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Influência da Amazônia na seca do Sudeste é debatida em palestra no LBA-Inpa

  • Publicado: Terça, 24 de Março de 2015, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 13 de Abril de 2015, 10h50

 

Banner: Denys Serrão/Ascom Inpa.


Será debatido as necessidades do país em termos de pesquisas e políticas públicas para a previsão, além da prevenção e mitigação de eventos extremos causados pela mudança climática.


“A água da Amazônia irriga o Sudeste?” será o tema da palestra dos pesquisadores Luiz Antônio Candido, do Inpa, e Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima

Da Redação Ascom/Ascom Inpa

Foto de chamada: Fernanda Farias/Ascom Inpa

O programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), realizará no dia 31 de março, às 14h, no Auditório da Ciência, no Bosque da Ciência, um debate sobre as questões científicas e de políticas públicas referentes ao papel da Amazônia na seca no sudeste, com o tema: “A água da Amazônia irriga o Sudeste?”.

O debate contará com a participação de dois palestrantes renomados: Luiz Antônio Candido, pesquisador do Inpa, e Carlos Rittl, do Observatório do Clima. Como provocadores participarão: Ricardo DalaRosa, pesquisador do Inpa, Rita Valéria Andreoli professora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), e Naziano Filizola professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Durante a palestra, será apresentado o contexto histórico e das políticas referentes à mudança climática no Brasil, a evolução do desmatamento na Amazônia nos últimos 40 anos, além do impacto deste sobre o ciclo da água.  Os organizadores contam também com o público para que um debate vigoroso se estabeleça sobre esses e outros problemas climáticos gerados pelo homem.

Segundo a gerente científica do LBA, Muriel Saragoussi, a proposta do colóquio é movimentar e difundir o debate sobre o conhecimento existente e a necessidade de ação por parte dos poderes públicos e da sociedade para a efetivação da proteção e uso sustentável da Amazônia e além de um manejo racional da água no país.

“A expectativa é que os participantes saiam instigados a conhecer a ciência por trás dos fatos, e a se engajar na construção de políticas públicas para uma proteção mais efetiva da Amazônia e para a prevenção e mitigação de eventos extremos, como por exemplo, a seca no sudeste brasileiro e as enchentes no oeste da Amazônia.”, afirmou Saragoussi.

 “A água da Amazônia irriga o Sudeste

No início deste ano, a mídia chamou a atenção para uma eventual conexão entre o desmatamento da Amazônia e a seca no sudeste do país, motivo que gerou muitas dúvidas quanto à comprovação de dados científicos e os fenômenos que regem o clima no Brasil.

Segundo Saragoussi, por ser considera fundamental para o ciclo da água e para o equilíbrio do clima no planeta Terra, a floresta amazônica tem uma função complexa e por isso várias hipóteses científicas têm sido propostas, e para testá-las é necessária uma grande quantidade de dados, que são coletados anualmente, para que assim seja possível entender a influência exata da floresta sobre o clima e a disponibilidade de água no continente.

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