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No Inpa, especialista da FVS fala sobre os efeitos do agrotóxico sobre a saúde humana

  • Publicado: Terça, 06 de Junho de 2017, 16h11
  • Última atualização em Terça, 06 de Junho de 2017, 16h14

O ciclo de palestra “O que eu faço pelo meio ambiente” desta quarta-feira (7) será com o pesquisador Wilson Spironello, que falará sobre mamíferos terrestres na Amazônia e a experiência com as armadilhas fotográficas “trap”

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Impotência sexual, distúrbio hormonal, transtornos neurológicos, além do câncer. Estes são alguns efeitos dos agrotóxicos causados à saúde humana. O assunto foi debatido nesta manhã pelo assessor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Nailton Lopes, no ciclo de palestra “O que eu faço pelo meio ambiente”. Nesta quarta-feira (7), o ciclo segue com o pesquisador Wilson Spironello, que falará sobre mamíferos terrestres na Amazônia e a experiência com as armadilhas fotográficas “trap”. A atividade faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC).

SitePalestraFVS AscomInpa

De acordo com Lopes, as técnicas de cultivo mais rudimentar de produção são as mais vulneráveis pela contaminação em agrotóxico e há instituições que incentivam a produção e o consumo de produtos orgânicos (cultivados sem agrotóxicos). “Os danos que os agrotóxicos causam à saúde humana decorrem de processos de intoxicação, que resultam da exposição a esses produtos”, diz.

O assessor, que coordena o Grupo de Trabalho Interinstitucional de Atenção Integral à Saúde de Populações Expostas à Agrotóxico (GT Agrotóxico), explica que o GT tem, dentre outras atividades, estimulado o incremento do processo de fiscalização da venda e uso de agrotóxicos.

Lopes também cita algumas fragilidades no enfrentamento dos problemas relacionadas ao uso dos agrotóxicos como a baixa percepção de gestores e trabalhadores da saúde sobre os riscos associados à agrotóxicos, além da subnotificação e a baixa qualidade da notificação da morbimortalidade por agrotóxico.

O especialista conta que o agricultor, apesar da prática equivocada no uso de agrotóxicos, tem vontade de mudar. “E isso só será possível com apoio de instituições governamentais, a exemplo do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (Idam), por meio dos serviços da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)”, destaca o assessor ao comentar que no Amazonas existem 275 mil agricultores familiares.

Na opinião do especialista, a prática indiscriminada dos agrotóxicos faz com que o agricultor e o consumidor adoeçam e morram em razão das práticas agrícolas de alto risco e pelo consumo de vegetais contaminados. Um desses vegetais que apresenta um nível recorrente de impregnação de agrotóxicos é o pimentão.

Para tentar superar as dificuldades causadas pelo uso dos agrotóxicos o GT coloca em prática o Plano Estadual de Atenção Integral à Saúde de Populações Expostas à Agrotóxico. “A ideia do Plano é chamar a atenção para os riscos decorrentes de práticas agrícolas errôneas e mostrar que há técnicas que podem ser praticadas sem contaminar o vegetal que está sendo cultivado”, explica Lopes.  

O GT realiza um projeto-piloto nos municípios de Itacoatiara, na comunidade da Vila do Engenho - maior produtora de abacaxi, no Amazonas, e a quarta maior, no Brasil -, e em Manaus, na comunidade Valparaíso, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste da cidade. As duas regiões são priorizadas em decorrência do uso intenso de agrotóxico na produção agrícola.  

Em Itacoatiara, o Plano é executado desde agosto de 2014 e atende 2.500 pessoas. Em Manaus, as ações tiveram início em maio de 2016 beneficiando cerca de 300 famílias produtoras de couve, alface, coentro e pimenta-de-cheiro. Os produtores são responsáveis por cerca de 15% da produção de hortaliças consumidas em Manaus.         

Programação

A Semana do Meio Ambiente do Inpa teve início no último domingo (4) e prossegue até no próximo domingo (11) com atividades para todas as idades, no Bosque da Ciência, que estará com os portões abertos para a comunidade.   

SitetrilhaInsetoFotoDeniseGutierrezINPA

 

Um grupo de jovens e crianças tiveram a oportunidade de observar o comportamento de vários insetos com uma trilha no Bosque da Ciência, na manhã desta terça-feira. A mesma atividade acontecerá à noite, a partir das 19h, desta vez com universitários e será conduzida pelo doutor em Biologia (entomologia) Alexandre Somavilla. Os participantes devem estar com sapatos fechados e levar lanterna.

Os visitantes do Bosque da Ciência também podem conferir a exposição de macrofungos, que são fungos que produzem corpos de frutificação acima do solo e que são visíveis a olho nu.

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