Inpa encerra VI Congresso de Iniciação Científica com Menção Honrosa aos melhores trabalhos
Durante um ano, os bolsistas realizam trabalhos científicos com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Inpa e do Programa de Apoio de Iniciação Científica (Paic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)
Texto e foto: Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Ao longo de uma semana, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) apresentou resultados de 176 projetos de pesquisa, desenvolvidos por alunos de graduação das universidades e faculdades de Manaus junto com seus orientadores, no ano de 2016-2017. Os 13 melhores bolsistas do período anterior foram premiados com a Menção Honrosa durante o encerramento do VI Congresso de Iniciação Científica (Conic) do Instituto, nesta sexta-feira (4). Os destaques deste ano serão homenageados no Congresso do próximo ano.
Na opinião do diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o Brasil é um dos poucos países que oferece um programa de iniciação científica, que é extremamente importante para o país. “Nota-se um crescimento enorme nesses alunos. Mesmo que não sigam a carreira acadêmica, mas só pelo fato de participarem da inciação científica se tornam alunos diferenciados”, diz o diretor. “A iniciação científica, por incrível que pareça, não é só para formar a pessoa científicamente, é também para formar um cidadão que lida com desafios”, destaca.
Para França, considerando que o Inpa é uma instituição não-acadêmica e, sim, uma instituição de pesquisa, ter quase 200 alunos de iniciação científica é um privilegiado por ter um programa de iniciação científica tão robusto. “Isto é importante para a formação de jovens pesquisadores e também para a ciência, tecnologia e inovação”.
A coordenadora de Capacitação do Inpa e coordenadora do VI Conic, a pesquisadora Beatriz Telles, explica que anteriormente o Instituto realizava a Jornada de Iniciação Científica, que nos últimos seis anos se transformou em Congresso onde são recebidos estudantes de outras faculdades que vêm para assistir as palestras e os resultados de trabalhos dos bolsitas do Inpa.
Durante um ano, os bolsistas realizam trabalhos científicos com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Inpa e do Programa de Apoio de Iniciação Científica (Paic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Segundo Teles, o objetivo principal do Pibic e do Paic é iniciar os alunos de graduação na ciência, tecnologia e inovação. “Os alunos recebem um bolsa para desenvolverem pesquisas científicas e, no final, os que se identificam com a ciência permanecem e entram no mestrado para continuar a carreira científica”, diz. “É uma maneira de selecionar talentos na graduação”, completa.
Premiação
Durante o encerramento do VI Conic, 13 bolsitas de iniciação científica foram homenageados com a Menção Honrosa pelo destaque de melhores trabalhos realizados no período de 2015-2016, avaliados pelos comitês interno e externo das diversas subáreas de pesquisas do Inpa. A entrega dos certificados aos premiados foi feita pelo diretor do Inpa e pela coordenadora de Capacitação.
Para a aluna de Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Fernanda Oliveira, participar da iniciação científica lhe trouxe vários conhecimentos. “A iniciação científica no Inpa me agregou muito, tanto na vida pessoal, como na profissional, porque aprendemos a trabalhar em equipe”, diz. “A experiência de coleta e fazer a pesquisa em si contribuiu muito para minha vida acadêmica e tenho certeza que estou preparada para entrar num mestrado ou doutorado, aqui no Inpa”, acrescenta.
Na opinião do pesquisador do Inpa Maurício Ogusku, um dos orientadores de Pibic, esta é uma oportunidade ímpar para os alunos de graduação. Para ele, o aluno que se insere na iniciação científica está expressando uma vontade própria em relação à pesquisa. “No final, é um troca de experiência porque o orientador desempenha um papel fundamental. Na iniciação científica, temos que ficar bem próximo do aluno e orientá-lo em muitas coisas”, diz Ogusku. “Já para o aluno, além das atividades científicas é uma experiência de vida que, tanto na vida pessoal e na profissional, será de grande valia”, ressalta.
Palestra de encerramento
No encerramento do VI Conic, a professora e coordenadora do curso de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Suzy Simonetti, apresentou a palestra “Turismo e sustentabilidade: a Amazônia como destino”.
Para a professora, há a necessidade de investimentos nas iniciativas locais e trabalhar melhor junto às comunidades para alavancar o turismo na região, além de ter editais de projetos que possam contemplar estudos nesta área. “É necessário, sim, ter um olhar diferenciado para a Amazônia, tendo em vista que o deslocamento para a região é um pouco complicado”, diz.
Simonetti acredita que no futuro o Amazonas poderá ter uma economia focada no turismo sustentável. “Em alguns países esta é a atividade principal e estamos falando de um estado com um potencial impressionante que pode ser trabalhado e desenvolvido”, explica. “Penso que um trabalho de pesquisa e de informação de forma integrada possa alavancar este setor, no futuro, que ainda está muito setorizado, para termos um turismo sustentável. É o meu sonho”, ressalta.
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