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Estudantes da rede pública de ensino conhecem atividades dos laboratórios do Inpa

  • Publicado: Quinta, 06 de Outubro de 2016, 16h46
  • Última atualização em Quinta, 06 de Outubro de 2016, 16h51

Os 220 alunos percorreram os Laboratórios de Mamíferos Aquáticos; Laboratório de Papel, Celulose e Carvão Vegetal; Laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras; Biotério; Cequa; Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea); Laboratório de Entomologia e Herbário  

Da Redação da Ascom Inpa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu as portas na manhã desta quinta-feira (6) para cerca de 220 alunos da Escola Estadual Sant'Ana conhecerem, entre outros laboratórios, o maior Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa) e o Biotério Central do Instituto, um dos mais modernos do Brasil na criação e manutenção de animais para pesquisas científicas.

A programação “Portas Abertas” faz parte da 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Inpa e prossegue na manhã desta sexta-feira (7), quando mais 30 alunos visitarão o Laboratório de Fisiologia aplicada à Piscicultura (Campus III-V8).    

Os alunos foram divididos em pequenos grupos e percorreram os Laboratórios de Mamíferos Aquáticos; Laboratório de Papel, Celulose e Carvão Vegetal; Laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras; Biotério; Cequa; Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea); Laboratório de Bioprospecção; Laboratório de Entomologia e Herbário.  

No Biotério, os alunos puderam aprender com a técnica do Inpa, a bióloga Tania Sumita, que os animais são usados nas pesquisas científicas, porque possuem organismos semelhantes aos humanos. “Muitas vezes são indicados testes em animais antes da liberação para uso em humanos de um novo medicamento”, explica a técnica, que é mestre em Biotecnologia Industrial.  

Segundo Sumita, o Inpa mantém um Biotério de roedores (ratos Wistar, camundongos Balb-C e hamsters), porque diversos grupos de pesquisa do Instituto trabalham ativamente no desenvolvimento de terapias contra doenças endêmicas da região amazônica, desenvolvem medicamentos fitoterápicos com plantas regionais e verificam a funcionalidade de ingredientes nativos na alimentação.

Para a estudante Fernanda dos Santos, 17, a vista ao Inpa superou as expectativas, principalmente, com o que aprendeu no Biotério. “Existe todo um processo na criação dos roedores e nem todos os Biotérios são iguais e não é uma coisa simples”, comentou.        

Cequa

Durante o “Portas Abertas”, os estudantes também conheceram o Cequa, um espaço de aproximadamente mil metros quadrados, inaugurado em 2015, e que conta com quatro aquários de 4m x 7m onde estão expostos exemplares de tartarugas amazônicas vivas (tracajá, iaçá, cabeçudo, irapuca e mata-matá). No local, os estudantes puderam observar uma tartaruga albina, a mais antiga do mundo com 15 anos de idade, que foi doada ao Inpa. Segundo o bolsista do Inpa, o mestre em Biologia de Água Doce, Fabio Cunha, este tipos de tartarugas albinas têm problemas genéticos e não conseguem passar, geralmente, do dois primeiros anos de vida.

“Estou achando uma experiência surpreendente, porque eu nunca tinha visto um mata-matá”, disse a estudante Fernanda Galvão, 17.

Os estudantes também aprenderam que o Brasil é o quinto país com maior diversidade de tartarugas de água doce do mundo, ficando atrás da China, dos Estados Unidos, da Indonésia, da Colômbia e da Índia. Além disso, o Brasil possui 41 espécies de tartarugas de água doce (rios, igarapés, lagos) e cinco espécies de tartarugas marinhas. Já na Amazônia brasileira, existem 17 espécies reconhecidas.      

No terrário do Cequa, foram observados exemplares de jabuti machado, perema, lalá, muçuã, dentre outros. Os estudantes descobriram que a tartaruga conhecida como perema é a tartaruga que tem o maior período de incubação que leva de 270 a 290 dias. “Isso acontece porque às vezes o embrião está em diapausa, uma pausa no metabolismo. É como se o embrião estivesse morto, mas depois de um certo período ele reativa todo o desenvolvimento e eclode (desova)”, explicou Cunha.    

“É importante para os alunos conhecerem os laboratórios de um instituto de pesquisa para aliar o conhecimento teórico com a prática, além de poder despertar vocações nos estudantes. Tudo o que os alunos viram no Inpa será discutido com os professores nas áreas de Química, Biologia e Geografia”, explicou o professor do colégio Sant'Ana, Cassio Daniel Ramos Aranha, que acompanhava um dos grupos.

Para a estudante Luana Carolina Franklin dos Santos, 17, a programação do “Portas Abertas”, despertou o desejo de seguir a profissão de bióloga. “Antes de vir ao Inpa pensava em fazer Biologia, mas, agora, depois de tudo o que vi e aprendi no Biotério e no Cequa, tenho certeza que quero fazer esta graduação”, destaca.

SNCT

Com o tema “Ciência alimentado o Brasil”, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é o maior evento de divulgação científica do país. É coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O objetivo da SNCT é aproximar a Ciência e Tecnologia da população, promovendo eventos que congregam centenas de instituições a fim de realizarem atividades de divulgação científica em todo o País.

A programação no Inpa teve início em setembro, mas o lançamento oficial do evento acontecerá no próximo dia 18 de outubro, às 9h, na Ilha da Tanimbuca, situada no Bosque da Ciência do Inpa (entrada pela rua Otávio Cabral, s/nº – Petrópolis). As atividades prosseguem até novembro com diversas atividades. Uma grande exposição no Amazonas Shopping acontecerá nos dias 27 e 28 de outubro.  

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