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Aula Magna do Inpa debate a relação do Aedes aegypti com a dengue, chikungunya e zika

  • Publicado: Sexta, 26 de Fevereiro de 2016, 10h44
  • Última atualização em Sexta, 26 de Fevereiro de 2016, 11h36

A palestra do pesquisador Wanderli Pedro Tadei focará nas condições ambientais da Amazônia e na diversidade de mosquitos em Manaus e no interior do Estado, com ênfase no Aedes aegypti e suas relações com a transmissão das três doenças

 

Por Caroline Rocha – Ascom Inpa

Foto: Eduardo Gomes - Acervo Inpa

 

Com o tema “O Aedes aegypti e suas relações com os vírus da Dengue, Chikungunya e Zika”, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Wanderli Pedro Tadei, ministrará a Aula Magna dos programas de pós-graduação do Instituto. Aberto aos interessados, o evento acontece na próxima terça-feira (01), às 16h, no Auditório da Ciência, situado no Bosque da Ciência do Inpa.

De acordo com a coordenadora de Pós-Graduação (COPG/Inpa), Rosalee Coelho, a Aula Magna dá as boas-vindas aos 114 novos alunos em nível de Mestrado – sem contar com os alunos dos cursos de Áreas Protegidas e de Aquicultura – e é uma oportunidade ímpar para aprender um assunto novo com um especialista renomado. O Inpa possui dez programas de pós-graduação e atualmente tem, incluindo os novatos, 588 estudantes em níveis de Mestrado e Doutorado. 

“Quanto mais informações recebermos sobre o mosquito Aedes aegypti será melhor. Ainda mais agora quando todos no país precisam estar engajados na campanha para prevenção e combate do mosquito”, disse Coelho.

Especializado em Entomologia Médica, com ênfase nos estudos de vetores da malária e dengue, bioecologia de Anofelinos e de Aedes aegypti, o doutor Wanderli Tadei fará uma ampla abordagem sobre o vírus Zika, a sua rápida dispersão e as consequências da doença no Brasil e em outros países.

 

dengueFotoAcervoEduardoGomes

 

Tadei também falará da provável relação do vírus Zika com a alta incidência de defeitos congênitos em bebês - a má-formação mais notificada é a microcefalia -, principalmente na região Nordeste do país, como nos estados de Pernambuco, Paraíba e Bahia. A microcefalia faz com que os bebês nasçam com o cérebro menor que o normal, podendo afetar o seu desenvolvimento cognitivo.

De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, na última terça-feira (23), Pernambuco lidera os casos de notificações de microcefalia. São 1.601 notificações de suspeita, das quais 209 estão confirmadas e 1.188 sob investigação. Em Manaus, conforme boletim divulgado na mesma data pela Prefeitura do Município, não há registro de microcefalia em bebês associado ao Zika vírus.

O pesquisador discutirá também as condições ambientais da Amazônia e a diversidade de mosquitos em Manaus e no interior do estado, além dos fatores que favorecem a propagação do mosquito e o ciclo biológico do Aedes aegypti e o processo de transmissão e circulação dos quatros sorotipos do vírus da dengue.

“Vamos tratar ainda da situação das gestantes que precisam de cuidados especiais e atenção redobrada na hora de se prevenir contra o mosquito. Apresentaremos medidas de proteção, como o uso contínuo de repelentes e outras alternativas para reduzir o risco de contato com o vetor”, conta Tadei.

A infestação e circulação do vírus Chikungunya no Brasil e as informações sobre sintomatologia, prevenção, aspectos gerais e sequelas da manifestação da doença em seres humanos também serão debatidos.

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