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Inpa recebe proposta de parceria de gestores de Unidades de Conservação do ICMBio -RO

  • Publicado: Quarta, 18 de Maio de 2016, 14h05
  • Última atualização em Quarta, 18 de Maio de 2016, 14h21

Os gestores daquelas Unidades de Conservação (UC), que são vinculadas ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), oferecem apoio para atividades de pesquisa dentro das UCs

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Foto: Acervo Napro

Propor parceria com os programas de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em atividades de pesquisas que promovam conhecimentos necessários para a gestão dos Parques Nacionais Mapinguari, Campos Amazônicos e Serra da Cutia. Este foi o objetivo da reunião entre os gestores dos parques e coordenadores de cursos, professores e pesquisadores, na última terça-feira (17), na sede do Inpa, em Manaus (AM).

A reunião foi viabilizada pelo técnico do Núcleo de Pesquisas do Inpa em Rondônia (Napro), Doutor em Botânica Raimundo Cajueiro Leandro. Segundo o técnico, o Instituto mantém atividades com o ICMBio, especialmente, no Parque Nacional Mapinguari, em projeto que visa a implantação de Sistemas Agroflorestais (Safs) para os produtores familiares que moram no entorno do parque. “Esta parceira é importante, porque consolida as relações interinstitucionais que já vêm sendo praticadas no âmbito de Rondônia, além de abrir novas opções de pesquisas com os cursos de pós-graduação do Inpa”, diz.

Os gestores daquelas Unidades de Conservação (UC), que são vinculadas ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apresentaram as dificuldades que enfrentam, as linhas de pesquisas para melhor viabilizar a gestão dos parques e o que podem  oferecer  para as atividades propostas, como o apoio de transporte, alimentação e alojamento dentro das unidades.

Segundo a coordenadora de Pós-Graduação do Inpa, Rosalee Coelho, os gestores das Unidades de Conservação do ICMBio trouxeram várias informações novas e significativas. “A parceria é de grande interesse para os cursos de pós-graduação do Inpa, destacando-se o curso de Ecologia. Vamos estudar a proposta com os coordenadores dos cursos e analisar a possibilidade de formalizar a parceria”, adiantou.  

De acordo com o gestor do Parque da Serra da Cutia, que está distante 176 km por via fluvial do município de Guajará-Mirim (RO), o analista ambiental José Arnaldo da Silva, o parque possui diversas linhas de pesquisas que poderão ser executadas pelos pesquisadores do Inpa. “O parque oferece algumas condições para o desenvolvimento de pesquisas, como o monitoramento de castanhais, trabalhos com os primatas, mamíferos e com a ictiofauna”, diz o gestor. Segundo ele, o plano de manejo do parque tem uma linha ampla de pesquisas em virtude de sua extensão, que é de 283,6 mil hectares.

Para o gestor do Parque Nacional Mapinguari, o analista ambiental Wilhian Assunção, a ideia é oferecer este local à comunidade científica para desenvolver pesquisas e que as respostas obtidas auxiliem na gestão da Unidade de Conservação. Segundo ele, o parque foi criado em 2008 para garantir a conservação da biodiversidade, em especial, fragmentos de cerrado. O parque, que possui quase 1,8 milhão de hectares, abrange os municípios de Porto Velho, em Rondônia, Lábrea e Canutama, no Amazonas.

 

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De acordo com Assunção, a Unidade de Conservação está distante 80 km de Porto Velho (RO) e possui linhas de pesquisas prioritárias que necessitam de respostas, entre elas o manejo do fogo, a pressão antrópica sobre essas áreas e outras medidas de proteção e gestão da unidade. “Nesse sentido, precisamos responder algumas perguntas com o objetivo de justificar a criação da Unidade de Conservação”, diz.

Segundo a gestora do Campos Amazônicos, a analista ambiental Ana Rafela D'Amico,  a linha de pesquisa dessa Unidade Conservação é semelhante à do Mapinguari e assim como ele o objetivo do parque é também proteger uma área de cerrado. De acordo com D'Amico, o parque abriga parte da maior área de cerrado do sul da Amazônia com quase 400 mil hectares. Está localizado na divisão dos estados de Rondônia, Mato Grosso e sul do Amazonas.

Isso é um desafio de gestão muito grande por conta dos impactos do fogo, da dinâmica da floresta e do cerrado, porque não sabemos se esse bioma está evoluindo ou regredindo em relação à floresta”, explica a gestora. “Precisamos de pesquisas científicas para nos ajudar a gerir melhor esses impactos”, completa.

Para a coordenadora do curso de Ecologia, a pesquisadora Albertina Lima, a proposta de parceria com o ICMBio deve ser incentivada, porque são unidades interessantes e que precisam de pesquisa, além disso o Inpa tem expertise para fazê-lo. “Seria também importante que os alunos de mestrado e doutorado levassem seus projetos dentro dessas linhas que as Unidades de Conservação necessitam”, disse. 

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