Inpa abre inscrições para o Programa de Auxílio-Pesquisa Thomas Lovejoy no PDBFF, em Manaus
Os alunos contemplados com o auxílio-pesquisa terão um crédito junto ao PDBFF no valor aprovado na proposta para custear os gastos com diárias de assistentes de pesquisa, alimentação no campo, transporte e pequenas aquisições de material de campo. É uma homenagem ao patrono do projeto, o Dr. Thomas Lovejoy
Da Redação – Ascom Inpa
Foto: Acervo PDBFF
Estão abertas até o dia 31 de março as inscrições para alunos de mestrado e doutorado, independente da instituição de origem e que estejam aptos a iniciar o trabalho de campo, a se candidatarem ao Programa de Auxílio-Pesquisa Thomas Lovejoy, no Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), uma cooperação bilateral entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) e o Smithsonian Institution dos Estados Unidos. O resultado da chamada será divulgado até o dia 7 de abril de 2017.
O Programa de Auxílio-Pesquisa Thomas Lovejoy está na sua terceira edição e foi lançado por ocasião dos 35 anos do PDBFF (que hoje tem 37 anos de atividade) em homenagem ao visionário, criador e patrono do projeto, o Dr. Thomas Lovejoy.
O PDBFF é, hoje, uma referência mundial em estudos das consequências e efeitos da fragmentação florestal sobre a fauna, flora, processos ecológicos e biogeoquímicos. A pesquisa é desenvolvida em uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE PDBFF) situada 80 km ao norte da cidade de Manaus, na BR-174.
O Programa de Auxílio-Pesquisa Thomas Lovejoy subsidia parte dos custos com pesquisa para estudantes de pós-graduação que irão desenvolver ou já desenvolvem seus estudos na ARIE PDBFF e que tenham como enfoque principal assuntos ligados à fragmentação florestal e/ou conservação da natureza.
De acordo com o edital, os candidatos deverão enviar por via digital os seguintes documentos: formulário do PDBFF para apresentação de novas propostas devidamente preenchido e que deve ser solicitado nos e-mails zeluiscamargo@gmail.com e borgesmanoela@gmail.com; o link do CV-Lattes (para brasileiros e estrangeiros que tenham o CV-Lattes) ou um breve curriculum para estrangeiros; carta de apresentação; carta de anuência do orientador, incluindo estar ciente das obrigações do aluno.
Os documentos devem ser enviados para o coordenador científico do PDBFF, o pesquisador do Inpa Dr. José Luís Camargo, pelo e-mail zeluiscamargo@gmail.com com cópia para a assistente científico, Manoela Borges, no e-mail borgesmanoela@gmail.com.
Camargo explica que o orçamento de cada proposta não deverá ultrapassar o valor máximo de R$10.000,00. O valor solicitado poderá cobrir as despesas totais ou parciais da pesquisa de campo realizada na ARIE PDBFF.
Os alunos contemplados com o auxílio-pesquisa terão um crédito junto ao PDBFF no valor aprovado na proposta para custear os gastos com diárias de assistentes de pesquisa, alimentação no campo, transporte e pequenas aquisições de material de campo.
As propostas recebidas serão avaliadas por um Comitê Científico composto por cinco pesquisadores. Os selecionados deverão receber o aval do Comitê de Manejo do PDBFF.
Para ver mais detalhes acesse o edital aqui. Dúvidas e outras informações sobre o processo seletivo, favor entrar em contato com o coordenador científico pelo e-mail zeluiscamargo@gmail.com com cópia para borgesmanoela@gmail.com.
Sobre o PDBFF
Os estudos do grupo de pesquisa PDBFF (e grupos associados) são realizados em um mosaico de florestas maduras de terra firme contínuas, florestas secundárias, antigas pastagens e fragmentos florestais. O projeto tem longa tradição de apoiar alunos de pós-graduação, sendo o experimento em grande escala de maior duração que se tem conhecimento no tema fragmentação florestal. Muitas gerações de profissionais, hoje referências no tema, desenvolveram suas pesquisas no PDBFF. Recentemente, o grupo de pesquisa alcançou a marca de 200 teses e dissertações concluídas, que resultaram em publicações especializadas de alto impacto. Essas publicações mostram resultados reveladores e importantes sobre a dinâmica da maior floresta tropical do mundo.
Sobre Thomas Lovejoy
Estudioso da Amazônia há mais de 40 anos, o ambientalista americano Thomas Lovejoy esteve pela primeira vez na Amazônia em 1965, durante o seu doutorado. Nos anos de 1970, de volta à Amazônia e em parceria com pesquisadores do Inpa, Lovejoy deu início a um experimento de grande escala que investigava o funcionamento de fragmentos florestais e os efeitos do desmatamento sobre a diversidade biológica.
Inicialmente, esse experimento foi chamado de “Tamanho Mínimo Crítico de Ecossistemas”, sendo atualmente intitulado como “Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais”. Devido a mérito próprio, Lovejoy é reconhecido como “o padrinho da biodiversidade”, tendo ganhado o reconhecimento da comunidade científica não somente por ter criado a expressão “diversidade biológica”, mas, principalmente, por suas ações no mundo da conservação, em especial da floresta amazônica
Thomas Lovejoy é professor titular de Ciência e Política Ambiental da Universidade George Mason, Estados Unidos, desde 2010. No Brasil, atualmente, é conselheiro do governo brasileiro na formulação de políticas ambientais. Lovejoy é um dos mais importantes captadores de recursos do PDBFF, garantindo, assim, a perpetuação dos estudos realizados no âmbito do projeto, bem como a conservação da floresta amazônica.
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