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Comitiva da China visita o Inpa para conhecer estudos científicos na área de recursos hídricos

  • Publicado: Sexta, 24 de Março de 2017, 16h49
  • Última atualização em Segunda, 27 de Março de 2017, 15h13

Com a expertise que o Inpa detém, a visita é uma oportunidade de se manter uma colaboração entre os dois países”, disse o diretor do Inpa, Luiz Renato de França

Texto e foto de Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Conhecer os estudos científicos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) sobre os impactos da mudança climática nos recursos hídricos da bacia amazônica brasileira. Este foi o objetivo da comitiva do Ministério de Recursos Hídricos da República Popular da China, que visitou na manhã desta sexta-feira (24) a Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

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Formada por seis integrantes, a comitiva chinesa foi recebida pelo diretor do Inpa, Luiz Renato de França, juntamente com o coordenador de Cooperação e Intercâmbio, Bazilio Vianez. Também estiveram presentes, os pesquisadores Adalberto Val, responsável pelo INCT Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta); Philip Fearnside, do INCT Serviços Ambientais da Amazônia (Servamb); além dos pesquisadores do grupo de pesquisa Recursos Hídricos da Amazônia (Rhania), Sávio José Filgueiras e Marcio Luiz da Silva.    

Com a expertise que o Inpa detém, a visita é uma oportunidade de se manter uma colaboração entre os dois países”, disse França, ao comentar que a China também tem grandes hidrelétricas e enfrenta problemas com recursos hídricos e poluição. “Temos muito o que fazer juntos para o entendimento dessas áreas e também para ações mais globais”, acrescenta.  

A comitiva chinesa, que está no Brasil, há quatro dias, após se reunir com a Agência Nacional de Águas (ANA), agora visita Manaus para conhecer as águas da bacia amazônica, a maior bacia hidrográfica do planeta, cobrindo mais de sete milhões de quilômetros quadrados (quatro milhões apenas no Brasil).  

Nesta tarde, a comitiva chinesa aproveitou para conhecer o rio Negro, o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo e o segundo maior em volume de água – atrás somente do Amazonas. 

A China enfrenta problemas ambientais, como a poluição de corpos d'água, e desenvolve pesquisas para avaliar a qualidade e o nível de poluição dos principais rios. As pesquisas são realizadas pelo Ministério dos Recuros Hídricos, por meio do Instituto Rio Yangtzé, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente.   

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Gostaríamos de estabelecer um canal de comunicação entre o Inpa e o Instituto Rio Yangtzé, que tem o objetivo de estudar a fauna e o ecossistema do rio Yangtzé”, disse o representante do Ministério dos Recursos Hídricos da China, Wang Hong, durante a visita.

Durante a visita, o pesquisador Adalberto Val mostrou o trabalho desenvolvido pelo INCT Adapta, que realiza simulações de como será o meio ambiente em 2100 e o que essa mudança vai interferir na vida das plantas, dos peixes, bem como esses organismos conseguirão se adaptar à mudança climática. 

Já na questão dos impactos da mudança climática sobre os recursos hídricos, o pesquisador Philip Fearnside falou aos chineses que há estudos, em termos de vazão dos rios, como por exemplo, na bacia do Tocantins (onde há varias hidrelétricas, inclusive a de Tucuruí), que mostram mudanças por causa do desmatamento. “Mas é preciso lembrar que há uma variação natural no clima, mas não se pode dizer que é por causa do desmatamento”.         

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O pesquisador Sávio Filgueiras falou sobre o potencial hidrológico e qualidade da água. O pesquisador explicou aos chineses que a água na Amazônia desempenha um papel de grande importância. Por ser uma região com grande quantidade de chuva, e pelas características geográficas, contribuem para a formação de inúmeros igarapés, que por sua vez formam os grandes rios, como o Negro, Madeira, Tapajós, Xingu, Juruá e Purus.      

Para falar sobre águas subterrâneas, o pesquisador Marcio Luiz da Silva, destacou que o Amazonas tem um volume de água subterrânea gigantesco e potável, sem falar o valor comercial que não é aproveitado. Segundo Silva, o Amazonas não comercializa esse recurso, o que é uma perda para o Estado e que poderia gerar emprego. As empresas (6) que comercializam água no Estado representam apenas 4% em relação ao Brasil.

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