Curiosidade, diversão e conhecimento para os estudantes na 3ª edição do Circuito da Ciência
“É importante repassar o nosso conhecimento para essas crianças porque elas estão na idade do aprendizado e são mais curiosas”, diz pesquisadora do Inpa Elisiana Oliveira, uma das parceiras do projeto
Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Curiosidade, diversão e conhecimento. Assim foi a terceira edição do projeto Circuito da Ciência, que recebeu cerca de 200 estudantes da capital, na manhã desta sexta-feira (14), no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTIC). Exposições, brincadeiras e visitas guiadas pelas trilhas do Bosque fizeram parte da rotina da garotada durante o evento.
Uma das parceiras do projeto, a pesquisadora Elisana Oliveira e a equipe do Laboratório de Invertebrados Terrestres explicaram aos alunos da educação infantil e do ensino fundamental, que as aranhas são venenosas, porém, nem todas causam mal ao homem como, por exemplo, a aranha caranguejeira, que apesar da aparência, do tamanho avantajado (mede até 20 cm), patas negras e peludas, não e perigosa.
“Quando a aranha se sente ameaçada ela se defende, raspando o abdômen e lançando pelos urticantes, sendo perigosos quando atingem os olhos”, disse a pesquisadora.
Para Oliveira, a ecologia, a preservação e o estudo do ambiente têm que ser repassado para as crianças. “É importante repassar o nosso conhecimento para essas crianças porque elas estão na idade do aprendizado e são mais curiosas. Mais tarde elas irão fazer esse papel na escola e em casa. Eu gosto muito de trabalhar com crianças”, ressalta a pesquisadora.
Outro parceiro do projeto Circuito da Ciência, o professor Claudio Vieira, da Escola Municipal Lucila Freitas (Colônia Santo Antonio), mostrou a quarta etapa do projeto “Motor Stiling: uma fonte alternativa de energia para a Amazônia rural”, que evoluiu e, agora, está em fase de teste com radiação solar.
A maquete utiliza uma parabólica tipo offset (de compensação), que concentra a luz solar num ângulo de 45 graus a partir de pastilhas de espelhos. O concentrador de energia foca a luz do sol num único ponto do motor de tal forma que pode aquecê-lo até 700 graus. O projeto é desenvolvido por alunos do 8º e do 9º ano daquela escola.
Idealizado para seis anos, o projeto iniciou em 2014 num protótipo feito numa latinha de spray, utilizando como fonte de calor o álcool e teve capacidade para acender uma lâmpada de lead. O segundo motor acendeu até 8 leads e o terceiro, 48. “Espera-se, nesta nova etapa do projeto, que ainda está em fase de alinhamento, acender até 60 lâmpadas”, diz Vieira.
O projeto Circuito da Ciência tem como objetivo a socialização da produção científica e a promoção da educação ambiental para a comunidade. Escolas interessadas em participar do projeto podem agendar visita por meio do agendamento eletrônico. A próxima edição acontecerá no dia 28 de julho.
Na opinião da diretora do Centro Municipal de Educação infantil (CMEI) Professor Doutor Félix Valois Coelho (Nova Cidade), a professora Elaine Teofilo, a visita ao Bosque da Ciência é importante para as crianças terem acesso a este espaço. “A escola tem fundamental importância neste papel e é um dever proporcionar às crianças a participação em um projeto como este que é o Circuito da Ciência”, disse.
Participaram desta edição, a Escola Municipal Eliana Pacheco Braga (Santa Inês), a Escola Estadual Manoel Rodrigues de Souza (Armando Mendes), o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professor Doutor Félix Valois Coelho (Nova Cidade) e o 8º Colégio Militar da Polícia Militar do Amazonas (CMPM VII) – Escola Estadual Coronel Pedro Câmara (Santo Agostinho).
O projeto Circuito da Ciência recebe o apoio da Associação Amigos do Peixe-boi da Amazônia (Ampa), Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Uninorte, Serviço Social do Comércio (Sesc), Grupo de Escoteiros, Instituto Soka/Cepeam, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Escola Maria Madalena Santana de Lima e Escola Municipal Lucila Freitas, artesãs itinerantes e Brothers.
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