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Circuito da Ciência do Inpa encerra atividades do ano com a participação de quase 3 mil alunos

  • Publicado: Sexta, 04 de Dezembro de 2015, 16h02
  • Última atualização em Sexta, 04 de Dezembro de 2015, 16h22

“O circuito mostra que a ciência faz parte do nosso cotidiano”, disse o coordenador do Projeto, Jorge Lobato. Por ano, o projeto recebe estudantes de 40 escolas públicas

 

Por Caroline Rocha (texto e foto) – Ascom Inpa

 

O Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou na manhã desta sexta-feira (4) a última edição do Projeto Circuito da Ciência de 2015. A edição apresentou para os alunos conhecimentos tradicionais da medicina, exposições de trabalhos científicos realizados por alunos de escolas públicas e oficinas de tecnologias e inclusão social.

 

De acordo com o coordenador do projeto, Jorge Lobato, o Circuito da Ciência é o maior projeto de socialização ambiental entre um instituto e as escolas públicas de Manaus. A cada edição o projeto busca encontrar novos meios de sensibilizar e tornar convidativa à ciência.

 

“O circuito muda a visão e o debate das pessoas em relação à ciência. A sociedade ainda ver a ciência como distante e abstrata, e o circuito mostra que a ciência faz parte do nosso cotidiano”, destacou Lobato.

 

Ao criar o projeto, o objetivo do Inpa, segundo Lobato, não foi somente para divulgar a ciência para a comunidade, mas também, proporcionar aprendizado integrado com o lazer. O Circuito da Ciência em 16 anos recebeu cerca de 60 mil estudantes de escolas municipais e estaduais. Por ano, são cerca de 2,8 mil alunos de 40 escolas públicas.

 

A aluna do Colégio Brasileiro Pedro Silvestre, Evelyn Cortez, 15, participa do Programa Ciência na Escola (PCE) desenvolvendo um trabalho sobre “grafismo indígena como recurso educacional”. O trabalho desenvolvido pelo grupo ajuda, por meio de oficinas, na aprendizagem de outras disciplinas da grade escolar, como o espanhol. 

 

“Com o projeto de grafismo indígena nós conseguimos aprender muito mais sobre os povos presentes na nossa região, que não damos tanto valor. A partir desse trabalho podemos fazer com que alunos indígenas se vejam realmente dentro da escola, pois alguns param de ir à escola por conta do preconceito”, explicou.

 

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O projeto contou com a exposição dos mamíferos aquáticos e quelônios da Amazônia, invertebrados, insetos aquáticos e malária e dengue. Além das oficinas de tecnologias e inclusão sociais, saúde bucal, energias renováveis, compostura, pirogravuras em papel reciclado, jogos ambientais, sala da ciência, exposição de produtos reaproveitáveis e também a participação de um grupo de escoteiros, que ensinaram as crianças princípios básicos de resgate e sobrevivência na selva.

 

Aproximadamente 300 alunos de quatro escolas rede pública de Manaus participaram desta edição: Escola Estadual Arthur Araújo (bairro Nossa Senhora das Graças); Escola Estadual Garcitylzo do Lago e Silva (bairro Tarumã); Escola Estadual Milburges Bezerra de Araújo (bairro Raiz) e Escola Estadual Balbina Mestrinho (bairro Cachoeirinha).

 

Medicina tradicional

 

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O uso e a importância de ervas, como o boldo, babosa, sara tudo, amor crescido, eucalipto e jucá para o tratamento de doenças também estavam em exposição. Segundo a técnica da área de meio ambiente do Inpa, Gildete de Souza, levar o conhecimento da fitoterapia para a população, através das crianças que participam do circuito, é resgatar um “saber tradicional” que está caindo no esquecimento.

 

“O uso de chás para curar doenças era muito usado antigamente por nossas avós, e hoje em dia isso é diferente. Mostrar a eficácia e serventia das plantas medicinais para as crianças é muito importante para manter essa tradição”, disse Gildete.

 

Os fitoterápicos podem ser encontrados nos mercados, feiras e farmácias de manipulação. E podem servir para acura de muitas doenças, como anemia, inflamações, azia, melhor funcionamento do aparelho digestivo, problemas reumáticos e muitas outras doenças.

 

Apoio

 

O Circuito da Ciência é uma realização do Inpa, com o patrocínio da Moto Honda da Amazônia e apoio do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc); da Prefeitura de Manaus, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas); do Laboratório de Psicologia de Educação Ambiental (Lapsea/Inpa); do Serviço Social do Comércio (Sesc); da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Manaus Ambiental; Fametro; Uninorte, Coca-Cola e Brothers.

 

O Supervisor de Gestão Ambiental da Moto Honda da Amazônia, Irineu Ribeiro, também esteve presente nesta edição. Para ele, a longa parceria que já dura 16 anos com o Inpa e a empresa tem gerado ótimos resultados. “É importante que o conhecimento aprendido aqui sirva para toda a vida”, ressaltou.

 

 

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