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Inpa mostra em canteiro de obra o uso da mistura cal e cloro no combate ao Aedes aegypti

  • Publicado: Sexta, 26 de Fevereiro de 2016, 16h38
  • Última atualização em Sexta, 26 de Fevereiro de 2016, 16h54

Para o pesquisador do Inpa, Wanderli Pedro Tadei, os brigadistas são fundamentais no processo de combate ao mosquito. Na próxima quarta-feira (2), acontecerá nova capacitação prática

 

Por Luciete Pedrosa (texto e foto)– Ascom Inpa

 

Nos canteiros de obra a dimensão do problema é muito maior”. A afirmação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Wanderli Pedro Tadei, durante treinamento de trabalhadores da construção civil com o uso da mistura cal e cloro, nesta sexta-feira (26), em um prédio comercial em construção, na zona Leste de Manaus. A proposta é formar brigadas de combate ao Aedes aegypti.

Os profissionais aprenderam na prática como utilizar a mistura cal e o cloro nos canteiros de obras e comprovar a eficiência da solução para matar as larvas do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. A mistura é uma técnica elaborada pelo pesquisador do Inpa e a equipe do Laboratório de Malária e Dengue do Instituto.

“É importante conhecer técnicas simples e de fácil manuseio e colaborar para exterminar o mosquito da dengue”, disse o almoxarife de obras, Carlos Augusto Marques, um dos participantes da atividade.  

A capacitação é uma parceria entre o Inpa, a Secretaria Municipal de Saúde e o Serviço Social da Construção Civil (Seconci).

 

calcloroFotoLucietePedrosa 

Para o pesquisador, os brigadistas são fundamentais no processo de combate ao mosquito. E como a obra tem diferentes fases de construção, em umas acontece uma ampliação dos ambientes de reprodução dos mosquitos e, em outras, uma redução desses sítios.

O brigadista precisa ter uma boa formação e antecipar o problema para todos os setores da obra, evitando que haja uma proliferação desses mosquitos”, ressalta Tadei.

Segundo a gerente de Promoção à Saúde da Semsa, Francinara Lima, há a necessidade do envolvimento dos gestores das empresas na luta de combate ao Aedes. “Precisamos fazer essa mobilização e sensibilização, não só com os trabalhadores, mas também atrair os gestores que precisam se envolver mais nesse processo e somar conosco. Só vamos vencer essa guerra quando todos se unirem”.       

Para a supervisora das equipes de pontos estratégicos do Distrito de Saúde (Disa) Oeste, Shirlene Bonfim Maia, as informações repassadas pelo pesquisador do Inpa sobre a cal e o cloro foi proveitosa, porque eles puderam ver que a  mistura é um arranjo simples e eficaz contra as larvas do mosquito.

Estiveram presentes na capacitação, o representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM), o engenheiro Carlos Figueiredo; a superintendente do Serviço Social da Construção Civil (Seconci), Alair de Souza Paula; e  a gerente de Promoção à Saúde da Semsa, Fracinara Silva.

 

calcloro2FotoLucietePedrosa

A superintendente do Seconci afirma que a capacitação é importante para que a cadeia da construção civil monte suas brigadas. “Precisamos avançar muito mais e tentar sensibilizar as empresas para a formação de suas brigadas e realizar, semanalmente, um monitoramento para eliminar os possíveis focos do mosquito nos canteiros de obras”, ressalta.  

Ainda segundo Alair de Paula, na manhã da próxima quarta-feira (2), acontecerá nova capacitação prática em um canteiro de obras com outro grupo de trabalhadores mostrando como eliminar possíveis focos do mosquito Aedes utilizando a mistura cal e cloro. Desde 2010, o Seconci capacita os trabalhadores no combate à dengue e repassa informações sobre outros temas nos locais de trabalhos da construção civil.   

Para o engenheiro do Crea-AM, Carlos Figueiredo, a ação do Inpa em parceira com a Semsa é de fundamental importância. “Veio na hora certa para juntar os trabalhadores das empresas da construção civil para auxiliar no combate e prevenção ao Aedes Aegypti”, disse Figueiredo.

Segundo Figueiredo, o Crea-AM tem aproximadamente 4,5 mil associados. “Estamos fazendo a nossa parte divulgando no site e entre os profissionais e em empresas registradas a necessidade de participar de capacitações como essa”.

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A cal em contato com a água forma o hidróxido de cálcio, que provoca reações cáusticas e irritantes aos organismos aquáticos, liberando também calor ao meio. Já o cloro orgânico em contato com a água altera o pH do meio e libera ácido hipocloroso, que desempenha um papel oxidativo matando as larvas.

Segundo o pesquisador, para cobrir um metro quadrado de área altamente infestada de larvas são necessários oito copos descartáveis (180 ml) de cal e dois copos de cloro. “Esta fórmula tem uma reação cáustica e mata imediatamente a larva e o mosquito adulto e o ovo não eclode”, explica o pesquisador.

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