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Mestrandos recebem boas-vindas no Inpa e conselhos de Philip Fearnside em Aula Magna

  • Publicado: Sexta, 03 de Março de 2017, 19h53
  • Última atualização em Sexta, 03 de Março de 2017, 19h56

o pesquisador, que atua há mais de 40 anos na Amazônia, é preciso ter uma estrutura psicológica para enfrentar os desafios e seguir com a carreira de pesquisador

 

Texto e foto de Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

 

Foco e motivação. Estes foram alguns dos conselhos do pesquisador Philip Fearnside durante a Aula Magna aos 126 novos alunos que estão ingressando no mestrado de oito cursos do Programa de Pós-Graduação (PPG) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). A Aula Magna aconteceu na tarde desta sexta-feira (3), no Auditório da Ciência.  

 

Sitemestrandorecebemboasvindasno Inpa

 

Com o tema “Conselhos para jovens pesquisadores na Amazônia”, Fearnside falou aos novos mestrandos sobre como fazer pesquisa e quais os entraves que podem enfrentar. “A carreira de pesquisador não é tão facil, primeiramente, é preciso encontrar um emprego e isso envolve produzir e publicar artigos, além de ter conhecimentos da área e continuar contribuindo com a ciência ao longo do tempo”, disse.

 

Para o pesquisador, que atua há mais de 40 anos na Amazônia, é preciso ter uma estrutura psicológica para enfrentar os desafios e seguir com a carreira de pesquisador, além de ter motivação própria, porque, segundo Fearnside, é muito fácil se desviar desse caminho. “É preciso pensar muito bem com o que querem fazer com o conhecimento que estão adquirindo na pós-graduação”, afirmou.  

 

Durante a Aula Magna, Fearnside também citou Einstein que declarou que a ciência é 1% de inspiração e 99% de perspiração. “Mas o mais importante é conseguir aquele 1% de inspiração”, disse o pesquisador, ao acrescentar que o exemplo de Darwim é instrutivo, pois envolve o aproveitamento da “onda”, de uma forma que tem sido comparado à atuação de surfista. “As escolhas de carreira também têm uma influência muito grande sobre os tipos de atividade que biólogos fazem e a liberdade que eles têm na sua atuação profissional”, destacou. 

 

Pesquisador PhilipFearnside

 

Segundo o palestrante, é importante saber sobre as limitações inerentes nos contratos de consultoria, que representa um ramo cada vez maior de atividade de biólogos trabalhando para contribuir para Relatórios de Impacto Ambiental (EIAs) e outras obras encomendadas. Também citou as graves limitações sobre liberdade acadêmica, como, por exemplo, nos relatórios sobre as hidrelétricas de Balbina, Samuel, Tucuruí, Belo Monte e São Luiz do Tapajós, e sobre as hidrovias do Tocantins e do Tapajós, e da rodovia BR-319.

 

Fearnside afirmou que na carreira de biólogo um dos momentos mais críticos é a escolha do assunto para uma dissertação ou tese. “Na prática, isto geralmente acaba moldando toda a carreira da pessoa, muitas vezes apesar de intenções diferentes na hora da escolha”, disse.

 

Para o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, o ingresso numa pós-graduação no Instituto é um privilégio para alguns e uma oportunidade para um início de carreira. “O Inpa tem uma pós-graduação de renome, mas é preciso chamar a atenção dos novos mestrandos quanto à responsabilidade que estão tendo e para que desenvolvam o pensamento crítico em relação à ciência”, disse o diretor. “É importante para o país formar pesquisadores, mas formar pesquisadores na Amazônia, aqui no Inpa, é um orgulho”, ressatou.

 

MesaInpa 

 

Além do diretor do Inpa, os novos mestrandos receberam as boas-vindas da pesquisadora Elizabeth Gusmão Affonso, representando a reitora da Universidade Nilton Lins, Gisele Lins, e da coordenadora de Capacitação, Beatriz Ronchi Teles.

 

Para a nova mestranda, a bióloga Janice Machado de Quadros, que veio do Rio Grande do Sul cursar o mestrado no Inpa em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI), este momento é um sonho que está se realizando. “Desde quando eu estava na graduação, pensava em estudar no Inpa. Venho me preparando há um bom tempo para entrar no mestrado e deu certo. Estou realizando meu sonho”, disse.

 

Os novos mestrando são dos cursos do Programa de Pós-Graduação (PPG) de: Agricutura no Trópico Úmido (ATU), Biologia de Água doce e Pesca Interior (BADPI), Botânica (BOT), Ciências de Florestas Tropicais (CFT), Clima e Ambiente (Cliamb), Entomologia (ENT) e Genética, Conservação e Biologia Evolutiva (GCBEv).

 

Além desses cursos, o Inpa também possui mais dois PPG: Mestrado Profissionalizante em Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia (MPGAP) e o Aquicultura da Universidade Nilton Lins, em ampla associação com o Instituto. Atualmente tem matriculados aproximadamente 560 estudantes, incluindo os novatos, em níveis de mestrado e doutorado, e já formou até o momento mais de 2.200 mestres e doutores.   

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