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Inpa poderá incluir o tema nanotecnologia como disciplina especial na pós-graduação

  • Publicado: Segunda, 02 de Maio de 2016, 11h48
  • Última atualização em Terça, 03 de Maio de 2016, 11h56

Conforme o diretor do Inpa, Luiz Renato de Franca, a proposta tem grandes chances de se tornar concreta, por ser uma área transversal e passando por todas  as áreas do conhecimento

 

Por Luciete Pedrosa (texto e foto )– Ascom Inpa

 

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) poderá incluir a nanotecnologia como disciplina especial na grade curricular dos cursos de pós-graduação do Instituto. A proposta foi sugerida durante palestra sobre o tema com o pesquisador do Centro de Tecnologia em Nanotubos de Carbonos (CTNanotubos) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ary Corrêa Junior.

 

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, é uma excelente sugestão oferecer o tema nanotecnologia nos cursos de pós-graduação do Instituto. “A proposta tem grandes chances de se tornar concreta, tendo em vista que é uma área transversal e que passa por todas outras áreas do conhecimento”, disse o diretor, acrescentando que o Instituto está começando os investimentos neste segmento com a possibilidade de construção a curto prazo de um Laboratório Multiusuário.

 

“É preciso haver na pós-graduação do Inpa uma disciplina sobre o tema visando dar mais base aos alunos nessa área, uma vez que o Instituto está investindo em nanotecnologia”, disse a coordenadora de Capacitação (COCP), Beatriz Ronchi Teles.

 

O CTNanotubus é o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento de nanotubos de carbono do país e da América Latina. Funciona no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) e foi concebido pela UFMG, que há mais de dez anos realiza trabalhos de pesquisa com nanomateriais de carbono.

 

Nanotecnologia122FotoLucietePedrosa

 

Os nanotubos de carbono possuem uma estrutura cilíndrica formada por átomos de carbono. Essas moléculas têm um diâmetro que correspondem à bilionésima parte do metro (um nanômetro). Os nanotubos de carbono são materiais com estrutura flexíveis e de alta densidade que apresentam condutividade térmica e elétrica, bem como elevada resistência mecânica.

 

Segundo o professor da UFMG, com essas características diferenciadas, os nanomateriais de carbono são insumos de alta tecnologia cada vez mais utilizados pelas indústrias de várias áreas. A aplicação desses nanomateriais vai desde a indústria petroquímica, energia, eletrônica, medicina e até aviação. De acordo com Ary Correia Junior, a área que mais utiliza a nanotecnologia é a indústria de cosméticos.

 

“A proposta de oferecer uma disciplina especial em nanotecnologia nos cursos de pós-graduação do Inpa vem em boa hora, porque as tecnologias no futuro em geral vão usar a nanotecnologia como parte das aplicações reais”, disse o pesquisador e professor Ary Correa Junior, durante a palestra sobre a temática, na tarde de sexta-feira (29), no Auditório da Biblioteca do Inpa.

 

O evento contou com a participação de pesquisadores do Inpa e de diversas instituições, de estudantes de pós-graduação do Instituto, além de estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e de outras Instituições de Ensino Superior de Manaus (AM).

 

AryCorrea44FotoLucietePedrosa

 

O laboratório temático de nanociência e nanotecnologia, que recebe apoio da diretoria do instituto, tem a meta de multiuso para atender diversos grupos de pesquisa, segundo o coordenador de criação do laboratório, o pesquisador da COTI, Newton falcão. “O laboratório também fortalecerá colaborações com instituições locais, nacionais e internacionais”, informou.

 

Para o pesquisador do Inpa, Wanderly Pedro Tadei, é preciso incentivar, urgentemente, a formação dessa parceria, porque o Laboratório de Malária e Dengue, do qual o pesquisador é líder, está instalando os equipamentos para pesquisas em nanotecnologia para encapsular óleos essenciais extraídas de produtos da floresta para servir como repelentes contra a dengue.

 

“Essa parceria é importante, porque precisamos ter massa crítica para trabalhar com nanotecnologia que é uma área nova. Já temos os primeiros resultados dos trabalhos que estamos realizando para pesquisas em encapsulamento de óleos essenciais extraídos de produtos da floresta e outras técnicas em nanotecnologia, objetivando o controle da dengue, chikungunya e zika”, revelou Tadei.

 

 

 

 

 

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