trazer parceiros e pessoas interessadas na aplicação do conhecimento e em compartilhar experiências”, diz a coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez e organizadora do workshop.

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Também prestigiaram o VII Workshop, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Edson Barcelos da Silva; o representante do secretário de Produção Rural, José Aparecido dos Santos, representado na ocasião pelo secretário-executivo Alexandre Henriques de Araújo; além do representante do superintende da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), José Taveira Serafim, que foi representado por Tiago Maia.   

O evento prossegue até nesta quinta-feira (22), em horário integral, com palestras, oficinas, exposição permanente de banners. Ao final, haverá premiação dos trabalhos em banners.  

 

Mesa-redonda

Uma fruta amazônica não convencional, porém com poderes curativos e nutricionais, está em estudo no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). O grupo do Laboratório de Alimentos e Nutrição está propondo uma forma de cultivo com maior produção e retorno econômico aos agricultores com o camapu (Phylasis angulata), uma planta considerada invasora e pouco conhecida. O trabalho foi apresentado na mesa-redonda “Experiências e práticas em Tecnologia Social com foco em alimentação saudável”.

O VII Workshop de Tecnologia Social que prossegue até nesta quinta-feira (22) traz como tema principal “Economia solidária e gestão estratégica pública”. O estudo é da aluna de mestrado em Agricultura no Trópico Úmido (ATU), Amélia Augusta de Lima Ajuricaba Oliveira com orientação da pesquisadora dra. Francisca das Chagas do Amaral Souza.

Além de ser um fruto funcional, tem propriedades curativas e nutricionais, mas o que chama atenção nos trabalhos de pesquisa é que comprovam que este fruto estimula a produção de células-troncos neurais e estão trabalhando para desenvolver um remédio para o tratamento do Alzheimer a partir dessa planta amazônica”, explica a mestranda.

Estudos do Grupo de Pesquisas Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônica, da Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriu a existência  de propriedades neurogênicas em substâncias produzidas pelo camapu.

Proposta

 

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Pensando em tudo isso, verifiquei que não há informações sobre o cultivo dessa planta e para quem desejar estou propondo uma forma de cultivo para o camapu. Porém, é preciso fazer um delineamento experimental e ver quais das adubações testadas proporcionarão uma maior produção com retorno econômico”, explica Oliveira.

A partir desses estudos, serão desenvolvidos dois produtos: o fruto desidratado na estufa ou ao sol; e o fruto liofilizado (processo de desidratação que transforma o fruto em pó conservando as propriedades nutricionais).

Na opinião da mestranda, a questão do desidratamento é importante porque trata-se de um fruto de climatério, ou seja, quando a fruta é retirada do campo ela tem um amadurecimento rápido. Ao ser desidratada pode ser armazenada e conservada. Para isso, estão sendo feitos os testes com vida em prateleira. “São cerca de seis meses de análises para ver o comportamento desse fruto durante esse armazenamento. Só teremos a resposta no final dos trabalhos que será em agosto quando será a defesa da minha dissertação”, diz Oliveira.       

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