Pesquisador do Inpa realizará palestra no Museu Amazônia sobre Agrossilvicultura
“Na Amazônia, instalaram-se “belos” Sistemas Agroflorestais, compostos por muitas espécies. Infelizmente, esses Sistemas Agroflorestais mostraram-se pequenas ilhas “ecologicamente corretas”, como se fossem corpos estranhos no oceano das monoculturas agrícolas”, observa Johannes van Leeuwen
Por Luciete Pedrosa/Ascom Inpa
O pesquisador e líder do Núcleo Agroflorestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Johannes van Leeuwen, participará, nesta quinta-feira (26), às 17h, do “Colóquio das Quintas”, do Museu da Amazônia (Musa), onde falará sobre “A Agrossilvicultura (Sistemas Agroflorestais): conceito, possibilidades, dificuldades”. O evento acontecerá na sede administrativa do Musa, localizada na rua Planeta Plutão, 11 – conjunto Morada do Sol, no bairro do Aleixo. O evento é aberto a todos os interessados no assunto.
Sistemas Agroflorestais (SAFs) podem ser entendidos como formas de uso e manejo da terra, nas quais árvores ou arbustos são utilizados em conjunto com a agricultura e/ou com animais numa mesma área, de maneira simultânea ou numa sequência de tempo.
Para o pesquisador, a integração de árvores na agricultura é um meio aparentemente simples para melhorar a sustentabilidade da agricultura. Segundo ele, desde a década de oitenta esta técnica antiga vem sendo promovida mundialmente. “Na Amazônia, instalaram-se “belos” Sistemas Agroflorestais, compostos por muitas espécies. Infelizmente, esses SAFs mostraram-se pequenas ilhas “ecologicamente corretas”, como se fossem corpos estranhos no oceano das monoculturas agrícolas”, explica o pesquisador.
De acordo com van Leeuwen, SAFs com um "carro-chefe econômico", como cacau ou citros, tiveram mais sucesso. Na opinião do pesquisador, para se promover a Agrossilvicultura na Amazônia é fundamental, primeiramente, entender o funcionamento da pequena propriedade para saber onde, como e quando vai ser possível "encaixar" árvores. “Além disso, é necessário ter variedades melhoradas das espécies de interesse como pupunha, açaí, tucumã, castanha, uxi, piquiá e abiu”, ressalta o pesquisador.
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