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Simpósio no Inpa debate com especialistas novos métodos de Experimentação Animal

  • Publicado: Sexta, 16 de Setembro de 2016, 14h40
  • Última atualização em Sexta, 16 de Setembro de 2016, 15h50

O evento é uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD-Fiocruz/AM) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam)

 

Da redação - Ascom Inpa

Foto: Paulo Mindicello –Ascom Inpa

 

Os avanços nas medidas de substituição e redução do uso animal em pesquisas são debatidos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTIC) pelo coordenador da Comissão de Ética com os Animais da Fiocruz e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Animais de Laboratório, Octávio Augusto França. O pesquisador fez a palestra “Métodos Alternativos ao Uso de Animais”, no III simpósio de Experimentação Animal do Amazonas, que segue até esta sexta-feira no auditório da Ciência do instituto, em Manaus.

 

Segundo França, cerca de 20 métodos alternativos usados no exterior passaram pelo processo de validação no Brasil e já foram oficializados e recomendados às instituições. Métodos alternativos são procedimentos que podem substituir o uso de animais em experimentos, reduzir o número de animais necessários, ou refinar a metodologia de forma a diminuir a dor ou o desconforto sofrido pelos animais.

 

OctavioAFrancaFotoPauloMindicello

 

O pesquisador revelou também que o Brasil está desenvolvendo pela primeira vez a validação de um método alternativo, que consiste em utilizar uma membrana para substituir o método de irritação ocular nos coelhos. “Estamos trabalhando há um ano e temos ainda alguns anos pela frente até conseguir resultado. Pessoas da Europa e Estados Unidos com prática nisso estão nos ajudando a desenvolver isso aqui no Brasil”, conta França, que é o doutor em vigilância sanitária.

Na literatura constam experimentos com animais (porcos) descritos no Corpus Hipocraticum, (aproximadamente 350 a.C). Fruto de um esforço coletivo, a obra é uma coletânea de 62 tratados que engloba grande diversidade filosófica e pluralidade de práticas médicas variadas. Nos últimos anos, aconteceram muitas manifestações em defesa dos animais de laboratório e contra a utilização deles nos experimentos. Há uma forte corrente na ciência que defende que esse uso ainda é crucial para o desenvolvimento de novos medicamentos e tecnologias para a saúde de humanos e animais.

Simpósio

Iniciado na quinta-feira (15), o III simpósio de Experimentação Animal tem como tema o “Modelo animal como ferramenta para o desenvolvimento científico”. O objetivo do simpósio é promover intercâmbio entre especialistas e alunos, transferir conhecimentos de profissionais que já atuam no setor e criar um espaço permanente de debate e reflexão.

 

ExperimentacaoanimalFotoPauloMindicello

 

Participaram da mesa de abertura o diretor do Inpa, Luiz Renato de França; o diretor do Instituto Leônidas e Maria Deanne (Fiocruz), Sérgio Luiz Bessa; o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório, Octavio Augusto França; o Pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Luiz Frederico Mendes; e o diretor do Instituto Regional de Medicina Veterinária, Aldenir de Carvalho Caetano. Confira aqui a programação do Simpósio.

A palestra de abertura do simpósio foi sobre a “Utilização de diferentes modelos Experimentais em Biologia da Reprodução”, proferida pelo diretor do Inpa, o pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Luiz Renato de França, que exemplificou alguns dos métodos usuais realizados em laboratório com camundongos e ratos.

Pela parte da tarde o assessor da diretoria da Anvisa e coordenador do curso de Atualização Profissional em Biossegurança de Biotérios da Fiocruz, Joel Majerowicz, ministrou a palestra “Aspectos Relevantes da Biossegurança em Biotérios”.

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