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Aproximação da indústria e academia é tema de abertura do Congresso de Biotecnologia, no Inpa

  • Publicado: Segunda, 17 de Outubro de 2016, 18h14
  • Última atualização em Segunda, 17 de Outubro de 2016, 18h14

 

O evento reúne estudiosos de várias partes do Brasil para compartilharem experiências nas áreas de biologia geral, biotecnologia aplicada à saúde, nanotecnologia, estudos sobres o câncer, pesquisas com células-tronco humanas e neurociências

Da Redação da Ascom Inpa

Foto: Fapeam

Existe uma desproporção entre a produção científica e o desenvolvimento tecnológico no Brasil”, disse o coordenador de Acompanhamento Técnico da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Álvaro Abackerli, durante a palestra “Indústria e academia, um processo de geração de novos mercados”. O tema abriu o Congresso de Biotecnologia Sustentável na Amazônia, que acontece no Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTIC) até nesta quinta-feira (20).

O evento reúne estudiosos de várias partes do Brasil para compartilharem experiências nas áreas de biologia geral, biotecnologia aplicada à saúde, nanotecnologia, estudos sobres o câncer, pesquisas com células-tronco humanas e neurociências. Também estarão presentes empresas de biotecnologia que desenvolveram tecnologias próprias e darão depoimentos sobre suas experiências de empreendorismo bem-sucedido.

De acordo com Abackerli, a Embrapii realiza um trabalho que envolve várias frentes, uma delas é a capacitação das universidades sobre o modelo de negócio da Empresa. “Abrimos uma oportunidade para que enxerguem essa estratégia da Empresa como alternativa para que possam colocar à serviço do Brasil as competências já reconhecida do que a academia desenvolve”, diz o coordenador técnico.  

Para ele, o Brasil tem mão de obra qualificada e institutos de pesquisas relevantes em várias áreas. “Então, ajudamos provendo-os com recursos e capacitando-os nas necessidades para operar o modelo”, explica Abackerli. “Além de promovermos a articulação entre as empresas, que são consumidores da pesquisa e desenvolvimento (P&D) que estes institutos desenvolvem”, acrescenta.

A Embrapii mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Educação (MEC) e atua por meio de cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.

Durante o evento será discutida a formação de uma Rede Brasil, na área de biofármacos, para criação de um curso de pós-graduação, na região Norte, em Farmacologia e Terapêutica Experimental, numa iniciativa da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental”, disse o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, um dos participantes da mesa de abertura. “A ciência e o desenvolvimento só ocorrem quando as expertises se integram entre as diversas áreas”, acrescentou.

Para a diretora técnico-cientifica da Fapeam, Andrea Waichman, o Governo do Estado acredita na biotecnologia como uma das alternativas para o desenvolvimento econômico da região. Segundo ela, a Fapeam tem financiado programas de cooperação em biotecnologia com instituições de pesquisas e com subvenção econômica às empresas que investem e fazem negócios e inovações nessa área.

Os resultados e discussões que acontecerão neste evento são de extrema importância para que o governo possa direcionar investimentos nesta atividade, uma vez que está delineamento a nova matriz econômica para o Estado”, disse Waichman. “Que este evento traga propostas e ideias inovadoras”, completou.

Biorrevolução industrial

A superintendente da Suframa, Rebeca Garcia, parabenizou o Inpa pela iniciativa do evento de aproximar a academia da indústria. “É fundamental para o país que quer ser competitivo, que a academia se aproxime cada vez mais da indústria”, destacou. Ela lembrou um artigo do professor e cientista Carlos Nobre, que para ela foi um chamamento, onde ele fala que o mundo está vivendo a quarta revolução industrial. “E por que não a região amazônica viver a quarta biorrevolução industrial?”, indagou Garcia. “A bioindústria precisa ser olhada de maneira diferenciada”, acrescentou.

Para ela, a Suframa tem um papel importante nesse processo, que iniciou em dezembro de 2015 com o decreto do Governo Federal da Zona Franca Verde, dando um encaminhamento de que o futuro da região Norte vem da bioindústria.

O Zona Franca Verde é um incentivo que prevê a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produção industrial nas Áreas de Livre Comércio de itens que tenham preponderância de matéria-prima de origem regional.  

Entendo que o Inpa tem um papel fundamental em potencializar essa matéria-prima regional (mineral, vegetal ou animal), que após passar por um processo de conhecimento, estes produtos possam se tornar competitivos no mercado internacional”, disse a superintendente. “Nós, da Suframa, entendemos que dificilmente iremos competir com a China naquilo que ela já faz muito bem, mas podemos competir, não só com a China, mas com o resto do mundo, com aquilo que só nós temos, que é a biodiversidade que existe na Amazônia”, destacou.

Também participou da abertura, Luiz Henrique Borda, representando o subsecretário de Gestão das Unidades de Pesquisas e Organizações Sociais, Paulo Roberto Pertusi. “O MCTIC está receptivo para apoiar e incentivar eventos como este do Inpa e vê como fundamental essa aproximação da ciência com a indústria”, destacou.

A presidente da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, Maria Cristina Avellar, disse que este ano é um ano especial para a Sociedade que completa 50 anos de atuação. “Este evento no Inpa marca uma das atividades Sociedade que elegeu 2016 o ano da Farmacologia”, disse.

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