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Revista Acta Amazonica do Inpa tem fator de impacto publicado no ISI-Web of Science

  • Publicado: Quinta, 16 de Junho de 2016, 12h15
  • Última atualização em Quinta, 16 de Junho de 2016, 16h39

O ISI reúne as mais destacadas publicações científicas do mundo e tem como uma das exigências que cada revista tenha uma circulação periódica e permanente. O fator de impacto da Acta é 0,408, comparável ao FI de outras revistas brasileiras que publicam em português

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

Após 45 anos de existência, a revista científica Acta Amazonica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) alcançou o “selo de qualidade” em nível internacional. A Revista teve o seu fator de impacto incluído no Journal Citation Report (JCR), mais conhecido como ISI-Web of Science (Instituto de Informação Científica), um serviço mantido pela Thompson Reuters. O fator de impacto serve para avaliar a importância científica do periódico.

O ISI-Web of Science reúne as mais destacadas publicações científicas do mundo e tem como uma das exigências que cada revista tenha uma circulação periódica e permanente. “A exigência do indexador do ISI e da plataforma Scielo é que a revista circule com regularidade, no caso da Acta a cada três meses”, explica o editor-chefe da Acta Amazonica, o pesquisador do Inpa, o doutor em Fitotecnica Ricardo Marenco.

Para a subeditora da Revista Acta Amazônica, a pesquisadora Rosalee Coelho, a periodicidade da revista é um dos fatores da indexação e não pode atrasar. “Preparamos tudo com antecipação para que no período correto a revista entre em circulação e não corra o risco de não atender a essa exigência dos indexadores”.

Este ano o JCR (2015) do Web of Science lista 111 revistas do Brasil. O FI das revistas brasileiras variou de 0,028 a  2,18 e a média nacional foi de 0,69. O recorde mundial do FI é de 131,7. No Brasil, as melhores posições foram, como era de se esperar, ocupadas pelas revistas que publicam em inglês.  Para Marenco, o fator de impacto de 0,408 é comparável com FI de outras revistas brasileiras que publicam em português.

RosaleeeMarencoFotoLucietePedrosa

 Até 2015 Acta Amazonica publicava em português, espanhol e inglês. A partir de 2016 a revista passou a publicar apenas em inglês. Para Marenco, essa mudança no idioma de publicação que houve na Acta em 2016 para publicar apenas em ingês deve contribuir para a revista alcançar uma melhor colocação.

A divulgação do fator de impacto da Acta Amazonica no JCR, neste mês de junho, constitui um grande avanço para a Revista, tendo em vista que as agências de fomento avaliam de forma privilegiada aquelas publicações que são feitas em revistas que têm fator de impacto registrado no JCR”, diz Marenco.

O fator de impacto de 2015 foi calculado de acordo com o número de citações recebidas em 2015 pela Acta Amazonica, referente aos 120 artigos que a revista publicou em 2013 e 2014.

No Sistema de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a revista Acta Amazonica elevou a sua qualificação Qualis Capes de B2 para B1 na área de Ciências Agrárias.  A classificação Qualis Capes é um critério que classifica uma revista considerando a publicação na escala nacional e varia de C (inferior) a A1 (superior).

Para se ter uma boa classificação Qualis Capes, os editores da Acta Amazonica selecionam os melhores artigos. Essa avaliação é feita por 22 membros da comissão editorial e consultores externos, que são pesquisadores do Brasil e do exterior com ampla experiência nas suas áreas de conhecimento.

ActaFotoLucietePedrosa

Este ano, a impressão de cada número da Revista (600 exemplares) foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Capes, num esforço conjunto do editor-chefe e da subeditora da Revista. O trabalho dos editores associados e dos consultores ad hoc é voluntário. O prazo médio de avaliação dos manuscritos submetidos é de aproximadamente 90 dias.  A versão impressa da revista é destinada basicamente para bibliotecas do Brasil e do exterior.

A revista Acta existe desde 1971 e já publicou mais de 2.650 artigos. Segundo Marenco, os números antigos da Revista, de 1984 a 2016, podem ser acessados na platafarma Scielo. A coleção da Revista do período de 1971 até 1983 já foi digitalizada, a meta é que esses artigos também estejam disponíveis na plataforma Scielo até o final de 2017, são cerca de 900 artigos que foram digitalizados com a colaboração do pesquisador do Inpa Francisco Wesen e de outros colaboradores do Instituto.   

Estratégias

Com a exigência da publicação em inglês a partir deste ano, o titular da Coordenação de Ações Estratégicas do Inpa (Coae), o doutor em Microbiologia de Solo Luiz Antonio Oliveira, espera que o fator de impacto da Acta Amazonica (0,408) seja maior na próxima avaliação, colocando-a entre as 20 melhores revistas científicas brasileiras. A Acta é vinculada à Coae/Inpa.

“No entanto, é preciso que haja uma ação conjunta de todos os pesquisadores do Inpa para que nossa revista alcance JCR superiores a 1,00. As melhores revistas internacionais tem fatores de impacto superiores a 3,00, e precisamos enviar para nossa revista os melhores trabalhos que temos para que sejam citados com mais frequência e, assim, elevar o fator de impacto da Acta Amazonica”, diz Oliveira.

Outra estratégia, segundo o coordenador da Coae, é criar uma versão online da revista para dinamizar e aumentar os números de artigos publicados por ano, aceitando, também, trabalhos realizados em outras regiões tropicais do planeta, eliminando a regionalização da Acta Amazonica, hoje restrita a trabalhos desenvolvidos na Região Amazônica ou com componentes da flora, fauna e ecossistemas amazônicos. “Essa possibilidade já foi inicialmente discutida internamente, mas precisamos envolver mais a comunidade científica do Inpa para ver a possibilidade de efetivá-la”, contou.

            

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