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Estudantes aliam lazer e conhecimento científico no projeto Circuito da Ciência do Inpa

  • Publicado: Sexta, 26 de Agosto de 2016, 15h09
  • Última atualização em Sexta, 26 de Agosto de 2016, 15h17

O projeto do Inpa repassa aos alunos informações sobre a fauna e flora amazônica por meio de palestras e exposições

Da Redação - Ascom Inpa

Foto: Cimone Barros

Aliar atividades de lazer com o conhecimento científico. Foi o que fizeram mais de 300 alunos de escolas públicas de Manaus, que participaram, na manhã desta sexta-feira (26), da 6ª edição do projeto Circuito da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Impa/MCTIC). O projeto acontece no Bosque da Ciência, localizado na rua Otavio Cabral, s/nº, Petrópolis.

Durante o Circuito, os estudantes receberam informações sobre diversos temas relacionados à Amazônia, como desenvolvimento sustentável, biodiversidade, conservação e saúde, além de terem a oportunidade de conhecerem de perto espécies da flora e fauna da região, como a samaúma e o peixe-boi, respectivamente.

No estande do Laboratório de Leishmaniose e Doenças de Chagas do Inpa, os alunos aprendem sobre a prevenção, tratamento e as formas de diagnósticos da leishmaniose, uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, transmitida pelo inseto hematófago (que se alimenta de sangue) conhecido como flebótomo ou flebotomíneo. Há várias formas diferentes da doença, sendo que as mais comuns são a cutânea, que causa ferida na pele, e a visceral, que afeta alguns órgãos internos, como fígado, medula óssea e baço.

“A principal forma de transmissão da leishmaniose é a picada da fêmea dos mosquitos flebotomíneos”, diz a aluna de Iniciação Científica, Nicolle Brandão, ao explicar para os alunos que ao entrar nas matas deve-se usar repelentes e roupas que cubram todo o corpo. 

 

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O Laboratório de Leishmaniose e Doenças de Chagas mantém uma coleção de cerca de três mil amostras dos parasitas do gênero Leishmania, caracterizados e mantidos criopreservadas em nitrogênio líquido. Pesquisas envolvendo epidemiologia molecular, novos métodos de diagnósticos, formas de tratamento e estudos taxonômicos (classificação dos seres vivos) também são informações geradas pelos diversos projetos realizados naquele Laboratório.

Para a pesquisadora Laboratório de Leishmaniose e Doenças de Chagas, Maricleide Naiff, uma das pioneiras do Circuito da Ciência, o projeto realiza um trabalho de extensão junto aos graduandos, que adquirem o conhecimento científico e apresentam de forma sucinta aos estudantes que serão os futuros multiplicadores. “Trazemos as crianças das escolas públicas para dentro do Inpa, onde eles adquirem um aprendizado e levam essas informações para suas famílias e seus colegas”, destaca.  

Na opinião do professor de Ciências da Escola Estadual Zilda Arns Neumann (Nova Cidade), Marcelo Gonçalves, o projeto é importante porque promove uma interação entre a comunidade estudantil e o conhecimento científico. “Essa vivência é fundamental para os alunos poderem observar, por exemplo, o animal vivo no seu próprio habitat”, diz o professor. “Dentro da sala de aula, às vezes, o aprendizado se torna cansativo, pois o aluno só escreve e lê o que está nos livros, e, aqui, se torna uma aula prática, agradável e dinâmica, além de despertar vocações nos estudantes para serem futuros biólogos”, completa.

A mesma opinião é compartilhada pela estudante do professor Gonçalves, Larissa Souza. “Vamos perguntado do professor e ele vai nos respondendo. Aqui é uma aula prática, podemos ver os animais e tocar nas plantas, é uma forma diferente da que é ensinada dentro da sala de aula”, reforça.

 

CircuitodaCienciaFotoCimoneBarros

 

Para a professora de Ciências, Aldenice Almeida, que acompanhava os estudantes da Escola Antísthenes de Oliveira Pinto (Alfredo Nascimento), participar do Circuito da Ciência é uma experiência única para os alunos. “Para mim, como professora, é um momento singular, e para os alunos é uma forma descontraída de aprender. Vemos no semblante deles a alegria de estar num ambiente que  proporciona um aprendizado lúdico por meio da natureza”, revelou.   

O Circuito da Ciência é um projeto desenvolvido, há 17 anos, pelo Inpa, por meio da Coordenação de Extensão (Coex), promovendo a socialização da produção científica com as escolas. Recebe o patrocínio da Moto Honda da Amazônia e apoio do Governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus, além da Coca-Cola e Brother's.

Também são parceiros do Circuito da Ciência a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Fametro, Uninorte, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Serviço social do Comércio (Sesc), Escola Estadual Severiano Nunes, Grupo de Escoteiros, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmas), Manaus Ambiental.

Bosque da Ciência

 

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Funciona de terça a sexta-feira das 9h às 12h e das 14h às 16h30 (entrada). Aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h, sem intervalo para almoço. Às segundas-feiras o espaço é fechado para manutenção.

O Bosque da Ciência está localizado dentro da área urbana de Manaus e fica na rua Otávio Cabral, S/Nº (Petrópolis), na zona Sul de Manaus. O ingresso custa R$5, mas crianças até dez anos e idosos a partir de 60 anos são isentos. Grupos escolares, instituições filantrópicas e religiosas também não pagam, mas precisam agendar a visita, que agora pode ser feita de forma eletrônica. Veja aqui as regras para visitas de grupos. 

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