A ideia é desenvolver soluções logísticas entre as nações, assim como avaliar a interoperabilidade de seus equipamentos, sistemas e procedimentos em região fronteiriça, cercada de dificuldades específicas.
“Este é um reconhecimento para o Inpa que emprestou todo o seu conhecimento para o Amazonlog”, disse o general Theophilo, comandante de Logística do Exército Brasileiro
Texto e foto de Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) foi homenageado, na tarde desta segunda-feira (13), pelo Exército Brasileiro pelo reconhecimento da atuação do Instituto durante o exercício multinacional e interagências com foco em ações humanitárias, o Amazonlog, que aconteceu de 6 a 13 de novembro, em Tabatinga (a 1,1 mil quilômetros de Manaus/AM), na tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia.
Numa cerimônia informal, no saguão do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, conhecido como “Eduardinho”, o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, recebeu das mãos do general Guilherme Cals Theophilo de Oliveira, comandante de Logística do Exército Brasileiro, uma placa do Amazonlog. “Este é um reconhecimento para o Inpa que emprestou todo o seu conhecimento para o Amazonlog”, diz o general.
“Isso reforça os laços que o Inpa tem com o Exército. O Instituto está muito feliz de ter contribuído com o Amazonlog”, diz o diretor do Inpa ao comentar que é uma grata satisfação esse reconhecimento e apreço por parte do Exército Brasileiro.
No último domingo, em Tabatinga, outras 22 instituições foram homenageadas pelo Exército. A delegação do Inpa não esteve presente, mas o general Theophilo fez questão de entregar a placa de homenagem pessoalmente.
O Inpa levou para o Amazonlog o conhecimento da pesquisa científica e ambiental e debateu temas nas áreas da saúde, segurança alimentar, recursos hídricos e tecnologias sociais. As atividades aconteceram em Benjamin Constant (workshop) e em Tabatinga com uma exposição que fez parte do exercício militar de ação humanitária com refugiados do Peru e da Colômbia.
Palestra Simpósio
A pesquisadora do Inpa, Antonia Franco, abriu o ciclo de palestras no 1º Simpósio de Ações Humanitárias e Desenvolvimento Sustentável do Alto Solimões ao falar sobre prevenção de catástrofes e endemias. “É importante lembrar às políticas de saúde pública das necessidades de ações de prevenção e controle de epidemias de doenças tropicais”, disse a pesquisadora. .
O evento foi realizado no auditório do Banco de la República, em Letícia (Colômbia), na manhã de sexta-feira (10) e fez parte da programação do Amazonlog, que foi encerrado nesta segunda-feira (13).
A pesquisadora falou sobre a necessidade de se tratar desse assunto na tríplice fronteira e acredita que uma ação como o Simpósio e o Amazonlog possam mobilizar o Brasil e outros países de fronteiras para ajudar outras pessoas. “O Exército está parabéns pelo esforço e pela iniciativa em prol do país e no cuidado das interações internacionais que existem nas áreas de fronteira”, diz Franco.
Abertura Simpósio
A abertura do Simpósio, em Letícia, foi feita pelo general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, comandante de Logística do Exército Brasileiro. Contou com a presença do comandante do Exército Brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas, e com o governador do Amazonas Amazonino Mendes.
Sobre o Simpósio
O 1º Simpósio de Ações Humanitárias e Desenvolvimento Sustentável do Alto Solimões teve o objetivo reunir pesquisadores, professores e estudantes dos três países fronteiriços (Brasil, Peru e Colômbia) para discutir soluções viáveis no sentido de minimizar os problemas locais no que se refere à saúde e ao controle de endemias.
Pela manhã, em Letícia (Colômbia), além da apresentação do tema sobre catástrofes e endemias pela pesquisadora do Inpa, o Simpósio também abordou a saúde na tríplice fronteira, pela pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Giane Zupellari, e a questão indígena pelo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Franklimberg Ribeiro de Freitas.
Debates temáticos
À tarde, já em Tabatinga (Brasil), foram realizados debates simultâneos dos temas apresentados, em três ambientes, no Colégio GM3. Após cada discussão, foi feito um relatório apresentando quatro problemas e quatro sugestões de soluções. As apresentações foram no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
“O relatório das discussões temáticas será consolidado num documento final e enviado para as instituições que participaram do Amazonlog 2017”, explica o organizador do Simpósio, o coronel Clynson. “A ideia é que as medidas apresentadas possam servir de subsídios e embasar estudos futuros na solução dos problemas da tríplice fronteira do Alto Solimões”, destaca.
Na opinião do diretor do Inpa, Luiz Renato de França, a participação do Instituto no Simpósio foi expressiva. “A participação da delegação do Inpa (17 integrantes) no Simpósio foi bem significativa. Acredito que cumprimos muito bem a nossa missão”, disse França.
Participaram da mesa de encerramento do Simpósio, além do diretor do Inpa e da pesquisadora Antonia Franco, o general Iglessias, que é subdiretor de Saúde do Exército Brasileiro; o professor Antonio Pádua; o representante da Defesa Civil Colombiana Ricardo Avella; e a técnica da Funai Danusa Saballa.
Sobre o Amazonlog 2017
Uma base militar foi montada na área do 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS), em Tabatinga, para dar suporte aos exercícios. O Amazonlog envolveu cerca de duas mil pessoas de 24 países, sendo 490 militares estrangeiros e 350 civis.
Contou com a participação de observadores militares de nações amigas, forças policiais, órgãos e agências governamentais e empresas brasileiras e estrangeiras, além de efetivos de tropas do Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos. Outros países como Alemanha, Rússia, Canadá, Venezuela, França, Reino Unido e Japão enviaram representantes.
A ideia é desenvolver soluções logísticas entre as nações, assim como avaliar a interoperabilidade de seus equipamentos, sistemas e procedimentos em região fronteiriça, cercada de dificuldades específicas.
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