Jovens agricultores rurais do Amazonas são capacitados em oficina ecogastronômica
A Oficina faz parte do projeto que está em andamento em todo país, e visa capacitar cerca de 500 jovens das áreas rurais em ecogastronomia.
Texto e foto Karem Canto – Ascom Inpa
Ampliar as oportunidades para os jovens e contribuir para a valorização da agricultura e dos agricultores, por meio da criação de melhores condições e atrativos no campo. Estes são os objetivos da Oficina de Imersão de Ecogastronomia, em que cerca de 40 jovens agricultores de diversos municípios e de povos indígenas participam da atividade.
Os participantes são dos municípios de Maués, Parintins, Barreirinha, Careiro da Várzea, e das comunidades de Água Branca (Brasileirinho), Ramal do Pau Rosa (BR-174) e da Escola Agrícola Nossa Senhora dos Apóstolos. A atividade acontece até nesta sexta-feira (14), na Chácara Amazon, no km 51 da AM-010.
A ação faz parte do projeto Slow Food, coordenado pela pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), a nutricionista Dionísia Nagahama, do Laboratório de Alimentos e Nutrição.
É uma realização da Rede Jovem do Slow Food (comida lenta em tradução livre) em parceria com o Inpa, Serviço Social do Comércio (Sesc), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embapa) e a Rede Maniva de Agroecologia (Rema. A Oficina faz parte do projeto que está em andamento em todo país, e visa capacitar cerca de 500 jovens das áreas rurais em ecogastronomia.
Segundo a facilitadora e membro da Rede Jovem, Helen Kássia Araújo, a importância dessa atividade é a capacitação na formação para a juventude rural. “A Oficina em Ecogastronomia vem para mostrar outras formas de preparação e valorização de um alimento que está subutilizado”, diz.
No Norte, que está inaugurando a meta de número 5 do SlowFood para o mês de julho, cerca de 100 agricultores dos estados do Amazonas e do Pará serão beneficiados.
Atividades
Palestras, “Circuito das Sensações”, que tem como foco a utilização de quase todos os sentidos para tentar reconhecer frutos e plantas alimentícias não convencionais (Pancs), e a “Cozinha raiz” para prepração de pratos tipicamente regionais são algumas das atividades que os particpantes realizarão durante a oficina.
As aulas show serão outras atividades em que os participantes terão a oportunidade de preparar receitas fáceis e nutritivas com alimentos regionais. As aulas acontecem duas vezes ao dia, uma antes do almoço, e a outra, antes do jantar.
“Fazer preparações com a certeza de que isso vai servir para eles, a sensação de satisfação é maior”, diz uma das instrutoras das aulas show, a estudante de gastronomia Luisiane Viana.
Para a agricultora Jacilene Michiles Alencar, representante do povo Saterê, ação está sendo proveitosa com receitas novas e boas todo dia. “No primeiro dia que a gente chegou, já aprendemos muitas coisas, e tem fruta até que eu não conhecia”, diz.
Já para uma das coordenadoras à frente da atividade, Renata Geraldo, fatores como consciência ambiental, responsabilidade social, biodiversidade agrícola e respeito pelas diferenças também estão sendo passados e aprendidos ao longo dessa Imersão em Ecogastronomia. “Temos que olhar para esses jovens, escutar o que pensam, saber se gostam do campo, o que estão planejando para área rural deles e como podemos melhorar”, ressalta.
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