Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Estudiosos estrangeiros e brasileiros trocam conhecimentos sobre louva-a-deus, no Inpa
Início do conteúdo da página
Notícias

Estudiosos estrangeiros e brasileiros trocam conhecimentos sobre louva-a-deus, no Inpa

  • Publicado: Quarta, 26 de Abril de 2017, 16h03
  • Última atualização em Quarta, 26 de Abril de 2017, 16h03

O evento que acontece pela primeira vez nessa área de estudo tem o objetivo de gerar um espaço para a troca, análise e divulgação dos progressos no conhecimento sobre o louva-a-deus.

Texto e foto: Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

O comportamento, a sistemática e as relações evolutivas do louva-a-deus estão sendo debatidos e mostrados por estudiosos de várias partes do mundo (EUA, Taiwan, Slovênia, Rússia e América Latina) no “Workshop Internacional sobre louv-a-deus neotropicais”, que acontece no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) até no próximo domingo (30).

SiteIMG8347

Evento que acontece pela primeira vez nessa área de estudo tem o objetivo de gerar um espaço para a troca, análise e divulgação dos progressos no conhecimento sobre o louva-a-deus.

Insetos da ordem Mantodea são facilmente identificáveis pelas pernas anteriores do tipo raptorial e por sua postura retraída, como em posição semelhante ao de um boxeador ou de uma pessoa em oração, o que lhes dá o nome popular de louva-adeus, também conhecido, na Amazônia, como ponhamesa.

SiteIMG 8362

“Pesquisadores das instituições estrangeiras estão conhecendo a nossa diversidade e, na última parte do workshop, que acontece de sexta a domingo, os cientistas irão ver ao vivo, na Reserva Ducke, como é o comportamento do louva-a-deus, como são feitas as capturas e interagir com os bichinhos em campo”, diz o coordenador do workshop, Antonio Agudelo, pesquisador bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI-DB), no Laboratório de Entomologia Sistemática, Urbana e Forense (Lesuf) do Inpa.

O Workshop teve início na última terça-feira (25) com palestras que acontecem, até nesta quinta-feira (27), pela manhã, no Auditório da Ciência do Bosque da Ciência, e, à tarde, com a realização do curso sobre Taxonomia dos louva-a-deus, no laboratório, onde os participantes conhecem os materiais existentes na Amazônia e na Coleção de Entomologia do Inpa - referência mundial na fauna da Amazônia e do Brasil. De sexta a domingo, o curso prossegue com atividades práticas na Reserva Ducke, no quilômetro 26 da AM-010.

Para o pesquisador da National University La Jolla, na Califórnia (EUA), Michael Maxwell, que pela manhã falou sobre “Chifres cefálicos: diversidade e possível função”, o workshop é importante porque é o primeiro dedicado exclusivamente ao louva-deus. “Isto é um marco histórico do grupo”, comemora o estudioso.

Já o pesquisador russo da Lamonosov Moscow State University, Evgeny Shcherbakov, falou sobre a genitália masculina do louva-a-deus, que é importante para distinguir as diferentes espécies. Para ele, a biodiversidade do Brasil e da América Latina é grande, mas ainda é mal compreendida. “Nesse sentido, o workshop é importante também para divulgar a formação do grupo que estuda estes insetos”.

SiteMG 8331

Nesta quinta-feira (27), um dos palestrantes será o pesquisador do Musel Civic de Valstana (Itália), Robert Battiston, que falará sobre a “Taxonomia e conservação dos louva-a-deus: duas faces de um mesmo inseto”.

Segundo o pesquisador, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês) está realizando uma lista vermelha de espécies em riscos de extinção de louva-a-deus, ortópteras, gafanhotos, esperanças, grilos e bichos-paus, no mundo inteiro. “O problema é que para os louva-a deus não se tem nenhum conhecimento”, diz Battiston.

O pesquisador está trabalhando com as espécies da Europa e da região Mediterrânea, tentando criar esta lista de espécies em extinção para a Europa, embora ele também tenha um grande interesse em saber quais são as espécies brasileiras que deveriam entrar para esta lista. “Principalmente, porque  o Brasil é um ponto de grande biodiversidade, então seria interessante saber quais bichos dessa fauna estão correndo risco de extinção”.    

registrado em:
Fim do conteúdo da página