Inpa/LBA encerra reunião científica e prepara agenda de pesquisas para os próximos cinco anos
Na opinião do gerente científico, o encontro superou as expectativas com a presença de pesquisadores de diversas partes do país que se motivaram a participar do encontro científico e apresentar seus projetos. “Isso mostra a motivação dos pesquisadores e do comprometimento deles com o LBA”, destaca Niro Huguchi
Da Redação – Ascom Inpa
Após três dias de discussões, os resultados das apresentações dos 20 projetos do Edital CNPq e do GOAmazon servirão de base para priorizar as pesquisas do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) para os próximos cinco anos. Segundo o gerente científico do LBA, Niro Higuchi, uma das prioridades será dada aos estudos que tratam do ciclo de carbono e do ciclo do metano.
Higuchi explica que as discussões do Programa LBA nasceram logo depois da Convenção do Clima. “Do ponto de vista científico, a grande pergunta que cabe ao LBA responder é saber como a Amazônia funciona em condições naturais e como poderia ser afetada pelas mudanças de uso do solo e mudança do clima”, ressalta.“Das 20 apresentações durante o simpósio muitas pesquisas são permeadas em cima dos relatórios de avaliação do IPCC”, destaca.
O próximo passo é preparar a minuta da agenda científica de pesquisas do Programa LBA. O documento deverá ser apresentado na próxima reunião do Comitê Científico do LBA, que está prevista para acontecer em abril ou maio do próximo ano. O encontro científico teve início na última segunda-feira (28) e reuniu, no Auditório da Ciência do Inpa, cerca de 150 pesquisadores envolvidos nos projetos.
Na opinião do gerente científico, o encontro superou as expectativas com a presença de pesquisadores de diversas partes do país que se motivaram a participar da reunião científica e apresentar seus projetos. “Isso mostra a motivação dos pesquisadores e do comprometimento deles com o LBA. Isso engrandeceu muito o evento”, destaca Higuchi.
As agências de fomento não liberaram financiamento para a vinda dos participantes. Diante desse cenário, o gerente científico destaca que do ponto de vista orçamentário, os recursos para o LBA serão preservados. Ou seja, o orçamento que gira em torno de R$ 3 milhões por ano deverá ser repetido em 2017.
De acordo com a gerente operacional do LBA, a pesquisadora Hillandia Brandão, que representou o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, ao longo desses anos, os recursos para o LBA vêm a cada ano reduzindo. “Temos tentado prover com o mínimo de infraestrutura para que os sítios experimentais do Programa continuem com as pesquisas”, diz. “Sabemos que precisamos aumentar os recurso para a melhoria da infraestrutura e a direção do Inpa tem dado apoio na busca de novos recursos para apoiar os grandes projetos”, completa.
Durante o encerramento do encontro científico, Brandão retransmitiu mensagem de agradecimento do diretor aos participantes do evento. “Com este seminário, reafirmamos nosso compromisso no avanço do conhecimento sobre a dinâmica da floresta e suas interações com a biosfera-atmosfera”, diz um trecho da mensagem. “Nesses três dias de seminário, tivemos a oportunidade de debater um tema atual e relevante para a Amazônia”, destaca o diretor na mensagem.
Participaram da mesa de enceramento, além dos pesquisadores Niro Higuchi e Hillandia Brandão, os membros do Comitê Científico do LBA, os pesquisadores Alessandro Carioca (Embrapa), Rodrigo Souza (UEA) e Paulo Mauricio de Alencastro Graça (Inpa).
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