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Inpa capacita produtores para desenvolver produção orgânica nas comunidades

  • Publicado: Sexta, 17 de Junho de 2016, 10h23
  • Última atualização em Sexta, 17 de Junho de 2016, 10h42

No início de julho, as oficinas acontecerão nas comunidades de São Francisco de Assis, no Rio Preto da Eva; Uberê, no Ramal do Brasileirinho, no assentamento Água Branca; e outras comunidades situadas no Tarumã-Mirim, no ramal do Pau Rosa

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

Como parte da programação da 1ª Oficina de Capacitação em Agricultura Orgânica para Produtores Familiares, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) dá continuidade nesta sexta-feira (17) a segunda rodada. A próxima etapa é levar a capacitação para as comunidades e desenvolver um sistema de produção orgânica para que os produtores rurais possam vender seus produtos certificados, no Feirão da Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural).

A oficina para 70 produtores acontece na Estação Experimental de Hortaliças Alejo Von Der Pahle, situada no Km 14 da Torquato Tapajós, atrás do Feirão da Sepror. A capacitação é realizada durante dois dias, pela parte da tarde, com duração de quatro horas, com aulas teóricas e práticas. Os produtores já receberam orientações sobre agroecologia na semana passada (9 e 10), e nesta semana estão aprendendo sobre o manejo de bananas. Na próxima semana (23 e 24), serão mostrados o manejo agroecológico de pragas e doenças; e nos dias 29 e 30 aprenderão sobre adubo orgânico.

 

FeiraoSepror3FotoLucieteedrosa

 

O curso faz parte das atividades do projeto “Apoio às atividades produtivas sustentáveis a agricultores familiares no Estado do Amazonas”, coordenado pela pesquisadora do Inpa, Sonia Alfaia. A atividade é uma parceria do Inpa com a Associação dos Produtores do Feirão da Sepror (Asprofe). Também recebe o apoio de pesquisadores e técnicos da Embrapa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), da Universidad Sancti Spíritus José Marti Pérez, de Cuba, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Um dos responsáveis pelas capacitações é o bolsista do projeto, o mestre em Ciências de Florestas Tropicais, José Guedes. Segundo ele, depois dessa etapa inicial do projeto pretende-se levar, no início de julho, as oficinas para as comunidades de São Francisco de Assis, no Rio Preto da Eva; Uberê, no Ramal do Brasileirinho, no assentamento Água Branca; e outras comunidades situadas no Tarumã-Mirim, no ramal do Pau Rosa. 

“Nosso objetivo é montar um espaço para comercialização de produtos orgânicos no Feirão da Sepror. A única feira nesse tipo de produtos é a que acontece na feira do Mapa. A ideia é capacitar os produtores rurais e conseguir desenvolver com eles um sistema de produção orgânica para que possam vender seus produtos de maneira certificada”, diz Guedes. 

O projeto, que foi aprovado no âmbito do MCTIC, pretende avaliar a situação socioeconômica dos produtores familiares e promover sistemáticas capacitações com aqueles produtores que querem começar a produzir produtos orgânicos. A principal característica da produção orgânica é não utilizar agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o ambiente, promovendo a qualidade de vida com proteção ao meio ambiente.

 

FeiraoSepror5FotoLucietePedrosa

 

A pesquisa será realizada pela doutoranda em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade no Amazonas (Ufam), Elen Anjos. O objetivo é verificar o que melhorou na vida dos cerca de 400 produtores cadastrados, ativos e não ativos, no Feirão da Sepror, e se a feira trouxe benefícios para eles.

Para o produtor familiar Elias Santos Silva, do Novo Remanso, em Itacoatiara, a capacitação está ampliando seus conhecimentos na preparação de produtos orgânicos. “Trabalho com o cultivo de abacaxi e pretendo iniciar um plantio de alface orgânico, porque a tendência agora é consumir produtos mais saudáveis e benéficos para a saúde”, conta.

Na opinião do presidente da Asprofe, Antonivaldo de Souza, o Feirão da Sepror tem uma grande demanda de orgânicos, porém, tem um público que não está sendo atendido. “Queremos fazer o curso, produzir os alimentos e preparar uma área no feirão para vender os produtos orgânicos”, diz o presidente. Segundo ele, mesmo sem certificação, o feirão oferta muitos produtos orgânicos, como macaxeira, goma, farinha, cana-de-açúcar, biribá e taperebá.

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