Programa LabVerde promove atividades de arte e ciência no Bosque do Inpa
O LabVerde é um programa voltado para artistas e criadores que desejam compreender e refletir sobre a natureza, a paisagem e a estetização da ecologia
Da Redação – Ascom Inpa*
Foto: Karen Canto
Para popularizar a ciência e aumentar a compreensão do bioma amazônico, o Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTIC) recebe nesta sexta-feira (04) e sábado (05) duas atividades de artistas que passaram pelo Programa LabVerde. Uma é o workshop Um retrato dos cheiros da Floresta Amazônica da artista filipina Catherine Young e a outra é o Círculo de Mulheres: como ser uma Amazonas hoje? da paulistana Simone Reis.
No domingo, o Bosque da Ciência estará fechado, por conta da eleição suplementar no Amazonas. O Bosque fica na Rua Bem Te Vi, s/nº, Petrópolis. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h30 (entrada) e sábado e domingo das 9h às 16h. Às segundas-feiras é fechado para manutenção.
De acordo com a coordenadora do LabVerde, a curadora Lilian Fraiji, o programa do grupo Manifesta Arte e Cultura em cooperação com Inpa, trabalha com a imersão artística na Amazônia. “Ele é voltado para artistas e criadores que desejam compreender e refletir sobre a natureza, a paisagem e a estetização da ecologia”, disse.
Nesta sexta-feira, às 14horas, e no sábado às 10h e 11h, a artista Chaterine Young promove o workshop “Retrato sobre os cheiros da Amazônia”, na área da Tanimbuca. O objetivo é promover a conexão com a floresta por meio do olfato. “É importante que as pessoas venham aqui e se divirtam, mas é importante também trazer a ciência para perto do público”, diz Young afirmando se sentir muito feliz em conseguir alcançar o objetivo do Bosque.
A artista filipina defende que a Floresta Amazônica é um boque de aromas, que está sendo ameaçado pelas mudanças climáticas. Artista visual com formação em biologia, Catherine acredita que o cheiro é um dos mais íntimos dos sentidos, além de ser uma maneira de sentir que estamos envolvidos com um lugar ou uma cultura.
“Nós moldamos nossa identidade com o sentido do olfato, porque esse é o sentido ligado à memória. Um determinado cheiro, por exemplo, pode resgatar uma memória da nossa infância ou nos conectar com um lugar”, conta Young.
O workshop também procura trazer à reflexão como o desmatamento e a mudança climática promovem a extinção dos cheiros, afetando nossa memória e nossa identidade.
Já a artista paulistana Simone Reis, autora da instalação artística “Nem tudo que reluz é ouro” realiza o Círculo de Mulheres: como ser uma Amazonas hoje? O encontro acontece neste sábado (05), às 14h, no Paiol da Cultura do Inpa, mesmo local onde está em cartaz até o dia 20 de agosto a instalação da artista.
Simone Reis propõe uma conversa entre mulheres: lideranças indígenas, artistas, biólogas, arqueólogas e lideranças de comunidades tradicionais da região para discutir sobre o protagonismo das mulheres na Região Amazônica e refletir sobre o papel da mulher no desenvolvimento da tecnologia ancestral da Terra Preta de índio.
“As mulheres ameríndias, se empenhavam ao lento e trabalhoso método da confecção da Terra Preta para deixar este adubo como um presente para futuras gerações”, conta Reis.
Para a artista, é preciso refletir sobre o que representaria nos dias de hoje, ser uma Amazonas? Onde se encontram na contemporaneidade as lideranças femininas? Como combater o processo de repressão e desvalorização da mulher impregnado em nossa cultura desde a colonização?
*Com informações do LabVerde
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