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Pesquisador da UFMG apresenta pesquisas em nanotecnologia para futura parceria com o Inpa

  • Publicado: Quinta, 28 de Abril de 2016, 17h31
  • Última atualização em Sexta, 29 de Abril de 2016, 15h26

Área emergente, a nanotecnologia deve receber investimento mundial de um trilhão de dólares nos próximos 20 anos

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

Com o objetivo de firmar futura parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na área de nanotecnologia, o professor e pesquisador do Departamento de Microbiologia da UFMG, Ary Corrêa Junior, apresentará os trabalhos que são desenvolvidos no Centro de Tecnologia daquela universidade. A palestra será nesta sexta-feira (29), às 16h, no Auditório da Biblioteca do Inpa.

Com o título “Nanotecnologia: oportunidades e desafios”, o pesquisador explica que a ideia é mostrar a nanotecnologia como uma ferramenta que permite a melhoria no desenvolvimento de produtos, além de mostrar as oportunidades de uso dessas nanoferramentas e quais são os desafios na sua aplicação.

Segundo o pesquisador, a nanotecnologia é o uso de materiais de tamanho nanométrico, ou seja, de tamanhos tão pequenos com uma proporção na ordem de um milionésimo de metros. Para se ter uma ideia, um fio de cabelo é 100 mil vezes maior que um nanômetro; é como colocar uma bola na frente da lua.

De acordo com Corrêa Junior, muitos materiais nessa escala de tamanhos pequenos têm comportamentos diferentes do que teria numa escala macrométrica. Ele exemplifica que o ouro no tamanho nanométrico tem cores diferentes (azul, verde, preto) e na escala macro é sempre amarelo.

 

AryCorreaJuniorFotoLucietePedrosa

 

 

“Essas características são exploradas para o desenvolvimento de produtos que podem ser aplicados nas diversas áreas, como medicina, indústrias, eletrônica, aviação e na indústria de petróleo. A área que mais se usa a nanotecnologia é a área de cosméticos”, conta o pesquisador.

As pesquisas com nanotecnologia ainda são incipientes no Inpa, mas o Instituto está começando os investimentos nesta importante área, inclusive com a possibilidade de construção a curto prazo de Laboratório Multiusuário. “Quase todas as áreas de pesquisa do Inpa podem usufruir desta inovadora ferramenta, como por exemplo, linhas de pesquisas inseridas nas Coordenações de Sociedade, Ambiente e Saúde (Csas) e da Tecnologia e Inovação (Coti)”, disse o diretor do Inpa, Luiz Renato de França.

Na opinião do pesquisador da UFMG, a parceria com o Inpa tem amplas possibilidades de ser formalizada, porque a nanotecnologia é uma área emergente e, segundo ele, há previsão de investimento mundial, nos próximos 20 anos, na ordem de um trilhão de dólares. “Essa ciência pode ser usada no desenvolvimento de produtos em todas as áreas do conhecimento com a possibilidade de usar um nanomaterial para melhorar o desempenho de produtos já existentes e para a criação de novos”, explica Corrêa Junior.

“O Inpa desenvolve várias pesquisas que podem se utilizar da nanotecnologia, um exemplo é o desenvolvimento de novos fármacos”, diz o pesquisador ao explicar que a nanoestruturação desses componentes ativos podem gerar produtos de uso industrial, farmacológicos e de uso em agronegócios. “Então, essa é uma área para ser explorada”, acrescenta o pesquisador.

Segundo Corrêa Junior, como os produtos são desenvolvidos em nanoescala a quantidade de material a ser usado é pequena e a possibilidade de se fazer um produto que possa ser usado com menos recursos é grande. “Esta é a hora de inovar”, destaca.

  

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