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Inpa contribuirá com o Exército no AmazonLog para a criação de uma brigada humanitária

  • Publicado: Quinta, 28 de Setembro de 2017, 17h40
  • Última atualização em Sexta, 29 de Setembro de 2017, 13h00

“O Inpa tem muito a contribuir com o AmazonLog. A nossa parte envolverá as instituições da região, mas também pesquisa científica e ambiental”, diz o diretor Luiz Renato de França

 

Cimone Barros (texto e fotos) – Ascom Inpa

 

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A expertise do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTIC) em áreas como recursos hídricos, segurança alimentar, saúde e tecnologias sociais será levada para o AmazonLog 2017. Trata-se de um exercício do Exército Brasileiro de logística multinacional de caráter humanitário com a finalidade de atender a população atingida por acidentes ou catástrofes naturais na América do Sul.

 

O evento acontecerá em Tabatinga, município da tríplice fronteira Brasil-Peru e Colômbia, de 06 a 13 de novembro, e será o passo inicial para a criação da uma brigada humanitária.

 

A informação foi dada pelo diretor do Inpa Luiz Renato de França durante palestra sobre a Amazônia e a Sociedade Brasileira, nesta quinta-feira (29), no encerramento do Simpósio Internacional de Logística Humanitária, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus.

 

O Simpósio teve início na terça-feira e serviu de preparatório ao AmazonLog ao discutir temas de interesse ao exercício que ocorrerá no município do Alto Solimões. Paralelo ao Simpósio, houve a Exposição de Materiais, onde empresas e organizações apresentaram produtos e equipamentos de emprego dual, aqueles que são utilizados em período de guerra e de paz.

 

“O Inpa tem muito a contribuir com o AmazonLog. A nossa parte envolverá as instituições da região, mas também pesquisa científica e ambiental, e até com a possibilidade de termos uma torre meteorológica do LBA [Programa de Grade Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia] em Tabatinga, que acredito que será um pólo da tríplice fronteira”, disse o diretor do Inpa.

 

Com 62 anos de atuação na Amazônia, o Inpa é uma referência mundial nos estudos de biologia tropical. No AmazonLog, o Instituto participará com especialistas nas simulações de ajuda humanitária em situação de calamidade. Mais de 20 países e várias agências – como Inpa, Ibama, Polícia Federal e Defesa Civil -,  participarão das atividades, de onde se tirará protocolos a serem usados em situações adversas.

 

Outra frente de atuação do Inpa será na realização de palestras em instituições de ensino de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. O público-alvo são estudantes, comunitários e agentes públicos, que poderão conhecer alternativas desenvolvidas pelo Instituto que contribuem para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida do amazônida. Entre elas estão o aparelho de desinfecção solar de água (Água Box) instalado em cerca de 30 comunidades e a capacitação de produtores rurais em agricultura orgânica.

 

“Serão cerca de 1.500 participantes, entre soldados, oficiais, diretores de agências, pesquisadores. E acredito que o conhecimento que será gerado dessa interação com outros países é um dos pontos fortes do AmazonLog”, disse a diretora substituta e coordenadora de Ações Estratégicas do Inpa, Hillandia Brandão.

 

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De acordo com o comandante Logístico do Exército Brasileiro, o general de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, a proposta é que o AmazonLog seja pontapé inicial na criação de uma brigada humanitária para que em qualquer calamidade existente nos países sul-americanos, ela seja acionada para ajudar a população que foi atingida por terremoto, furacão, enchente ou seca.

 

O general explica que é uma ação rápida de ajuda à população atingida pela calamidade. “Tivemos problema no México de um terremoto. Temos uma dificuldade em reagir à calamidade e muitas pessoas morrem por falta de atendimento”, diz o general ao destacar que aconteceram enchentes e incêndios florestais no Brasil e na Europa e na falta de ação rápida as pessoas não conseguem sair do epicentro da calamidade.

 

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