Transmissão do vírus do HIV pelo sêmen é baixa, diz pesquisadora francesa em palestra no Inpa
As pesquisadoras Nathalie Dejucq-Rainsford e Giulia Matusali, da Universidade de Rennes, na França, mostraram os últimos resultados das pesquisas com o HIV e com o Zika vírus no trato genital masculino
Da Redação – Ascom Inpa
A possibilibidade de transmissão do vírus do HIV pelo sêmen é baixa, mas não se pode excluí-la. A afirmação é da pesquisadora francesa Nathalie Dejucq-Rainsford ao comentar em palestra no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) sobre o método de transmissão da Aids a partir do sêmen quando a pessoa não tem o vírus no sangue.
Em visita ao Inpa, as pesquisadoras Nathalie Dejucq-Rainsford e Giulia Matusali, do Instituto de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm, sigla em francês) da Universidade de Rennes, na França, mostraram, na última quarta-feira (7), no Auditório da Ciência do Inpa, os últimos resultados das pesquisas com o HIV e com o Zika vírus no trato genital masculino.
“Existe uma porcentagem de pacientes que estão em tratamento, mas que ainda podem carregar o vírus do HIV no sêmen. O que não sabemos é se a porcentagem da carga viral de 8% é suficente para transmitir a doença”, disse Dejucq-Rainsford ao comentar que existe um caso reportado na literatura médica. “Por isso a possibilidade de transmissão pode acontecer”, ressalta.
Na opinião da pesquisadora, longe do ambiente controlado do laboratório o método de transmissão pode acontecer quando a pessoa tem vários parceiros sexuais e carrega outros tipos de vírus, como o herpes, além de ter o sistema imune debilitado. “Nesses casos, a transmissão pode ocorrer, mas não sabemos qual a frequência que pode acontecer”, destaca.
A visita das pesquisadoras no Inpa também teve o objetivo de fazer uma sondagem para futura parceria entre a Universidade de Rennes e os pesquisadores ligados à área de saúde do Instituto. A vinda da Dra. Nathalie Dejucq-Rainsford, que é diretora de Pesquisa do Inserm), e da pós-doutora Giulia Matusali foi viabilizada pelo programa de colaboração entre o Brasil e a França, por meio do convênio Capes/Cofecub com o Laboratório de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França é o responsável.
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