Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Especialistas discutem em Manaus o impacto do desenvolvimento nas populações de primatas
Início do conteúdo da página
Notícias

Especialistas discutem em Manaus o impacto do desenvolvimento nas populações de primatas

  • Publicado: Terça, 03 de Novembro de 2015, 15h16
  • Última atualização em Segunda, 16 de Novembro de 2015, 11h51

Em parceria com o Inpa, o XVI Congresso Brasileiro de Primatologia tem como tema deste ano a “Conservação e desenvolvimento: desafios e oportunidades para a primatologia”

Da redação da Ascom Inpa

Foto: Anselmo d’Affonseca - Acervo

Cientistas e tomadores de decisão de diversas regiões do Brasil e de várias partes do mundo estarão reunidos, em Manaus, na próxima semana (de 9 a 13 de novembro), durante o XVI Congresso Brasileiro de Primatologia. O evento visa estimular uma discussão sobre a necessidade de integrar desenvolvimento urbano de forma compatível com a conservação dos recursos naturais.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), o Congresso conta com a parceria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As inscrições continuam abertas até o dia da abertura do Congresso.

De acordo com o presidente da SBPr, o pesquisador do Inpa Wilson Spironello, existem cerca de 700 táxons (espécies e subespécies) de primatas no mundo e o Brasil abriga o maior número, em torno de150. Deste total, aproximadamente 70% habitam as florestas da Amazônia brasileira, como o Saguinus bicolor (sauim-de-coleira), Cacajao calvus (macaco inglês) que são os símbolos do congresso, e 35% das espécies amazônicas estão ameaçadas, entre elas o sauim-de-coleira, espécie encontrada apenas em Manaus e municípios vizinhos.

“Infelizmente, este número tende a aumentar com o impacto do crescimento urbano e dos empreendimentos infraestruturais em execução e previstos para o bioma Amazônia, como hidroelétricas, linhas de transmissão e aumento do sistema de estradas”, disse Spironello. “E a destruição das florestas pelas queimadas foi potencializada neste ano devido à seca e à deficiência nas ações de prevenção e fiscalização”, complementa o pesquisador.

Segundo o Spironello, o tema escolhido para este ano “Conservação e desenvolvimento: desafios e oportunidades para a primatologia” tem o objetivo de provocar uma reflexão sobre o impacto do desenvolvimento nas populações de primatas e as oportunidades de pesquisa no País.

SauimdecoleirafotoAnselmodAffonseca

 

Palestras magnas, mesas-redondas e minicursos fazem parte da programação científica que abrangerá diversas áreas do conhecimento relacionados aos primatas, além de atividades específicas ligadas ao tema do Congresso.

O evento acontecerá no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Ufam. A palestra de abertura no dia 9 de novembro será ministrada pelo vice-presidente executivo da Conservation International, Dr. Russel Mittermeier, que falará sobre a conservação global de primatas com foco especial a conservação no Brasil. A palestra será no Auditório Rio Amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais (FES/UFAM), às 18h.

Também haverá premiação dos melhores trabalhos de apresentações oral e de pôster, assim como serão premiadas as melhores fotografias de primatas brasileiros através do concurso de fotografia que homenageia o fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, que dedicou grande parte de sua vida para divulgar a biodiversidade brasileira através das lentes. Além da fotografia, haverá a seleção da melhor ilustração de primatas.

Outra novidade do congresso será a realização do I Minicurso em Educação Ambiental para Conservação de Primatas, que ocorrerá de 05 a 08 de novembro, no Campus I do Inpa e conta com a participação de renomados pesquisadores em educação ambiental e primatologia. O objetivo do curso é incentivar e disseminar as práticas da educação ambiental com foco na conservação de primatas.

Com a realização do XVI Congresso Brasileiro de Primatologia, os organizadores esperam promover a formação de novos primatólogos, principalmente na região norte, incentivar novas pesquisas e promover uma grande oportunidade para o intercâmbio de conhecimento e experiências entre pesquisadores, profissionais e estudantes.

registrado em:
Fim do conteúdo da página