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Inpa recebe Workshop de projeto que avalia toxidade de mercúrio em peixe e leite materno

  • Publicado: Segunda, 02 de Maio de 2016, 10h01
  • Última atualização em Segunda, 02 de Maio de 2016, 10h28

Aberto ao público, o workshop do projeto “Biomarcadores de toxidade de mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região amazônica” é direcionado a pesquisadores, comunidade científica em geral e estudantes

Da Redação - Ascom Inpa

Fotos: Fernanda Farias e Acervo pesquisador

Nesta terça-feira (3) e quarta-feira (4), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) sediará o III Workshop do projeto “Biomarcadores de toxidade de mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região amazônica”. O objetivo é apresentar resultados obtidos e compartilhar informações adquiridas desde o início do projeto, em 2013, além de difundir tecnologia e transferência de conhecimento entre a equipe do projeto e a comunidade científica. 

O projeto, que encerrará em 2017, coletou amostras na bacia do rio Madeira, em Rondônia, na bacia do rio Tocantins, em Goiás e Maranhão, e no rio Negro, no Amazonas, amostras de peixes, alimento básico do homem amazônida, e de leite materno, para verificar o nível de mercúrio. A pesquisa possui três eixos temáticos: aspectos ambientais e a dinâmica do mercúrio; metalômica e ictiofauna; metalômica e leite materno.

A metaloma é uma inovação no mundo e, no Brasil, há pouquíssimos grupos de pesquisa trabalhando com essa metodologia. Ela é diferente da tradicional porque consiste na separação das proteínas para depois se ver em qual proteína o metal, neste caso o mercúrio, está complexado, ligado.

Conforme informações do Ministério do Meio Ambiente, o mercúrio é um metal naturalmente encontrado na crosta terrestre, ocorrendo no ar, solo e água. Ele tem várias aplicações, inclusive como conservante de vacina e cosméticos, porém pode ter efeitos adversos importantes sobre a saúde das pessoas e o meio ambiente. Exposição a níveis elevados de mercúrio pode afetar o sistema nervoso central, o coração, os rins, os pulmões e o sistema imune dos seres humanos.

 

biomarcadores33FotoAcervopesquisador

 

 

O workshop é aberto ao público e direcionado a pesquisadores, comunidade científica em geral e estudantes. Ao final, os participantes receberão um certificado de participação. Além de pesquisadores do Inpa, o workshop contará com a participação de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Paulista Julio Mesquita Filho (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC – Goiás) e das empresas Venturo Análises Ambientais e Energia Sustentável do Brasil S. A., concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau.

O evento acontecerá no Auditório da Ciência do Inpa com início previsto para as 8h30. A palestra de abertura, às 9h, será proferida pelo professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Prof. Dr. Pedro Fadini, que falará sobre o “Mercúrio: um poluente global”. Logo após, às 10h, o professor da Unesp de Tupã (SP), Prof. Dr. Felipe André dos Santos, falará sobre “Estudo metalômico aplicado ao leite materno: toxidade e essencialidade”.

A programação prossegue com a apresentação de trabalhos de pesquisas desenvolvidas ao longo do projeto, inclusive pela parte da tarde. Na manhã do dia seguinte (quarta-feira), está programada uma atividade de campo na comunidade de Livramento, na Reserva Sustentável do Tupé (rio Negro), será mostrado para a comunidade os resultados da pesquisa. Em Livramento foram feitas coletas de amostras de leite materno e cabelo para dosimetria de mercúrio. À tarde, a partir das 14h, a atividade de campo acontece no rio Solimões, logo após será realizada uma visita ao mercado de peixes em Manaus. 

Os interessados podem se inscrever enviando e-mail para eziojr@inpa.gov.br ou no dia do evento.

 

biomarcadores11FotoAcervopesquisador


Sobre o projeto

 

O projeto científico “Biomarcadores de toxidade do mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região amazônica” tem como objetivo desenvolver e validar as metodologias em busca de uma metaloproteína que possa ser um biomarcador de toxidade do mercúrio em peixes e em seres humanos.

É regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e desenvolvido no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nº 6631-001/2012, da empresa Energia Sustentável do Brasil S/A (ESBR). Os investimentos são de R$ 4.730.200,08. O gerente projeto é Augusto R. Borges (ESBR) e o coordenador o pesquisador da UnB, Prof. Dr. Luiz Fabrício Zara.

A rede de trabalho é formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Instituto de Química de Araraquara (IQ-Ar/Unesp), Instituto de Biociências de Botucatu (IB/Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) e Veturo Análises Ambientais. O projeto (P&D) nº 6631-001/2012 congrega os resultados de 09 teses de doutoramento e 06 dissertações de mestrado.

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