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Inpa reunirá em workshop internacional inédito especialistas em louva-a-deus neotropicais

  • Publicado: Quinta, 13 de Abril de 2017, 11h27
  • Última atualização em Quinta, 13 de Abril de 2017, 16h53

O evento servirá para compartilhar os resultados e progressos mais relevantes dos estudos atuais sobre louva-a-deus

Da Redação – Ascom Inpa

Foto: Vanessa Gama, Pedro Ivo e César Favacho

Pela primeira vez, especialistas em louva-a-deus de diversas partes do mundo, além de estudantes latinos-americanos interessados no assunto, se reunirão no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), em Manaus (AM). Trata-se do “Workshop internacional sobre louva-a-deus neotropicais” (International Workshop on neotropical praying mantises). O evento inédito tem o objetivo de gerar um espaço para a troca, análise, avaliação e divulgação dos progressos no conhecimento sobre esses insetos.

Site1Fotolouva a deusVanessaGama

O evento, que acontecerá de 25 a 30 de abril, será dividido em duas partes: no Auditório da Ciência, acontecerão as palestras, na manhã dos dias 25, 26 e 27. A entrada é gratuita, mediante inscrição no site. A segunda parte, um curso sobre Taxonomia dos louva-a-deus, acontecerá no período de 25 a 30 de abril, no laboratório do curso de pós-graduação em Entomologia e na Reserva Florestal Adolpho Ducke (Km 26 da AM-010, estrada Manaus-Itacoatiara).

Insetos da ordem Mantodea são facilmente identificáveis pelas pernas anteriores do tipo raptorial e por sua postura retraída, como em posição semelhante ao de um boxeador ou de uma pessoa em oração, o que lhes dá o nome popular de louva-a-deus, também conhecido, na Amazônia, como ponhamesa.

O nome Mantodea deriva da palavra grega “mantis” que significa profeta, em alusão a antigas crenças de poderes proféticos ou adivinhadores nos louva-a-deus. São espécies que têm hábitos predadores, principalmente sobre outros insetos e até aranhas e vertebrados pequenos (passarinhos, ratos, lagartixas). Têm também forte tendência à camuflagem e mimetismo.  

Site2FotodePedroIvo

 

No mundo, existem mais de 2.500 espécies descritas. Segundo dados do Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil, no país existem 251 espécies conhecidas.

É um grupo pouco estudado no Brasil, mas, recentemente, estamos desenvolvemos estudos sobre o relacionamento evolutivo entre as espécies neotropicais”, diz o biólogo Antonio Agudelo, doutor em Entomologia, coordenador geral do workshop. “Nestes últimos sete anos, durante as pesquisas no Inpa, também descobrimos novas espécies e gêneros na Amazônia”, acrescenta o pesquisador colombiano, que em suas pesquisas na Amazônia também recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Apoio e Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam).   

O pesquisador explica que os louva-a-deus, ao contrário do que muitos pensam, são bichos inofensivos, não são venenosos e não causam nenhum mal aos humanos, além do que pode ser criado como bichinhos de estimação e ajudam no controle de pragas.  

Site3louva a deusFotodeCésarFavacho

 

Para o pesquisador, o evento servirá também para compartilhar os resultados e progressos mais relevantes dos estudos atuais. “E, particularmente, necessários em um país megadiverso, cuja diversidade de louva-a-deus é a maior do planeta, que precisa ser conhecida e conservada”, diz Agudelo, que atualmente é bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI-DB), no Laboratório de Entomologia Sistemática, Urbana e Forense (Lesuf) do Inpa.        

Também fazem parte do comitê científico do “Workshop internacional sobre louva-a-deus neotropicais”, os pesquisadores do Inpa, o doutor José Albertino Rafael e a doutora Beatriz Ronchi Teles, além do PhD, Julio Rivera, da University of Toronto.

Mais informações podem ser encontradas no site.

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