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Na comemoração dos 62 anos de criação Inpa inaugura serviço de radioproteção

  • Publicado: Quarta, 27 de Julho de 2016, 16h08
  • Última atualização em Quinta, 28 de Julho de 2016, 11h54

 

Além da inauguração do novo prédio de radioproteção, houve uma solenidade em comemoração ao aniversário com hasteamento da bandeira pela parte da manhã. A comemoração continua a noite com a entrega da medalha Menção Honrosa Warwick Kerr e sexta-feira (29) com o Circuito da Ciência

Por Mariah Brand – Ascom Inpa

Foto: Paulo César – Ascom Inpa

Há 62 anos era criada a mais importante instituição de biologia tropical do mundo, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTIC), e em comemoração servidores, pesquisadores e autoridades reuniram-se na manhã desta quarta-feira (27), na Praça da Bandeira para execução do hino nacional e hasteamento das bandeiras do Brasil, Amazonas e do Instituto. Na ocasião, foi inaugurado o prédio de Serviço de Radioproteção, o primeiro em seu segmento da região norte.

Segundo a supervisora técnica do Inpa, Zenaide Figueiredo, com a implementação dos serviços do prédio, o Inpa torna-se referência no Norte do Brasil em armazenamento de materiais e dejetos radioativos provenientes das atividades de pesquisas nos laboratórios do Instituto. “Agora vamos acompanhar todas as pesquisas que envolvem material radioativo, bastante presente na área da fisiologia” explicou.

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, as seis décadas de Inpa geraram frutos valiosos para a região, mas ainda há um longo caminho a trilhar. “Se você observa a situação do país na época em que foi criado o Inpa vê que muita coisa mudou, na situação das fronteiras, por exemplo, vemos que ainda temos muito a fazer, a missão é longa, mas temos uma instituição sedimentada”, analisou França.

Durante a cerimônia o assessor parlamentar do Comando Militar da Amazônia (CMA), o general Franklin Berg, também citou as inúmeras contribuições do Inpa ao trabalho realizado pelas Forças Armadas na região. “É uma enorme satisfação para o CMA participar, juntamente com o Inpa, dessa nobre e longa missão de disseminar o desenvolvimento sustentável na Amazônia”.

A presidente da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, que também participou como Membro do Conselho Técnico-Científico do Instituto, é uma das grandes parceiras do Inpa na difusão científica que se propõe a fazer. De São Paulo, a pesquisadora, que não pode comparecer ao evento, enviou uma carta que foi lida pelo diretor do instituto, onde destacou a contribuição do Inpa para o avanço da ciência na Amazônia.

Sobre o Inpa e Desafios

Presente em mais quatro Estados da Amazônia (Acre, Rondônia, Roraima e Pará), o Inpa desenvolve e protege a região, o que tem sido uma tarefa contínua e intensa, de acordo com o diretor Luiz Renato França “Assim como o Brasil, o Inpa já nasceu grande e se tornou grandioso, mas não é possível fazer isso sozinho. Contamos com parcerias de entidades nacionais e mundiais. Fazemos parte do Networking University, a convite do BRICS, que é um dos grandes blocos econômicos mundiais” destacou.

Segundo o diretor, enquanto aos desafios, ressaltou a necessidade de impactar positivamente a vida dos amazônidas. “Atualmente o desafio do Inpa é desenvolver de maneira sustentável os recursos naturais da Amazônia. Temos números significativos: em pouco mais de seis décadas foram 2.300 alunos na pós-graduação e parcerias com instituições nacionais e mundiais. São dez programas de pós-graduação focados em oferecer recursos humanos que afetem positivamente a vida da população que vive aqui a fim de diminuir desigualdades”, completou.

Menção Honrosa

Hoje a noite, a comemoração dos 62 anos do Inpa continua no Auditório da Ciência, às 19h30, com a entrega da Medalha Menção Honrosa Warwick Kerr que será destinada aos pesquisadores do Inpa Luiz Antonio de Oliveira e Philip Fearnside, e também a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e ex-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão.

O prêmio configura a mais alta homenagem oferecida pelo Inpa aos brasileiros e estrangeiros que contribuem para os cursos de pós-graduação da instituição. A premiação é feita a cada dois anos e para o diretor Luiz Renato França é de extrema importância, “uma instituição só é grandiosa quando sabe reconhecer quem trabalha para o seu desenvolvimento”.

Warwick Kerr

Warwick Kerr foi diretor do Inpa por dois mandatos e presidente da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC) durante o período da ditadura no Brasil, acabou sendo preso em 1964 e 1969. Antes de sua entrada o Instituto contava com um número ínfimo de mestres e doutores, ao sair, eram50 mestres, 60 doutores, quatro cursos de pós-graduação e 233 pesquisadores. Foi membro da Academia Brasileira de Ciência e o único brasileiro a integrar a Academia de Ciência dos Estados Unidos.

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