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Comitê Científico do LBA do Inpa aprova agenda de pesquisa e elege novo presidente

  • Publicado: Quinta, 09 de Junho de 2016, 11h20
  • Última atualização em Quinta, 09 de Junho de 2016, 11h41

De acordo com o gerente científico do LBA, o pesquisador Niro Higuchi, o mais relevante nessa agenda científica, é manter as atividades de rotina ou atividades âncoras, como a hidrologia, a micrometeorologia, a química da atmosfera e, agora, está sendo inserida a parte de dinâmica florestal

 

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

 

O Comitê Científico do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) elegeu seu novo presidente, o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Artaxo, um dos pioneiros do programa. Na primeira reunião do ano, também foi aprovada uma agenda de pesquisa do Programa para o biênio 2016-2017.

De acordo com o gerente científico do LBA, o pesquisador Niro Higuchi, o mais relevante nessa agenda científica, é manter as atividades de rotina ou atividades âncoras, como a hidrologia, a micrometeorologia, a química da atmosfera e, agora, está sendo inserida a parte de dinâmica florestal. “Estas são as principais atividades do LBA, sendo consideradas transversais a pós-graduação, o treinamento, o banco de dados e a modelagem, que perpassam por todas aquelas atividades”, explica Higuchi.  

Segundo Higuchi, mantendo essas atividades, o LBA pode contar com os projetos que mantém e com outros que serão negociados. Fazem parte do LBA, por exemplo, a Torre ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), o Experimento da Próxima Geração sobre Ecossistemas Tropicais (NGEE-Tropics) e outros que virão com futuras parcerias para manter as coletas para a manutenção dessas atividades.

O LBA é uma iniciativa de cooperação nacional e internacional, gerenciada desde seu início oficial, em 1998, pelo então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenada, a partir de 2010, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

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Higuchi explica que até o ano passado, o LBA tinha um Comitê Científico Internacional, mas havia uma grande dificuldade para os membros se reunirem. “No começo deste ano, pedimos autorização para reestruturar o Comitê”, diz o gerente científico. De acordo com ele, o Comitê está organizado e atualmente possui dez membros, sendo cinco de Manaus, dois membros de outros estados da Amazônia e mais três membros de outras regiões do Brasil, que têm experiência no LBA.

Para Higuchi, esta é a primeira grande alteração nesta nova fase do LBA com a mudança do Comitê Científico, que faz a gestão científica do LBA. “Nos próximos anos, o que for decido aqui é o que será executado pelo LBA”, destaca.

O Comitê Científico se reúne duas vezes por ano e é um órgão consultivo do Programa LBA. Tem, dentre outras responsabilidades, propor uma agenda científica do Programa e avaliar com regularidade o seu desenvolvimento.

“A ideia da reunião é analisar o que tem acontecido com o LBA, desde a época quando passou a ser um programa brasileiro. De 1995 a 2005, o LBA era um programa internacional e a partir daí o MCTI assumiu o programa. É um programa de 20 anos, sendo que nos últimos cinco anos o Inpa passou a gerenciá-lo”, explica Higuchi.

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o LBA está sendo reestruturado e institucionalizado dentro do Instituto. Segundo o diretor, nessa nova fase, foram desenhadas as novas matrizes do Programa que foram discutidas nessa reunião, da última terça-feira (07). “As ações estão sendo realinhadas, apesar dos recursos cada vez menores, e as perspectivas são positivas e com uma interação muito boa”, diz.    

 

Novo presidente

 

 

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Para o pesquisador Paulo Artaxo, a Amazônia é um laboratório com potencial “extraordinariamente grande de novas descobertas”; do entendimento mais profundo da biodiversidade da Amazônia; da influência da Amazônia no clima no planeta e também como dar um melhor nível de vida para a população que vive nesta região, entre muitas outras tarefas.

Segundo Artaxo, o Programa LBA tem uma grande permeabilidade na Amazônia. “É um programa estratégico, não só do Inpa, mas também do MCTIC, e esperamos dinamizar esse Programa. Fazer uma forte ampliação para que possa atingir melhor seus objetivos, no sentido de integrar a ciência da Amazônia na ciência brasileira. E ampliá-la ao máximo possível para que mais recursos sejam investidos na região amazônica para fazer a boa ciência que os pesquisadores que aqui estão fazendo”, diz.

De acordo com o novo presidente do Comitê Científico do LBA, ninguém, hoje, consegue fazer ciência de alto nível isolado. “É muito difícil fazer ciência de maneira integrada atuando sozinho”, diz Artaxo. Para ele, a cooperação em grandes conjuntos de cientistas de diferentes disciplinas tem fornecido resultados extraordinários na pesquisa na Amazônia ao longo dos últimos 30 anos.

Na opinião do professor, é fundamental essa integração multidisciplinar e multi-institucional. Segundo ele, a Amazônia tem áreas absolutamente não estudadas até hoje e espera poder implementar programas que ampliem a agenda científica do LBA, não só com temas científicos novos, mas também com mais instituições, com mais pesquisadores da região amazônica, um trabalho mais integrado com os vários núcleos do Inpa, como das universidade da região amazônica.

“Acredito que isso é possível e que existe um espaço enorme para ampliar a atuação do LBA dentro das universidades e dos institutos de pesquisas na região amazônica”, destaca Artaxo.              

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