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General do CMA apresenta no Inpa o projeto Antártica Verde para a comunidade científica

  • Publicado: Quarta, 18 de Março de 2015, 06h19
  • Última atualização em Segunda, 13 de Abril de 2015, 10h29

 

Foto: Fernanda Farias/Ascom Inpa


Por meio do projeto os pesquisadores terão apoio dos Pelotões de Fronteiras, aliados com a Força Aérea e com a Marinha, que darão toda a logística para melhor conhecer e desenvolver a Amazônia.

 

O projeto Antártica Verde tem o objetivo de dar apoio utilizando as estruturas militares do Exército Brasileiro aos cientistas de todo o Brasil que queiram realizar pesquisas na Amazônia

Texto e foto: Luciete Pedrosa/Ascom Inpa

Com o objetivo de apresentar para a comunidade científica o projeto Antártica Verde, cujo objetivo é dar apoio utilizando as estruturas militares do Exército Brasileiro aos cientistas de todo o Brasil que queiram realizar pesquisas na Amazônia, o titular do Comando Militar do Amazônia (CMA), general Theophilo Gaspar de Oliveira, se reuniu com pesquisadores e representantes de  instituições  de ensino e pesquisa, na manhã desta quarta-feira (18), no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). 

O general Theophilo explicou que esta é a segunda reunião que o CMA realiza com os pesquisadores para apresentação, discussões temáticas e levantamento das demandas a fim de que se possa fazer um projeto da Amazônia e ouvindo a opinião de todos que queiram se envolver neste trabalho.

Participaram da reunião, além do diretor do Inpa, Luiz Renato de França, pesquisadores de diversos grupos de pesquisas do Instituto e representantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fiocruz Amazônia, dentre outras.

De acordo com o general, o nome do projeto Antártica Verde é uma “brincadeira” com a Marinha do Brasil em relação ao projeto Amazônia Azul, projeto de defesa da costa do litoral brasileiro. Ele explica que na Antártica existe o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que garante a presença da comunidade científica na Antártica desde 1982, já o projeto Antártica Verde tem o objetivo de trazer cientistas de todo o Brasil para a faixa de fronteiras.

“Queremos que os pesquisadores tragam suas diferentes linhas de pesquisas apoiados pelos Pelotões de Fronteiras, aliados com a Força Aérea e com a Marinha, que darão toda a logística aos cientistas e assim possamos conhecer melhor a Amazônia”, explica o general, acrescentando que só podemos defender o que conhecemos e só podemos desenvolver o que se conhece.

Para o diretor do Inpa, o projeto Antártica Verde é uma ideia que está nascendo com a iniciativa e idealismo do general Teophilo. Para ele, o Inpa é um protagonista na região amazônica, porém, este protagonismo tem que ter mais ações. “E esta atitude integrada que o CMA está fazendo para que conflua para o desenvolvimento da Amazônia, percebe-se que é um projeto ousado e, mais do que isso, factível”, disse o diretor.

Na opinião do pesquisador do Inpa, Wanderli Tadei, esta parceira com o Exército Brasileiro é muito importante e relembra uma experiência que o Inpa realizou com o projeto Fronteiras, entre 2009 a 2011. “O projeto Fronteiras foi financiado pela Finep e gerou conhecimentos científicos sobre a biodiversidade em São Gabriel da Cachoeira e em Santa Izabel do Rio Negro”, lembra o pesquisador, torcendo que a iniciativa do Exército seja imediatamente implementada.

O pesquisador do CBA, Pedro Santos, que ficou bastante entusiasmado com o projeto Antártica Verde, é de opinião de que a iniciativa do Exército Brasileiro é uma atitude positiva e importante para aqueles que querem fazer pesquisas na Amazônia. A mesma opinião é compartilhada pelo pesquisador Adolfo Mota. “É muito oportuna essa parceira com o Exército. Muitas vezes, os recursos vindos dos órgãos de fomento não prevê dificuldades de transporte e segurança dentro da mata. E se as Forças Armadas têm toda essa expertise, acredito que o projeto tem tudo para ser produtivo para ambos os lados”, disse o pesquisador.

Outras reuniões entre o CMA e a comunidade científica acontecerão até a formatação final do projeto, que está prevista para acontecer em maio. No final de abril, o general Teophilo apresentará o projeto Antártica Verde na USP, Unicamp, Universidade de São Carlos, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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