Inpa promove nesta semana mais de 40 atividades no Show das Águas em Iranduba

Entre as atividades estão cursos, oficinas, palestras, visitas técnicas e exposições (Planetário, Invertebrados Vivos, Tecnologias Sociais e Águas da Amazônia)

Da Redação - Ascom Inpa

Foto: Luciete Pedrosa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) levará mais de 40 atividades para a 16ª edição do Show das Águas 2016, ampliando a participação de profissionais da instituição e a capacitação de recursos humanos oferecida à população. A abertura acontece nesta segunda-feira (30), às 15h, no auditório Prefeitura de Iranduba, município da Região Metropolitana de Manaus (RMM) que fica a 27 quilômetros da capital amazonense. O evento segue até sábado (4).

Entre as atividades estão cursos, oficinas, palestras, visitas técnicas e exposições. São cursos de Tecnologia e Processamento de Alimentos, Gestão Ambiental Voltado para os Recursos Hídricos, Oficina de Tecnologia do Pescado, Oficina de Ferramenta para Coleta de Frutos de Palmeiras, Curso de Meliponicultura e de Oficina Português Sustentável.

Conforme o coordenador de Extensão (Coex) do Inpa e membro do Comitê das Águas, Carlos Roberto Bueno, o evento capacita a sociedade e aguça o interesse para a conscientização de responsabilidades sociais, ajudando no desenvolvimento humano e ambiental de maneira simplificada.

“Vivemos em um cenário em que a pesquisa é chamada para dar respostas e indicar caminhos para os problemas enfrentados pela sociedade. Então, o evento desperta o interesse da população para o cuidado e a responsabilidade socioambiental, através da educação científica”, disse Bueno.

Coordenado pela Rede Amazônica, o show da Águas oferecerá atendimentos em áreas como saúde, cidadania, educação e meio ambiente. As Forças Armadas e outras instituições no Estado dão apoio ao evento. Ano passado, as atividades foram realizados em outro município da RMM, Manacapuru (a 86 quilômetros de Manaus).

Atividades do Inpa

Nos cursos técnicos de Tecnologia e Processamento de Alimentos estão as palestras de Atendimento Nutricional de Idosos e palestra sobre qualidade de vida, segurança alimentar e Alcoolismo e tabagismo; Oficina de pescado com as merendeiras das escolas Municipais e Estaduais e Oficina de nutrição experimental com as merendeiras das escolas Municipais e Estaduais e elaboração de produtos para degustação. O curso será realizado pela equipe de Bioquímica da Nutrição da Coordenação Sociedade, Ambiente e Saúde (CSAS) do Inpa.

Os cursos de Gestão Ambiental Voltado para os Recursos Hídricos englobam palestras sobre Matas Ciliares, Mudanças Climáticas, Nossas Águas, Influência da Urbanização nas Águas do Rio Negro Orla de Manaus, Bacia do Puraquequara, Impactos Ambientais, Igarapé do Gigante e Indicadores de balneabilidade na orla de Manaus. E ao final do curso, será feito uma prática de campo para reconhecimento do local, coleta de água e observação dos Impactos.

O evento também reserva um lugar especial para a comunidade conhecer um pouco mais sobre Amazônia de forma fácil e objetiva por meio de exposições de Invertebrados Vivos, Águas da Amazônia e de Tecnologias Sociais. Ainda haverá a exposição do Planetário, que conta com o apoio com o Serviço Social do Comércio (Sesc).

Plantios Agroflorestais

Na terça-feira (31), uma equipe de especialistas em plantios agroflorestais do Inpa levará aproximadamente 20 produtores do município para uma visita técnica à Coleção de Espécies Arbóreas para várzea e igapó na Estação Experimental da Várzea de Ariau do Inpa, em Iranduba.

Os produtores também irão fazer uma visita técnica à vegetação ciliar (vegetação próxima a rios, córregos e igarapés) e a uma área de proteção de mananciais. A excursão será coordenada pelo pesquisador do Inpa, Johannes Van Leeuwen, que é especialista em agricultura familiar, sistemas agroflorestais e melhoramento genético de espécies arbóreas.

Leeuwen explica que os plantios agroflorestais, se bem planejados, são importantes alternativas de uso sustentado para a Amazônia.

“As árvores protegem os solos contra a erosão, mantém a fertilidade e possibilitam um clima mais ameno. A árvore é um melhorador do solo e produz muita matéria orgânica que enriquece esse solo”, informou o pesquisador.

Hoje o plantio de árvores, de acordo com Leeuwen, é estimulado pelo Código Florestal de 2012 e por ações governamentais e não-governamentais feitas por ONGs. A Ciência Agroflorestal é considerada relativamente nova, criada em 1977, mas já é fundamental para a sustentabilidade das florestas e para garantir o sustento de muitas famílias amazonenses.

Acertos

Um dos grandes acertos nos plantios agroflorestais no Amazonas, segundo o pesquisador do Inpa, João Batista Gomes, foi quando a equipe ouviu e acatou as escolhas de plantio dos agricultores.

“Se ele queria plantar laranja, então trabalhávamos em cima dessa escolha. E o resultado ao final, é sempre satisfatório, porque o agricultor já tinha uma motivação desde o início com aquela espécie de plantação”, enfatizou Gomes.