Circuito da Ciência promove atividades voltadas ao combate de doenças e à sustentabilidade
As atividades vão desde oficinas de tecnologias e inclusão social, saúde bucal até energias renováveis
Por Caroline Rocha (foto e texto) – Ascom Inpa
A segunda edição do Projeto Circuito da Ciência do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) promoveu nesta sexta-feira (29) atividades para os estudantes de escolas públicas da capital voltadas ao combate de doenças, inclusão social e respeito ao meio ambiente, em especial, a sustentabilidade da Amazônia.
Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a utilidade e importância dos frutos nativos da Amazônia pouco conhecidos, como sova, biriba, abricó, umari, gogó-de-guariba e a sapotilha. Frutos, que de acordo com o técnico em extensão rural do Inpa, Gário Florêncio, eram mais populares nas gerações anteriores.
“A Amazônia possui inúmeros frutos. A nova geração quase não conhece ou nunca ouviu falar em determinados frutos e nós queremos levar esse conhecimento para os alunos”, contou Florêncio.
Segundo Florêncio, há uma grande necessidade de disseminar o conhecimento sobre os frutos da Amazônia para que, com o tempo, não despareça. “Uma opção é fazer plantio das espécies que estão sobre condições de extinção para garantir a sustentabilidade dos frutos e até mesmo, a nossa cultura”, informou o técnico.
Entre as atividades, estavam oficinas de tecnologias e inclusão social, saúde bucal, energias renováveis, compostura, pirogravuras em papel reciclado, jogos ambientais e exposição de produtos reaproveitáveis, insetos aquáticos malária e dengue, leishmaniose, e também conta com a presença de um grupo de escoteiros. E ainda, exposições de mamíferos e insetos aquáticos, tartarugas da Amazônia, Condomínio Casa de Abelhas e Casa da Ciência.
Combate ao caramujo africano
Um molusco típico de épocas de chuvas em Manaus e capaz de transmitir meningite por meio do contato com a gosma do animal, o caramujo africano (Achatinafulica), segundo Alessandro Sampaio, da divisão de Educação Ambiental Secretária Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) produz em média 400 ovos por desova. O molusco pode ter até cinco desovas por ano.
Sampaio explica que o caramujo africano não tem um predador no Brasil, motivo que ajudou a proliferação do molusco no país. “O controle do caramujo africano se torna mais eficaz quando as pessoas fazem a sua parte. Por isso, estamos conscientizando e ensinado as crianças os passos certos para eliminar esse animal”, disse.
Em Manaus, o acúmulo de entulhos nos quintais das casas, de acordo com Sampaio é um problema grave no controle do animal e, consequentemente, no controle às doenças causadas pelo contato com o molusco.
O Circuito da Ciência é uma realização do Inpa, com patrocínio da Moto Honda da Amazônia e apoio da Coca Cola, Brothers, Governo do Amazonas por meio da Secretária de Estado de Educação (Seduc), Prefeitura de Manaus através da Secretária Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro), Centro Universitário do Norte (UniNorte), Manaus Ambiental, LAPSEA e Sesc Ciência.
Passos para eliminar o caramujo
- 1)Diferenciar os caramujos: O Caramujo Africano possui conchacônica marrom escuro e listras de tons claros, enquanto oCaramujo Aruá (Pomacea canaliculata) possui cor castanho-amarelada com listras escuras;
- 2)Proteção: Usar saco plástico ou luva antes de coletar o animal;
- 3)Armazenamento: Depositar o molusco em um saco plástico;
- 4)Eliminar: Esmagar o caramujo;
- 5)Sal ou cloro: O sal e cloro ajudam no processo de eliminação do molusco;
- 6)Destinação: Depositar o saco em uma lixeira.
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